Capítulo 51 - Último Capítulo

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Aria's POV:

Entramos no helicóptero e enquanto o mesmo decolava, a Lisa continuava abraçada a um ursinho de pelúcia. Estava entre nós e se mantinha em silêncio olhando para o céu e as coisas ao seu redor.

Aria: Tá gostando de andar de avião, filha? – Beijei seus cabelos.

Lisa: Ahan! – Foi direta.

Aria: Por que você tá quietinha?

Lisa: Tô não.

Resolvi deixar quieto. A beleza de lá de cima era algo incrível. Viamos ilhas e belas outras paisagens dali de cima. Eu e o Ezra trocávamos olhares cúmplices e sorrisos disfarçados.

Lisa: Tio... – Disse em tom baixo.

Ezra: Oi. – Pegou a pequena mão da menina.

Lisa: Hoje você não ia se casar?

Ezra: Era minha pequena. – Suspirou e me olhou. – Só que tem coisas que acontecem nas nossas vidas que não são pra acontecer. Tem pessoas que entram e tem que ficar nela pra sempre, e mesmo que os caminhos possam parecer impossíveis e opostos, essas pessoas já estão encaminhadas para serem felizes uma ao lado das outras e é assim que tem e vai ser até o fim de ambas as vidas. – Fez uma pausa. – Não deve ter entendido nada né?! – Riu.

Lisa: Não entendi muita coisa, mas sei que você falou bonito. – Riu sapeca. – E também sei que tem a ver com a mamãe.

Ezra: Logico que tem. O que seria de mim sem a sua mãe?

Lisa: Ainda bem que você não vai se casar com aquela mulher... Não gostava dela não...

Aria: Por que, filha?

Lisa: Tinha cara de bolacha. – Gargalhei. – E sei lá, ela me passava... medo. – Entortou os lábios e eu olhei pro Ezra.

Ezra: Por isso você estava encolhida e quietinha?

Lisa: Sim, porque sabia que ela estava por perto. – Entortou a boca assim como eu e sorri.

Aria: Achei que nunca fosse ouvir você falar que tinha medo de algo. – Ela se aconchegou. Colocou as pernas no meu colo e encostou no Ezra, toda folgada.

Ezra: Mas você ainda tem medo dela? Mesmo sabendo que ela está longe?

Lisa: Sim... Ela tem o rosto meio gelado, como se ele fosse e sempre seria assim. Ela parece que nunca sorri de verdade e sempre tem alguma coisa por trás das coisas que fala ou faz. Era como se ela sempre estivesse triste ou irritada e despejasse aquilo sobre as pessoas que estavam em volta. Credo! Até me arrepio de pensar. – Olhei para o Ezra chocada. Não consegui imaginar que aquela era minha filha. Tratava daquilo como uma adulta. A Lisa tinha essa sensibilidade de sentir as coisas com as pessoas adultas. Não gostava da Jackie desde o primeiro momento.

Ficamos um tempo em silêncio. Eu passando a mão no seu pé e o Ezra na sua cabeça enquanto ainda estava feliz pela minha princesa ter dito coisas tão... concretas e verdadeiras, mesmo sendo tão pequena.

Lisa: Promete que agora a gente não vai se separar mais e você não vai mais embora... papai? – O encarou e ei via aquela cena com lagrimas nos olhos, completamente feliz, era demais pra mim.

Ezra: Promet... – Parou e me olhou com o cenho franzido. Ri baixinho e assenti. – Do que você me chamou, filha?

Lisa: De papai. – Olhou pra ele sorrindo sapeca. - Não é isso que você é meu?

Ezra: Sim... Mas não esperava que você fosse me chamar assim agora. – Mal terminou de falar e a abraçou fortemente.

Lisa: Ai. – Resmungou pleo abraço forte que ele lhe deu. Beijou sua bochecha e eu só olhava a cena.

