PLÁGIO É CRIME! Livro registrado na BNB (Brasil) e no AVCTORIS. São proibidos o armazenamento e/ou a reprodução (total ou parcial) de qualquer parte deste livro, incluindo adaptações.
SINOPSE: Ana Cabral chega aos vinte e três anos sem conseguir rea...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Quatro anos depois
Ana
— Ana! Ana! Hora do almoço! — Beatriz chegou toda esbaforida, puxando-me pelo braço. — Hora de parar tudo aqui e irmos comer. Estou morrendo de fome!!
Dei uma batidinha suave na mão que segurava o meu braço.
— Calma, mulher! Ainda tem pessoas para atender.
Ela olhou para a fila em frente ao meu balcão de atendimento e depois se virou para o Filipe, que estava confortavelmente sentado em frente a um dos computadores da recepção do hospital, esperando chegar a hora de entrada do próximo turno.
— Filipe! — Ela cutucou-o com o dedo, a longa unha de gel parecendo uma arma mortal nas costas dele. — Assuma o seu posto para irmos almoçar.
Ele deu um pulo da cadeira e se levantou de imediato, com um pedido de desculpas na expressão do rosto magro.
— Sim, sim, claro! — Chegou perto de mim e sorriu. — Eu não resisto em dar uma olhadinha de vez em quando naquele site.
— Cuidado! Você estará ferrado se a chefe descobrir que anda vendo esse site de relacionamento no computador do hospital — adverti com seriedade, mas depois pisquei um olho para ele. — Mas como dou cobertura para você se divertir fazendo isso, vou demorar uns quinze minutos a mais no meu almoço de hoje e você vai me dar cobertura também.
— Deixe comigo! — Deu-me um beijo no rosto. —Você podia agir como uma cobra venenosa, mas é um docinho de coco!
— Foi bom você me lembrar disso, porque agora vou demorar uns trinta minutos, e não quinze.
Segurei o braço de Beatriz e fomos almoçar no nosso restaurante favorito perto do hospital. Eu o adorava, não apenas por ser muito aconchegante, mas por ter pratos bem elaborados e de qualidade. Sempre fui apaixonada pela gastronomia e assistia a todos os programas que passavam na televisão. Incrivelmente, aprendia rápido e não me esquecia de nenhum dos ingredientes das receitas, sendo o meu pai o maior apreciador dos pratos que eu preparava.
Mal nos sentamos, ela foi logo pegando o celular.
— Tenho novidades e estava ansiosa para contar. — Mexeu no aparelho, inclinando-se depois para me mostrar o que era. — Este é o Walter. Conheci ontem e gostei dele. Menina, que homem!
Olhei para a foto e vi um moreno musculoso de sorriso simpático.
— É bonito. De onde ele é? — perguntei apenas para satisfazer a vontade dela de falar do cara, porque a única coisa que eu queria era um provar um dos pratos do cardápio.
— Walter é paulista e trabalha como representante comercial. Como ele viaja muito pelo Brasil, veio aqui esta semana e aproveitou para me conhecer.
Aquele já era o terceiro homem do mês? Não, não! Era o quinto. Sim, acho que era o quinto homem da internet com quem Bia se encontrou só naquele mês. E ainda estávamos no dia vinte.
