Capítulo 9

739 37 0
                                    


Anahí: Eu não estou protegendo ninguém. Entenda, por Deus! Mas a Manuella é uma aluna maravilhosa que nunca me deu trabalho, enquanto a Mariana sempre se mete em confusão.

Poncho: Eu não queria levar adiante discussão de criança, mas falar da mãe da Manuella é como mexer em uma ferida pra ela, sabia? – falou com a voz embargada. – A senhora por algum acaso já imaginou como seria se criasse uma criança sozinha? Ponha-se no meu lugar e imagine um moleque de vinte e poucos anos tendo que trocar fraudas, levar ao médico, enfim... ser como uma mãe! – a voz estava mais embargada ainda. Falar de Ana Luiza era tocante - Não, acho que nunca se imaginou em tal situação, porque a senhora só pensa em seu próprio umbigo e nem mesmo consegue enxergar o péssimo que exemplo que está dando a essa menina. Pode ter certeza que conversarei com a Manuella caso ela tenha feito alguma coisa com sua filha, e espero sinceramente que a senhora faça o mesmo. Eu criei a Manuella sozinho e não tenho vergonha disso.

-A senhora Vásquez não se pronunciou mais. Não tinha mais o que dizer depois de tudo aquilo. Poncho estava irritado e embargado com aquele assunto.

-Anahí ficou emocionada com o sofrimento de Poncho para criar Manuella, então completou.

Anahí (pousando a mão sob o ombro dele): Está fazendo um bom trabalho, Alfonso. A Manuella é uma das alunas mais educadas que eu já tive. – sorriu carinhosamente olhando naquelas profundezas esverdeadas que eram os olhos deles.

-Já Poncho, sentiu-se mais tranqüilo com o olhar de ternura que Any o lançava. Sorriu como se agradecesse o gesto e abaixou a cabeça mais aliviado por ter ditos certas verdades.

-A senhora saiu da sala bufando. Assinou uma advertência e saiu com Mariana.

Depois de vários discursos e protestos por parte da mãe de Mariana, Manuella também levou uma advertência. Poncho foi até a direção para assinar, enquanto Any ficou com Manuella na sala de aula.

Anahí: Então Manu, como você que essa trança?

Manuella: Embutida pode ser?

Anahí (rindo): Pode sim... – riu.

-Any ficou lá em meio de brincadeiras com a pequena. Devia admitir que Manuella era sua aluna favorita. Realmente ela era a protegida. Desde o primeiro dia elas conversam e se deram muito bem., talvez fosse apenas uma questão de afinidade, mas Any sentia um carinho diferenciado por ela.

-Poncho voltava da direção quando viu Any e Manuella em meio de risos na sala de aula. Algumas bonecas estavam no colo de Manu e Any ria muito da historinha que inventavam. Ficou encostado no batente da porta olhando por alguns segundos, quando Any notou a presença dele. Deu um sorrisinho delicado que foi retribuído por ele e do nada Manuella se pronunciou:

Manuella: Tia Any, eu acho que a Mariana tem razão... Pra quê cantar música dos dias das mães se eu nem tenho mamãe? – abaixou a cabeça triste.

-Anahí fechou o sorriso e olhou pra Poncho. Ele se aproximou da filha e sentou numa cadeira de frente pra Any.

Anahí : Vem cá Manu – estendeu os braços para que ela sentasse em seu colo – Você lembra da última vez que falamos da sua mamãe?

Manuella: Sim...

Anahí: E você lembra do que eu disse, não lembra?

Manuella: Lembro... Você disse que ela era um anjinho que estava do meu lado sempre. – sorriu inocentemente. Poncho observava a cena atento.

Anahí: Pois então, Manu... No dia da sua apresentação sua mãe vai estar lá. Não de corpo, mas vai estar. E você sabe por quê?

Manuella: Por quê?


Papai Solteiro (ANAHI y ALFONSO)Where stories live. Discover now