Butterfly//Cellps

E I G H T

Hoje eu não havia visto a borbola azul que eu tanto gosto, porém eu vi outra ainda mais linda.

Essa borboleta se chamava Rafael Lange, e ela sempre pousava ao meu lado, com sua cabeça em meu ombro observando as outras que haviam ali.

- Eu gosto de ver as borboletas com você. - Rafael diz e sorri pra mim.

- Eu também. - Sorrio de volta.

Eu não conseguia prestar atenção em mais nada quando ele estava ao meu lado, eu só conseguia pensar o quão era lindo. Sorte. Sorte é o que eu tenho por tê-lo.

Quando me dei conta já estávamos com os lábios juntos em um beijo doce, calmo mas ao mesmo tempo necessitado, como se ele também quisesse isso tanto quanto eu.

Sempre irei gostar de seus lábios macios e doces, seu hálito refrescante em meu nariz e suas pequenas mãos rodeando minha cintura. Eu amo tudo isso. Todas essas pequenas coisas.

Infelizmente a falta de ar nos separou, o gosto doce de sua boca ainda estava em meus lábios e isso me fazia querer beija-lo de novo. Aquelas íris azuis encarando o negro de meus olhos, aqueles lábios perfeitamente desenhados com um tom rosado, suas bochechas coradas e seus cabelos loiros bagunçados. Tudo nele me fazia, a cada de dia mais, eu me apaixonar.

Apaixonado?

Era assim que eu estava. Completamente apaixonado por uma borboleta de lindos olhos azuis.

Azul sempre foi a minha cor preferida mesmo.

Ainda encarando seu rosto, e notando cada detalhe e defeito. Eu finalmente sentir que poderia dizer a ele, dizer a ele que o amava.

Respirei funto, ainda olhando aquelas órbes azuis. Eu falei:

- Eu amo você!

Eu espera qualquer tipo de reação, manos essa. Será que o que eu falei foi errado? Ele estava chorando, e eu não queria machuca-lo. Eu não sabia que dizer o que sinto o machucaria tanto.

Sem ação. Eu estava sem ação, sem saber o que fazer quando um sorriso brotou em seus lábios. Aquele sorriso lindo de sempre. Sem ação foi como eu fiquei quando ele me beijou e disse que me amava.

Sem ação é como eu estou agora.

Ele me ama?

Eu queria beija-lo mas tudo o que eu consegui fazer foi sorri, e aquela lágrima teimosa insistiu em cair.

Eu o beijei, um beijo tão necessitado quanto o de minutos atrás. Ele sumbiu em meu colo. Eu deixaria ele fazer o que quisesse comigo se não estivéssemos no jardim da escola.

- Estamos no jardim da escola. - O afasto um pouco. - Você hmm... Quer mesmo fazer isso?

- É tudo o que eu mais quero agora. - Sua voz baixa em meu ouvido me causou arrepios e talvez um certo desconforto. Ele sabia me provocar e não perdia uma oportunidade se quer para fazer isso.

- Meu carro está bem ali. - Sorrio.

- Vou esperar você lá então. - Ele pisca e caminha em direção ao carro.

Ele podia ser extremamente adorável e lindo, mas todo mundo tem seu lado atrevido, e hoje ele estava mostrando isso para mim.

Eu adoraria ver esse seu lado.

(N//a: Fiquem tranquilos que tem camisinhas no carro)