Fifth dream

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T O M L I N S O N



Definitivamente hoje não era o meu dia. Acordei pulando para fora da cama depois de mais um sonho, sinceramente, acho que nunca vou me acostumar com eles.

A noite de ontem ainda não tinha saído da minha cabeça, não vou dar outra merda de entrevista tão cedo. De repente começo a escutar um barulho agudo vindo do quarto, mais conhecido como o toque irritante do meu celular. Me levanto e vou andando calmamente até a mesa de cabeceira do meu quarto e pego o celular, não fiquei surpreso em ver quem estava me ligando. Zayn.

— O que você quer, Zayn? – Digo assim que atendo telefone, não estava com muita paciência hoje.

— Tomlinson, liga a televisão, assisti o jornal, agora! – Ele diz com um tom nervoso e preocupado, então não discuto, apenas pego o controle e faço o que ele pediu.

"O famoso jogador de futebol, Louis Tomlinson, foi flagrado batendo em um paparazzi após ser cercado por um grupo de repórteres que estavam em busca de uma foto. O paparazzi está bem, apenas com um hematoma no rosto. A seguir, mostraremos a gravação feita do momento citado."


G R E Y


Dylan havia acabado de me mostrar a notícia sobre Louis, eu não conseguia não pensar que aquilo era culpa minha. Eu fiz uma pergunta indelicada, eu fiz ele relembrar coisas horríveis e sofrer mais uma vez pela morte de sua mãe.

— Emma? Você está acordada? – Dylan diz enquanto estala os dedos para chamar a minha atenção.

— Estou sim, desculpa! Me distraí por um momento... – Digo enquanto ponho o cabelo para trás da orelha. — Horrível o que aconteceu com ele não é? Ele provavelmente estava tendo um dia péssimo...

— Sim, provavelmente. Mas vem cá, o que houve com a sua roupa?! – Ele solta uma risada e logo me lembro do meu pequeno incidente na cafeteria.

— Ah um homem esbarrou em mim e derramou meu café na minha blusa. – Reviro os olhos. — Não tive tempo de trocar, já estava um pouco atrasada. – Olho para minha blusa e realmente, ela estava lamentável. Sorrio para o Dylan e o informo que vou para a minha sala. Já estava muito nervosa, só queria ficar sozinha e pensar em como solucionar isso.

Na minha sala, eu me encontrava na frente do computador, pensando no que escrever naquele artigo, não queria causar mais problema do que já tinha. Louis parecia sofrer muito com a perda de sua mãe, eu não consigo nem imaginar perder alguém tão importante. Infelizmente, eu não tinha controle das perguntas que seriam feitas, caso ao contrário, nunca teria perguntado algo tão pessoal e delicado.

Assim que eu comecei a digitar o texto as palavras saíram naturalmente, era como se eu compreendesse tão bem o que ele tinha passado que não existia dificuldade em expressar aquilo. Não era de se esperar menos, já que eu não cresci com os meus pais verdadeiros. Claro, eu sou e sempre vou ser muito agradecida aos pai da Piper por me criarem como se eu fosse filha de sangue deles, mas acho que nada substitui o vazio que eu tenho, o vazio que eles deixaram, meus pais biológicos.

E falando nela, meu telefone tocava e na tela aparecia um nome bem grande: PIPER. Atendo rapidamente, já que, ela odeia quando eu demoro muito.

— Oi Piper, você precisa de alguma coisa? – Digo enquanto salvo meu arquivo e abro minha planilha de trabalhos da semana.

— EMMA! Por que você não me respondeu? Meu Deus, tenho que te ligar quinze vezes pra você conseguir se dar o trabalho de falar comigo? – Ela parecia brava enquanto falava, mas nunca gritava. Não que ela precisasse estar gritando para mostrar o quanto estava brava, ela conseguia demonstrar pelo simples tom de voz.

— Desculpa, eu tive uma manhã ocupada, tenho que trabalhar em um artigo e em outros mil trabalhos. O que você precisa falar comigo de tão importante? – Digo calmamente, tentando não deixá-la mais estressada comigo. Tudo que eu não precisava agora era mais um problema.

— Okay, nós vamos sair hoje, esteja pronta às 21 horas! Eu te busco, mas não se atrase. – Reviro os olhos instantaneamente. Eu gosto de sair, mas sair com a Piper é sempre uma aventura e não do modo bom.

