Capitulo dois

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Assim que o carro parou na frente do aeroporto, Harry colocou um gorro para que não fosse reconhecido. Eu imagino que ele pense que aquele gorro o deixe invisivel ou algo do tipo. Descemos do carro e o motorista levou minhas malas.

Fomos até o local para fazer o check-in, com os braços entrelaçados. Enquanto esperávamos para sermos atendidos, eu pensava na maneira que ele agiu, quando estava lá em casa. Fiquei completamente surpresa, por saber que ele era daquele jeitinho. Fofo, humilde e brincalhão.

Olho-o de lado e sorrio, por estar vivendo aquilo.

— Que foi? — pergunta, baixo.

— Nada.

Ele ficou me olhando desconfiado, mas não falou mais nada. Após fazermos os check-in, logo embarcamos. As poltronas eram duplas e eu queria muito ficar na janela. Então tive que fazer meu pequeno drama.

— Ah, Harry. Por favorzinho. 

— Não. Eu gosto de ir à janela.

— Mas eu nunca viajei de avião! — cruzo os braços e faço beicinho.

— Tudo bem, vai. Só não chora!

— OBRIGADA!

Gritei e pulei nos braços dele. Algumas pessoas ficaram me olhando de cara feia, mas eu não me importei. Eu estava extremamente feliz.

Antes do avião decolar, eu estava bem nervosa. Minha mão suava bastante. Eu olhava para trás, pela janela, esfregava uma mão na outra. Só queria que aquela decolagem acontecesse e eu não sentisse nada.

— Nervosa?

— Demais.

— Me dá a sua mão! — Relutei um pouco, pois ela estava muito suada, mas ele a pegou. — Confia em mim? — assenti. — Vai dar tudo certo. Fecha os olhos.

Fiz o que ele pediu. Fechei os olhos e senti um impulso.

— Abre! — sua voz rouca saiu como um sussurro.

Quando abri os olhos e olhei pela janela, já estávamos voando. As luzes de Boston, já ficavam para trás.

— Obrigada.

— De nada.

Enquanto Harry pega um livro e se ajeita para lê-lo, eu coloco meus fones de ouvido. A primeira música que tocou, falava sobre querer conhecer um outro alguém melhor. Sem que eu percebesse, comecei a murmurar aquela canção. Espio Harry e admiro o sorrisinho que ele carregava. Seus olhos não desgrudavam do livro, então aquilo devia estar interessante.

Eu tinha certeza de que ele estava me ouvindo murmurar, mas não disse nada. Apenas continuava com aquele sorriso estampado. Resolvi mudar de música e caiu em uma dele. Essa eu não cantei. Encostei minha cabeça no ombro do Harry, e acabei cochilando.

[...]

Desperto com uma mão macia, acarinhando meu rosto.

— Melanie? — sua voz estava tão rouca, que um dia acabava com minha sanidade.

— hmmm... — passo a mão na boca, procurando algum sinal de baba. — Desculpe.

— Não tem problema. Desculpa te acordar, mas chegamos.

Tenho certeza de que abri o maior sorriso da vida. Finalmente eu estava em Londres.

De novo eu estava de braços dados com Harry. Fomos para sala de desembarque, e ele olhava em volta. Parecia procurar alguém.

— Que foi Harry? E as minhas malas?

— Ah. Paul foi pegar.

— PAUL? — grito e ele coloca a mão na minha boca.

WeekendWhere stories live. Discover now