Cortes profundos

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Nem sempre foi assim tão escuro aqui dentro,
Enquanto a lâmina sugava a minha dor
O meu pulso sangrava ao meio de tanta emoção.
Nunca sentirei algo que não é seguro,
se somos puros, por que iremos sofrer?
Nessa estrada fria, as facas são uma condenação.
Perfuram a alma, e machucam o coração,
E não a nada a fazer, ao não ser arder na maldição.
Eu não quero motivos de ódio e ressentimento,
Por isso me calo ao meio do furacão...
Não me encaixo em outro mundo,
Prefiro viver com os cortes
Do que ir além da desolação...

Também já desisti de contar ao mundo o que estou vivendo, pego minhas malas e flutuo na alucinação, de achar um lugar quentinho para poder dizer a Deus as minhas loucuras;

Peço licença a uma pequena moça que estava na rua, o semáforo estava se apagando, e eu estava com frio.

Continuando... Sempre... Mesmo sem dizer que eu possuo mentiras. Bem aqui dentro.

Mais quando você se esbarra em mim, minha face me entrega, os oceanos se abalam isso é perfeito. Eu não consigo esconder.

Mais você sabe que eu já estou perdida, não precisa me encontrar.
Não perca o tempo com algo desvalido, enquanto enxugava as lágrimas ouço um som de botas pisando no chão.

Alguém me puxa e me diz que eu não estou sozinha nesse mundo obscuro e sangrento.

Esse alguém era o meu próprio desespero...

Sentimentos sombriosWhere stories live. Discover now