Liu

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"Catherine se viu em um lugar familiar. Aquele mesmo lugar onde ela esteve a beira da morte. Dessa vez, Elizabeth se encontrava deitada no chão de folhas secas olhando para o céu.

-Ah, eu não posso com você, não é? sempre me desrespeitando...-ela disse.

-Elizabeth...você...-Catherine tentou falar

-É...sabe...as vezes tenho que me esforçar para te guiar para o caminho certo...mas sabe...isso nunca funciona...

-Você está falando desta noite...

-É. estou.

-Elizabeth, ou seja lá quem você for-suspirou-Eu estava consciente quanto eu decidi me deitar com ele.

-Se deitar?-Elizabeth gritou, se levantando, e ficando sentada-Você fez tudo, menos se deitar!

-O que isso importa? Não sei porque você se preocupa tanto comigo!

-porque se continuar assim, você vai acabar Morta!

-E qual a diferença de eu estar morta ou não? Você já morreu!-Catherine gritou. Elizabeth suspirou, e se jogou para trás outra vez.

-Você é o meu receptáculo. Infelizmente, tenho que me preocupar com você. Eu já disse que eu sou você, e vice e versa.

Catherine abaixou a cabeça, aquele lugar era terrivelmente belo, e assustador.

-Me tire daqui.-ela apenas disse. Logo então, tudo ficou escuro"

*

Jeff tentou se acostumar, pelo fato de ter acabado de acordar. Aquele lugar era escuro, e a única luz que havia, era a do abajur ligado. Olhou para frente, e viu aquele enorme local todo bagunçado.

Sorriu, ao imaginar que provavelmente deveria ter dormido umas 2 horas apenas. Olhou para o lado, e não havia nenhum sinal dela. Estava totalmente vazio. O lençol da cama estava todo bagunçado, e rasgado. Como ele deveria ter imaginado.

Colocou seus pés no chão, e vestiu sua calça de moletom que ele havia deixado ali, caso precisasse.

Ele estava esgotado. Ou não. Na verdade estava revigorado. Não sabia se aquela noite esgotou suas energias, ou o fez ficar mais forte.

Olhou no relógio cuco do outro lado da parede.

-6 horas da manhã, e ela não está aqui? Há quanto tempo eu dormi?-ele disse para si mesmo.

Sua sensação é de que estava tudo fora do lugar, mesmo que tudo estivesse no mesmo lugar que havia deixado.

A impressão de que alguém havia tocado em tudo, e deixado exatamente do lugar onde estava.

''Pelo visto, ela andou mexendo em algumas coisas minhas" ele pensou. as ferramentas, todas, passavam aquela sensação.

Aquela mesma sensação o deixava nervoso. Como se ela tivesse analisado o íntimo, do íntimo dele.

Ele foi em direção a porta , o mais rápido possível, e subiu o alçapão tão rápido, que nem ele mesmo acreditou. Aquilo era desconfortável. Ela estava aprontando algo. Mal acabara de amanhecer, e a sensação de que ela ficou acordada até depois dele ir dormir, analisando, examinando e tramando algo, ainda estava no ar.

Assim que ele abriu a passagem, e passou, quando estava fechando, ele ouviu o barulho da porta da frente, e rapidamente se virou, e nada mais, nada menos que ela entrando pela porta, com uma roupa um tanto familiar. Ele já havia visto aquilo em algum lugar. Na verdade, era uma roupa um tanto anormal.

Anatomia do Mal: Como um assassino aprendeu a AmarWhere stories live. Discover now