— Eu tenho que ir mesmo? Eu só queria descansar... – Nunca vi Piper mudar de ideia, porém, não custa nada tentar, não é?

— Não, Emma! Você vai e ponto, não tem discussão. Tchauzinho! – Ela desliga o celular, apenas suspiro e volto ao trabalho, parece que o dia vai ser longo hoje.

Eu já estava em casa, pronta e apenas esperando minha carona. Eu tinha vestido uma saia preta e uma blusinha branca, nos pés eu estava com um salto baixo preto, já que eu não aguento ficar horas em pé na balada com aqueles super saltos. Fazia uns 10 minutos que eu estava sentada no sofá a espera da Piper, ela odiava quando eu me atrasava, mas em compensação ela estava sempre atrasada. Não se passam 2 minutos e logo a campainha toca, me levanto e vou até a porta para atender. A abro me deparando Piper vestida com um vestido vermelho colado no corpo e um super salto preto. Ainda não sei como ela anda em cima disso.

— Finalmente, Piper. Eu estou te esperando faz meia hora. – Eu falo e ela logo revira os olhos.

— Não reclama, eu tive que sair e comprar um vestido novo, todos os que eu tinha não prestavam. – Diz logo me puxando para que eu saia, tranco a porta e sigo ela em direção ao elevador.

— Para onde vamos hoje? Me diz que não é mais umas daquelas boates estranhas com aqueles homens ricos e metidos. – Não custava nada sonhar, né? Mas eu conheço bem o tipo de lugar que ela ama ir. Entramos no elevador e rapidamente estávamos na garagem, entrando no carro. Agora eu iria dirigir, óbvio, ela nunca saia sem beber. Piper me passa o endereço e logo dou partida no carro, seguindo até mais uma boate.

Assim que entramos na boate, apenas pelo ambiente, conseguia sentir que eu não iria gostar. Estava estampado a arrogância das pessoas sem nem mesmo ter que falar com elas, entretanto eu não podia simplesmente ir embora, infelizmente. Nos sentamos na frente do bar e meu olhar era unicamente para meu telefone enquanto Piper pedia seu famoso martini, o primeiro de muitos, eu diria.

— Vamos Emma! Você tem que beber também, não pode ficar aí sentada no telefone. – Como sempre, estava tentando me forçar a beber, mesmo sabendo que eu não gosto.

— Eu vou dirigir, não posso, você sabe. – A loira revira os olhos mas felizmente desiste. Logo o resto das amigas dela chegam e ficam ao nosso redor, elas não eram más, eram até interessante. Porém todas cresceram sem ter que trabalhar, não lutaram por seus pertences, tudo vinha de seus pais. Não estou julgando, quem me dera não ter que trabalhar, o único problema é que não tinham muito o que falar além de compras.

Após um tempo no tédio, apenas olhando envolta enquanto o grupo de meninas aí meu lado se divertia, percebo um homem alto, que parecia estar nos auge dos seus 30 anos, moreno e malhado se aproximando de mim com um pequeno sorriso no rosto. Ele era bonito, não era exatamente o meu tipo, mas não tinha como negar sua beleza. O mesmo começa a falar comigo, era apenas um papo descontraído, que não durou muito.

Contudo, minha querida amiga Piper pareceu se interessar por ele, pois, se meteu no meio, chamando a atenção do rapaz. Foi surpreendente a rapidez em que eles começaram a trocar saliva no meio da boate. Admito que fiquei chateada com a situação, porém não é nada demais, como eu disse, ele não fazia meu tipo.

Pego minha bolsa e ando até a saída. Só queria pegar meu carro e ir embora, ela podia pegar um uber até em casa. Chegando no carro, pego meu telefone e mando uma mensagem pra ela avisando que estava a caminho de casa pois estava cansada e teria que acordar cedo amanhã. Durante o caminho eu só consiguia pensar no dia péssimo que eu tive; Primeiro o café na blusa, depois a notícia de Louis, na qual ainda me sentia extremamente culpada e agora isto. Não consegui ter sorte nem em um flerte inocente... Bom, só posso esperar que amanhã seja melhor.

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Espero que gostem!

— C & M

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⏰ Última atualização: Aug 16, 2020 ⏰

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