Lágrimas de um Uchiha!

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Coloquei a mão no rosto pedindo a Kami calma, e quando enfim a porta do meu escritório foi arrombada, meu melhor amigo que sentava a minha frente já sorria levemente, esperando o barraco que se seguiria.

-PAIII... -a loira gritava e bufava.

-Tsunade filha se acalme, fará mal para...

-VOCÊ NÃO FEZ ISSO! -eu suspirei e a olhei nos olhos, eu já imaginava que ela faria esse escândalo quando descobrisse sobre a irmã.

-Eu não tinha escolha filha, sua irmã enfrentou o conselho, ela está mais segura longe daqui. -minha filha pendeu para frente e Madara já estava ao seu lado a apoiando para que não caísse e eu me assustei com essa sua reação, pois se tinha uma coisa que minha filha mais velha não seria nunca era uma pessoa fraca.

-Você não pode ter feito isso pai. -eu vi as lágrimas em seus olhos e me desesperei indo até ela, e quando Madara a ajudou a sentar na cadeira eu segurei sua mão.

-O que houve Tsunade, o porque dessa aflição toda? -ela me olhou chorosa.

-A Lya está grávida pai. -vi meu desespero refletido nos olhos de Madara, e sabia que ele se via da mesma forma nos meus. -Eu nem tive tempo de contar a ela pai, ela não sabe.

-Itachi?

-Ele saberá assim que utilizar o sharingan perto dela Hashirama, você sabe que podemos ver o chacka circulando no corpo das pessoas, então ele verá o fluxo da Lyandra-hime e a do bebê.

-Você acha que... -eu comecei.

-Ele vai se descontrolar se eles ficarem em risco, e diferente de mim, não haverá ninguém que o possa parar, nem mesmo o Sasuke pode com ele Hashirama. -meu coração falhou.

-Peçam para eles voltarem. -Tsunade suplicou.

-Não, se eles estiverem aqui o perigo pode ser maior, principalmente agora. -me levantei e Madara assentiu entendendo. -Tudo que podemos fazer é confiar que nada dará errado.

-Itachi não deixará que nada aconteça a eles Tsunade-hime, fique calma. -meu amigo disse passando segurança para minha filha, uma segurança que eu sabia que nenhum de nós sentia.

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O tapa em minha face doeu tanto que eu sentia todo o rosto latejar, e não me surpreendi quando o sangue escorreu por minha bochecha de um corte que suas unhas tinham causado quando este me bateu.

-Vamos princesa, eu quero ouvir você gritar. -eu olhei para o homem chamado Hidan com tanto ódio que senti todo meu corpo tremer, mas não deixei nem mesmo um ruido sair de minha garganta. Eu não lhe daria esse gostinho. -Oh, a bastarda filha do Hokage é orgulhosa, mas vamos vê o quanto você aguenta sem gritar por ajuda. -ele me sorriu lunático. -Já que Orochimaru a quer viva eu não posso a sacrificar para Jashin, mas nada me impede de brincar com você.

Fazia alguns minutos que ele tinha entrado comigo naquele casebre nos limites da cidade, e eu me perguntava como estes tinham chegado ali, como tinham adentrado a cidade sem serem vistos? Será que Suna estava tão desprotegido assim?

Uma coisa que tinha me chamado atenção no falatório sem noção do meu alucinado raptor era que assim como Orochimaru uma vez me chamara, este também havia me chamado de bastarda, e dizer que Orochimaru me queria viva me intrigava ainda mais. Se fosse ao meu cunhado ou marido eu até entenderia, porém eu não tinha nada a oferecer!

O tal Kakuzu me segurava prendendo-me pelos braços desde que eu chegara ali, e nada fazia ou dizia enquanto seu amigo se divertia em tentar me fazer gritar. Hidan veio até mim girando uma kunai na mão e com um sorrisinho passou essa vagarosamente por minha coxa abrindo um rasgo não só em minha calça mais em minha pele também. Trinquei os dentes com ainda mais força e respirei mais fundo, e apesar de não poder controlar as lágrimas de dor eu não gritei, eu não gritaria por ajuda, eu não gritaria por ele. Foquei minha mente no pensamento de que aquilo era passageiro, ou seja, não duraria para sempre, não podia durar, nada é eterno, eu só precisava respirar e aguentar.

Itachi, watashi wa daisuki desu!Onde histórias criam vida. Descubra agora