Capitulo Um

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Ahoy folks! Adivinha quem está de volta com uma fic nova e original saindo do forno? Aye, marujos! Quem gosta desse tema de piratas provavelmente vai se interessar. Quem não gosta peço uma chance mesmo assim. A historia tem todo um contexto, eu pesquisei bastante e muitas coisas são fiéis à realidade (mas nem tudo, óbvio). Larry envolvido sempre deixa as coisas interessantes também!

Foi esse au que me trouxe de volta a motivação de escrever. Então já é bem importante para mim e espero que se torne importante para vocês como tantas outras coisas que escrevi e acolheram. O trailer está aí em cima. A fanfic terá apenas 4 capítulos bem longos e divididos em quatro partes pelas letras da música Heaven do Troye Sivan que tem tudo a ver. A capa foi feita pela linda da larrybrutais! <3

Boa leitura, Sailors!

~o~

"Trying to sedate my mind in it's cage and numb what I see"

Numa pitoresca cidade localizada ao centro de uma área rural, próxima do lago Aqualate Mere, encontra-se uma área extensa de terras ocupada por uma fábrica de algodão pertencente a uma família da burguesia. Houve um incêndio em 1655 que acabou com alguns dos prédios medievais, mas as fachadas em estilo de regência e da arquitetura georgiana permanecem na cidade comercial planejada.

Essa cidade é Newport, em 1719. A família Austin é constituída por Troy, sua esposa Isadora e seu filho de 14 anos, Louis. Ao menos até uma terça-feira de manhã é o que acreditava o menino feliz e ingênuo.

Troy leva Louis pela primeira vez na fábrica dizendo que quer apresenta-lo para uma pessoa. Louis fica curioso, seguindo entusiasmado os passos de seu pai que é bem alto e não tem um único fio de cabelo na cabeça. Durante o caminho, ele vê os funcionários de diferentes idades e tamanhos trabalhando. Homens, mulheres, crianças... O lugar é mal iluminado, sujo e não tem nada de especial. É como se fosse uma fábrica pobre e desorganizada.

Louis sabe que é rico, então não entendia o que olhava ser tão distinto da casa grande e bonita em que vive. Era normal crianças e mulheres trabalharem em lugares assim? Por que ele não tem um trabalho também? Por que a mãe dele fica em casa? E por que a fábrica do pai parece tão precária apesar do dinheiro que tem?

Eles param de repente e uma mulher de roupas sujas e desgastadas está organizando as peças de algodão para a próxima etapa de tecelagem ao lado de várias outras mulheres na mesma faixa etária ou mais velhas. Concentrada, não percebe a presença deles. É quase automático os movimentos que faz, como um robô. Mas o ritmo parece debilitado, a fraqueza e cansaço traçam linhas profundas em seu rosto de outrem jovem e bonito.

— Jay.

Troy chama e coloca o braço ao redor dos ombros magros do filho, pousando a mão no ombro direito. Louis olha para cima com um sorriso educado quando a mulher se vira para eles em um espanto. É como se tivesse acordado e lembrado que está viva e existe um mundo fora das 14 horas que trabalha por dia.

Ela abre a boca para falar, os olhos amargurados na presença do patrão, mas se interrompe engolindo em seco ao ver Louis. Facilmente ela entende o que está acontecendo e quem ele é. Os olhos pequenos, feições finas e cabelo sedoso que antes loiro com o tempo foi tornando-se castanho... São de origem dela.

Louis percebe também alguma similaridade principalmente os olhos pequenos com bolsas embaixo, apesar de Jay estar com olheiras escuras por falta de repouso.

Sua vida é perfeita, nada de extraordinário bom ou ruim acontece. A única coisa que sempre teve de escutar é que não tinha nada da mãe. Isadora é uma mulher de cabelos negros, pele branca como porcelana, olhos castanhos e graúdos. Só o comparavam com o pai por ter a mesma cor de olhos azuis e os lábios finos. Tem o detalhe de que Isadora nunca foi carinhosa ou próxima do filho, fazendo só o necessário para cuidar dele e educa-lo.

Frosty Eyes (l.s. pirate!au)Onde histórias criam vida. Descubra agora