Capítulo 31 - Será?

5 0 0
                                    

"Você está me induzindo a fazer uma loucura chamada "me casar", mas eu aceito!" responde Jessica. 

"Talvez seja a loucura mais feliz de nossas vidas." - rebate Emily, que depois dá um grande beijo em Jessica e diz ainda desacreditada - "Meu Deus, estamos noivas!" 

"Estamos! E eu já até imagino o que seu pai vai dizer." 

"O que ele dirá?" 

""Eu mando vocês se divertirem e vocês ficam noivas. Fico feliz porque Jessica é a nora dos meus sonhos. Parabéns, meninas!""  imita Jessica fazendo sotaque britânico.

"Bem ele!" diz Emily rindo bastante. 

Elas abrem um champanhe para comemorar, e após um tempo, na cama, Emily se lembra do que Jessica a contou na limousine: 

"Você disse que sempre teve crush em mim, por que nunca tivemos nada antes?" pergunta Emily. 

"Não sei. Talvez por falta de ousadia e medo de estragar a amizade que tínhamos. Mas o que importa é o que temos agora."

"E que o nosso futuro seja doce." 

Após aproveitarem o resto da noite de sábado como um bom casal, ela adormecem. Jessica acorda mais cedo, deixa o café-da-manhã no criado-mudo perto da cama de Emily, que acorda com o barulho e pergunta: 

"Você está indo embora ou está apenas sendo romântica com sua noiva?" 

"Sendo romântica. Mas daqui a pouco tenho que ir." responde Jessica. 

"Por quê? É domingo de manhã. Não me diga que você vai à missa." brinca Emily. 

"É que tenho que organizar uma matéria para o jornal. Voltei a trabalhar com tudo, mas estou feliz. Na verdade, minha vida está mais feliz." 

"Espere até o almoço. Eu peço uma comida, almoçamos e te levo para casa." 

"Tudo bem, minha rainha." 

Jessica fica mais um pouco, almoça e Emily a leva para casa. 

Na verdade, Jessica não precisava organizar matéria alguma, queria se preparar para ir atrás da máfia, ela sentia que estava cada vez mais perto de ter sucesso na missão. 

Por ser ansiosa e estar muito nervosa, bebeu um chá quente e meditou a tarde inteira. 

A noite chegou, e ela foi se arrumando calmamente para vigiar a primeira rua da lista. 

Será que ela teria sorte?

Será que ela teria azar? 

Será que ela mataria? 

Será que ela morreria? 

Mesmo sabendo da possibilidade de morrer que ela sempre teve ao sair atrás de justiça, ela sabia que se morresse dessa vez, morreria plenamente feliz.

Terminou de se arrumar e foi para a rua.

A espera foi longa, deixando-a mais nervosa ainda. Ficou duas horas observando escondida na rua. Estava com os pés doendo por tanto andar de um lado para o outro, escondida é claro, e o coração mais acelerado a cada minuto. 

No beco da rua, Jessica se viu cercada, dois homens na frente e dois atrás. Ela começou a combatê-los, pois sabia que provavelmente foram atrás dela pelo pequeno estrago que ela já tinha feito à máfia e eles não chegaram abordando como se fosse assalto, chegaram para bater mesmo.  Quatro é um número grande contra uma pessoa só. Ela nem ousou em pegar a arma pois sabia também que eles provavelmente estariam armados. A luta não durou muito, um dos homens pegou um pedaço de madeira que estava jogado no chão e bateu na parte de trás da cabeça dela, fazendo-a desmaiar. 

Depois de um tempo, ela acordou na sala de um lugar e jogada no chão. Amarrada, porém ainda com máscara. Ao abrir os olhos, um homem disse a ela: 

"Acho que hoje você vai conhecer alguém que você tanto procurava." 

E Jessica foi arrastada para outra sala pelo mesmo homem. Que a colocou sentada numa cadeira, que estava separada por uma mesa e outra cadeira, que estava de costas, e tirou sua máscara. 

"Trouxemos quem você tanto queria." disse o homem.

E a cadeira se vira, revelando quem poderia ser a cabeça da máfia.

Libra NegraWhere stories live. Discover now