Ezra: Eu vou proteger vocês duas. – Nos olhou. – Independente da onde a gente esteja. Na Pesnilvânia, ou fora dela, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Paris, em Londres, não importa, eu nunca vou deixar que nada de mal aconteça a vocês duas. – Me olhou me novo, cravando seu olhar no meu. – Porque vocês duas são as únicas coisas que importam de verdade pra mim. Vocês me mudaram completamente. – Fui até ele lhe dando um selinho. – Prometo que nunca, nunca mais vou deixar vocês sozinhas. Que cada dia mais vou proteger vocês da melhor forma que eu conseguir e meu corpo deixar, se vocês prometerem que estarão sempre do meu lado.

Aria: Eu prometo, meu amor. – Seus olhos brilhavam assim como os meus que já marejavam. No meus lábios, o sorriso bobo como sempre estava presente. Ele se aproximou de mim e nossos lábios se tocaram. Um selinho longo e logo em seguida nossas línguas estavam se entrelaçando com carinho, com cuidado. Minha felicidade era enorme, e parecia não caber em mim.

Lisa: Eeeeca! – Disse e eu gargalhei.

Ezra: Isso mesmo Lisa, eca! Proibida de beijar algum antes dos 30.

Aria: Não acha 30 muito cedo não? – Zuei.

Ezra: É né?! 40 então! – Gargalhei.

Aria: Sem crises de ciúmes hein! A menina não está acostumada com essas coisas. – Gargalhei. Ele passou a suave mão sobre o meu rosto e eu fechei meus olhos sentindo seu toque.

Ezra: Eu amo você. – Suspirei e abri meus olhos vendo os dele me observar. – Me promete que nunca mais vai fazer isso comigo. A gente vai resolver nossos problemas juntos.

Aria: Juntos. Nós três. – Beijei a cabeça da Lisa que entrou no nosso meio beijando as nossas bochechas. – Amo você pequena - Fiz cocegas nela que gargalhava enquanto o Ezra me olhava.

Ezra: Eu te amo muito. – Me deu um selinho.

Aria: Eu também... chefinho. – Pisquei brincando com ele que continuava sério me olhando, passando a mão pelo meu rosto. Parei de fazer cocegas na Lisa que entrou entre nós dois.

Ezra: Sanduiiiiiiche!

Beijamos nós dois a bochecha dela. Cada um de um lado. A boca dela ficou saltada, fazendo um "peixinho". A felicidade de todo mundo era visível. Eu estava finalmente sentindo tudo que eu precisava, tinha quem eu queria ao meu lado e estava indo pra longe, recomeçar nossas vidas, proteger quem eu amava e me sentir protegida por quem eu sabia que me fazia importante...

É.. a vida vai e vem... Quem diria que um dia, depois de um longo dia de trabalho, acabaria ficando bêbada e engravidando? Quem diria que a Spencer ficaria doente e me faria parar de trabalhar? Quem diria que minha filha, seria tão importante para mim como ela é hoje, mesmo estando presente em um momento que não era exatamente o certo na minha vida? Quem diria que eu, Aria Montgomery iria trabalhar e obedecer ordens, ter um chefe, e ainda mais que esse chefe seria o pai da minha filha, por quem eu iria me apaixonar perdidamente?

Quem diria, quem diria? A vida continua indo e vindo. Os desencontros acontecem, muitos deles são para o nosso bem e outros nem tanto assim. Aprendi muito nesses anos da minha vida que foram decisivos. A família vale mais que o trabalho, a vida é especial pelos pequenos momentos, um beijo, um olhar, um abraço ou um simples "eu te amo" verdadeiro. A vida é feita de momentos, e daqui pra frente eu quero aproveitar todos eles, ao lado das pessoa mais importantes da minha vida, meu Ezra e minha filha, Elisa Montgomery Fitz!

FIM!

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Então gente é isso, espero que tenham gostado pois eu sou péssima com finais de histórias. Amanhã eu posto os agradecimentos. Comentem o que acharam e leiam os agradecimentos pois vou falar muita coisa. Beijos :*

Desencontros do Amor - EzriaOnde histórias criam vida. Descubra agora