Capítulo 5

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         Lauren Jauregui POV

   "Eu quero do fundo do meu coração que você morra". A voz de Camila em minha mente me deixava confusa. O que será que deu nela? Só pode estar louca!

   Será que ontem eu não fui boa o suficiente? A transa foi ótima! Bom, pelo menos pra mim. Será que ela esta assim porque eu saí sem dar prazer pra ela? Será que ela prefere ser passiva? Essas duvidas rondavam minha cabeça

   Corri atrás dela mas não a alcancei. "Louca", pensei ao entrar no meu carro e dirigir calmamente para a casa. Já era começo noite quando finamente cheguei, Nova York tem um trânsito caótico. Entrei em casa e fui a cozinha, estava morrendo de fome. Estava preparado um sanduíche quando Chris aparece.

   - E aí, patroa. - Chegou me abraçando. - Teve um bom dia? - perguntou alegre. 

   - Não muito, Chris - Falei massageando as minhas têmporas, só de lembrar do ocorrido de mais cedo. - Mas tanto faz. E você? - Perguntei, logo dando uma mordida no sanduíche.

   - Ótimo! - Disse com um leve sorriso cafajeste. E mordendo um pedaço do meu sanduíche, folgado.

    - Ei, meu sanduíche! - protestei dando um tapa em seu ombro. 

    - Ei! - ele falou fingindo que estava magoado. Neguei com a cabeça e estava saindo da cozinha quando ele me chama, viro para ele. - Ah, antes que eu me esqueça, lembra que mais cedo te disse que tinha ouvido Clara falar para Michael que você tinha feito merda? - Concordei com a cabeça e bebi o refrigerante que estava em meu copo.- Então, eles mandaram te avisar que estão te esperamos no escritório, se prepare -  Ele disse me deixando ali plantada com outra duvida. 
    
   - Só me faltava essa- Subi para o escritório e bati na porta, ouvindo um "entre". Entrei calmamente e fechei a porta. - Soube que queriam falar comigo. - Os escarei apoiando as mãos no encosto da cadeira

    - Pelo menos para dar avisos Chris presta... - Clara falou com desgosto. 

    - Fique quieta, Clara. - Michael a repreendeu. - Lauren, esse assunto é muito sério. Não sei que merda você tem na cabeça. Mais me diga, por que mandou matar o Alejandro Cabello? - Perguntou serio e eu parei de sorrir. 

    - Eu mandei o que? Você tá louco? Eu nem tive tempo pra fazer isso. - Disse me defendendo. Eu sabia do acordo entre nossas famílias e mesmo tendo um motivo para querer fazer isso eu jamais passaria por cima de uma decisão de meu pai

    - Está falando sério? - Ele me perguntou, com um brilho de esperança no olhar.

   - Sim! Muito sério! - Falei verdadeiramente e ele socou a mesa.

   - Foram eles. A guerra voltou - Ele falou de modo sombrio. O olhei sem entender. - Temos que nos preparar.

   - Pai nossas famílias tem um acordo, certo? - Perguntei atordoada.

     - Tínhamos filha, tínhamos. - Me corrigiu sério. Clara sorriu. E eu? Bem, eu estava sem entender nada. 

     
(...)

   "Você mandou matar Alejandro Cabello?"  Essa pergunta ainda martelava em minha cabeça.

   "Por que?"
   "Quem fez isso?"
   "Por que fizeram isso?"
   "E principalmente, o por que fizeram a culpa parecer minha?"

   Respirei fundo, mais uma vez, tentando me concentrar em ler o documento que segurava. Tentativa falha. Levantei, fui ao banheiro, lavei meu rosto e voltei a mesa. 

   Eu realmente não consigo resistir a minha curiosidade...Abri no “site que tudo sabe”, pesquisei diretamente "Alejandro Cabello" e logo fui atacada por diversas noticias. 

    "Alejandro Cabello, um dos chefões do trafico, morre e principal culpado seria a facção rival  comandada pelos Jauregui's" 
    "Filha mais velha de Alejandro Cabello é apontada como a princesinha do tráfico" 

    Fecho o notebook e respiro fundo. Eu nunca gostei de mortes, independente de quem fosse. Mas essa pessoa mexeu comigo, a pessoa que está por trás dessa brincadeira estava me causando problemas, grandes problemas... E por isso, apenas por isso, ela irá ter o pior destino possível. Ou eu não me chamo Lauren Jauregui.

{...} [ Passagem de 1 mês] {...}

   Uma rotina totalmente chata, tediosa, cansativa, e todos os outros adjetivos ruins e que ninguém quer ter diariamente. Assim se resumia a minha vida nesse mês que se passou. 

  Galpão, casa, casa, galpão.

  Respirei fundo e arrumei a minha jaqueta, pela ultima vez e taquei o meu cabelo pelo lado. 

  Vida nova, presa nova. 

  Capturei as chaves do carro e andei até a garagem. Peguei o meu melhor carro, e fui de encontro a Vero e Lucy, o casal que não se assume. 

{...}

   Já se passava da meia-noite, meu corpo já não estava reagindo corretamente a meus estímulos, mas eu não parava de beber. Vero e Lucy se perderam, mas não iria perder a minha noite por causa delas. Caminhei até o banheiro, tentando me manter com uma aparência melhor, afinal, preciso me aliviar hoje. 

   Trombei em varias pessoas e abri a porta com força, mais senti aquele perfume. Sim, eu lembro dele.. Olhei para frente e a vi ali. Linda, totalmente linda. E muito gostosa por sinal... 
   
    - Camila, Camila... Nos encontramos cedo, não é mesmo? - Perguntei abusando de minha voz rouca. 

    Perfeito, hoje eu iria dormir com a latina mais quente do mundo.

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