3. Alone

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Mais um dia. Quem me dera poder dormir até o Natal,mas se eu não conseguir me sustentar aqui em Atlanta terei que voltar para Bradford. Me levantei da cama e não sei o por que mas hoje me sinto extremamente triste. É estranho esse sentimento vindo logo de mim. Depois de pronto,eu fiquei encarando meu apartamento. Ele é totalmente espaçoso e isso é bom já que não iria gostar de morar em uma caixa de sapato,mas ele é triste assim como eu nesse momento. Era tudo mais colorido quando eu tinha alguém que me esperava pra jantar. Eu com toda certeza do mundo era muito mais feliz e isso não é bom. Depender de alguém pra ser feliz nunca é bom. As vezes queria chegar em casa e ter alguém com quem conversar ou até mesmo pedir uma pizza e ver algum filme. Mas não,essas coisas não são mais pra mim. Um dia eu até fazia essas coisas e me parecia tão certo mas agora eu simplesmente transo com uma garota qualquer e quando acordo,ela já não está mais lá.

Suspiro e saio de casa. Nem passo naquela cafeteria novamente já que não quero ter que pensar naquele cara batendo no rosto de Elena e muito menos pensar no quanto ela é bonita com aquele cigarro na mão. Chego no trabalho atrasado e felizmente Alex não está na empresa pra me encher o saco. Entro na enorme sala e dou um leve sorriso ao ouvir as gargalhadas dos meus amigos. Elena está em um canto conversando com Louis e eu não pude deixar de fechar a cara. Eu conheci ela antes deles e ela sequer me dá alguma moral. Me sento em minha mesa e logo seu olhar encontra o meu. Dou um leve sorriso e logo ela está caminhando em minha direção.

-Chegou atrasado hoje,aconteceu alguma coisa? - ela me pareceu preocupada e eu neguei com a cabeça. Me abrir para uma nova amizade não seria de todo mal.

-Fiquei perdido em meus pensamentos que acabei me atrasando - tentei fazer com que ela acreditasse e a mesma me pareceu perdida em seus próprios pensamentos. Sorri com sua distração.

-Quer ir comprar café comigo? Eu ainda não tomei café - sua proposta me pareceu tentadora e eu aceitei. Dei um aceno aos meninos e fomos em direção a uma cafeteria comprar café pra ela e algumas rosquinhas para os garotos.

-Não está fumando hoje? - dei meu melhor sorriso de lado e vi que ela corou mas mesmo assim não se importou.

-Digamos que hoje eu esteja mais calma do que ontem - atravessamos a rua e eu pudia jurar que estava andando ao lado de uma top model.

-Como conseguiu o emprego? Eu nunca te vi pela empresa - tentei não parecer ofensivo ou qualquer outra coisa.

-Alex era amigo dos meus pais e na situação que me encontro hoje,ele decidiu me ajudar - respondeu sem se importar como se aquilo fosse irrelevante mas eu queria saber mais sobre ela.

-Era? Eu sinto muito - me bati várias vezes mentalmente por ter falado de seus pais que devem ter morrido.

-Pelo o que? Meus pais morreram mas eles que quiseram morrer - direta e simples como sempre. Me sinto uma criança perto de alguém que parece ter a idade do planeta Terra.

-Como alguém pode querer morrer? - não me contive mas Elena não me pareceu querer esconder algo. Ela confiava em mim e isso era uma bom sinal.

-Minha mãe morreu quando eu era pequena,ela obrigou um médico de beira de esquina a tirar todas as suas costelas,ela me culpava desde que eu havia nascido por ter perdido o corpo de modelo e então ela morreu e que eu seja perdoada por isso,mas eu não chorei,eu sabia que ela iria morrer - Elena tinha o olhar vazio e isso me quebrou por dentro. Tive vontade de abraçá-la mas não fiz.

-Mas é óbvio que seu pai te amava - afirmei como se um dia tivesse conhecido seu pai. Ela riu e tomou um gole do seu café que acredito eu já esteja frio.

-Ele me colocou em um abrigo quando minha mãe morreu - abri a boca diversas vezes mas nenhum som saía então ela continuou - Eu fugi do abrigo e fui atrás dele e eu sabia que seria a última vez,ele me culpou por tudo e quando eu finalmente tive coragem de ir embora um de seus seguranças me disse que ele estava morto dentro da banheira e mais uma vez eu não chorei. Eu queria ter chorado por ele mas não consegui - suspirou e ali eu pude entender que o pai significava muito mais que sua mãe. Ela queria sofrer mas não se permitia.

-Sinto muito que tenha passado por isso - finalmente consegui abraçá-la. Foi reconfortante e eu me perguntei como alguém que passou o que ela passou tenha um abraço cheio de amor e carinho assim.

-Melhor voltarmos senão vão pensar besteira sobre nós - sorriu e me puxou para que fossemos em direção ao nosso trabalho.

-Então não tem ninguém te esperando pra jantar quando chegar em casa? - segurei sua mão e ela corou novamente. Sorri com esse efeito que tenho sobre ela.

-Sou sozinha senhor Zayn - tímido era o seu tom de voz e isso fez com que eu risse um pouco alto.

-Agora eu estou aqui - sincero foi o que eu disse e por mais que eu a tenha conhecido apenas ontem,me parece certo e perfeito ter ela por perto.

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Que história de vida sinistra da Elena mas eu tenho a impressão de que Zayn ficou ainda mais impressionado.

Espero vcs no próximo capitulo...

Beijocas de luz!!!!!!!!!

She :: ZAYNOnde histórias criam vida. Descubra agora