CINCO

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Ísis acordou e sentiu uma dor de cabeça terrível. Olhou ao redor e não entendeu onde estava, parecia um hospital. Viu sua mãe na poltrona ao lado, parecia adormecida.

- Mamãe? - ela abriu os olhos e se levantou. - Por que estou aqui?

- Filha, resolvemos o seu problema.

- Problema? O que você está falando, mamãe?

- O filho daquele ninguém foi embora. Problema resolvido.- ela falou friamente.

Ísis se agitou e se levantou da cama.

- Não se levante, você está com soro na mão.

Ísis arrancou o soro.

- Você provocou um aborto? - Ísis falou meio incerta e a mãe lhe olhou com olhos cínicos.

- O que você queria que eu fizesse? Deixasse você permanecer nessa loucura e levar essa gravidez adiante? Eu não vou ser avó do filho de um maldito mecânico.

- Eu odeio você, sua assassina. Assassina. Você é uma maldita assasina. Assassina. - ela se levantou da cama.

Ísis gritava até tudo girar e ela cair desmaiada.

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Meu final de semana foi péssimo, como era de se esperar. Liguei pro Fábio desmarcando o nosso encontro. Me senti mal por inventar uma história qualquer, mas não tinha como ir e fingir que estava bem. O Léo reapareceu na minha vida e estava acabando comigo. As lembranças tristes teimavam em ressurgir. 

A segunda-feira chegou e eu não estava com a mínima disposição pra ir trabalhar, mas eu não podia fugir. Eu tinha que encarar a realidade.

Cheguei perto da oito da manhã com uma cara horrível.

- Minha deusa, um trem passou em cima de você? - Nikko veio todo estabanado e  eu sorri com seu exagero.

- Fiquei um pouco doente esse fim de semana.

- Pouco? Sua carinha linda está péssima e você diz pouco?  - sorri. - Olhe eu vou buscar uns creminhos pra você levar pra casa e dormir com eles. Amanha você vai surgir aqui renovada. 

- Deixe-a em paz, Nikko. - me socorreu Elaine.

- Eu sou queria ajudar, minha marrom bombom.

- Obrigada, Nikkinho. - levantei e o abracei. - Eu adoraria colocar na cara aqueles seus creminhos pra ficar com carinha de bebê.

Voltei pra minha cadeira e ele foi pra mesa dele sorrindo. Fábio se aproximou de mim.

- Você está melhor, Ísis?

- Estou Fábio. Obrigada. Mas como diz o Nikko, um trem passou em cima de mim e ainda estou um pouquinho mal. - sorri

Fábio sorriu também e levou uma mecha de cabelo que estava no meu rosto pra trás da minha orelha e nesse exato momento Leonardo e Fred entram no escritório. A fisonomia De Leonardo se fecha completamente. Ele passa pra sua sala sem desejar bom dia a ninguém.

- Nossa! O que será que aconteceu com o chefinho? - fala Fred - Ele estava tão animado conversando comigo no elevador.

- Ele deve ser bipolar. - soltei.

Ninguém falou mais nada. Cada um foi se concentrar em seu próprio trabalho. Lá pelas dez da manhã, Bárbara aparece com um sorriso de orelha a orelha.

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Where stories live. Discover now