VIII O livro é tão importante assim?

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Adrien sabia que era arriscado entrar no escritório de seu pai sem ser visto por Nathalie, mas ele não se importava. Atrás do quadro de sua mãe havia um cofre. Ele já havia aberto uma vez a algumas semanas atrás e pego um livro às pressas, estranhamente sobre Miraculous e seus heróis. Adrien queria descobrir o que uma série de códigos significavam, mas de repente o livro sumiu.

- Plagg, você pode abrir pra mim?

- O que? Você não falou que era errado?

- Por favor. É por uma boa causa e... eu prometo tomar mais cuidado dessa vez.

- Tá bom, tá bom. - o Kwami atravessou a parede do cofre e o abriu por dentro. Havia um quadro de sua mãe, Adrien o pegou, mas um broche de pavão caiu no chão.

- Espera aí... eu acho que vi isso naquele livro... - Adrien colocou as coisas no lugar e pegou um dos panfletos de viagem encostados na lateral do cofre - Era esse o lugar que minha mãe iria, o Tibete.

- Uau, é um lugar bonito, né? - Plagg olhava o panfletinho no ombro do garoto.

Adrien concordou, enquanto lia o papel.

- Adrien?! - era a voz de seu pai. Ele não entrava no escritório e sim subia as escadas falando ao celular - Hoje, ele resolveu se revoltar com a vida e principalmente com as minhas decisões. Não sei como ela tinha paciência com ele, apesar que ele decidiu se revoltar depois do de... - ele suspirou - E sua filha, senhor Bourgevior? - senhor Bourgevior era o prefeito de Paris e pai da Chloe. Era com isso que ela conseguia chantagear até o diretor da escola.

- E melhor a gente sair daqui, Plagg.

- Ufa, já estava com  saudade do meu queijo!  

Adrien subiu para o quarto, já que um segurança vigiava a porta principal e não deixava nem um fio de cabelo seu sair.

- Sabe Tikki, será que a gente fez mal em pegar o livro do Adrien? 

- Acho que não, Marinette. E aliás, aquele livro sobre Miraculous é muito importante pro guardião, lembra?

Ela se lembrava, e era verdade. O livro, de acordo com o guardião, conta até as forças e fraquezas de cada herói e, se na mão de Hawk Moth, poderia ser usado para derrotar Ladybug e Chat Noir e conseguir seus Miraculous.

O guardião era um senhorzinho chines, baixo, de bigode e camisa havaiana, que tinha a missão de proteger e escolher o dono de todos os Miraculous. Quando Marinette foi até lá devolver o livro, 5 deles estavam sendo usados, o seu e o de Chat, o do vilão, que era o de Noroo, uma borboleta, o da tartaruga, que era o do guardião e um de pavão.

No dia seguinte, como o destino gosta de brincar com as pessoas e, na maioria das vezes, dar a elas uma ajudinha, Paris nunca esteve mais gelada.

- Oi, meninas! - Adrien disse logo ao entrar na sala.

- Oi, Adrien - Alya e Mari falaram em uníssono.

- Oi, cara.

- Oi, Adrien.

- Sério, eu dei muita mancada com a Mari - Adrien disse baixinho

- Por que?

- Sabe esse cachecol? Eu pensei que tinha sido presente do meu pai, mas foi presente da Mari.

- Era isso que ela tava tentando entregar no dia do seu aniversário. - disse Nino. Adrien confirmou.

- Oi, Adrien... - Chloe entrou na sala acompanhada, como sempre, de Sabrina.

- Hã... Oi?

- Que cachecol maravilhoso! - ela disse chegando perto do garoto - Foi o querido senhor Agreste quem fez?

- Na verdade não... foi a Mari. Bonito, né? - ele se virou para Mari e sorriu. Mari ficou vermelha.

Depois disso, Chloe foi para sua mesa e sentou-se, emburrada. Ela estava ficando vermelha de raiva. Marinette olhou para ela e depois para Alya e as duas riram baixo. O sinal bateu e as aulas começavam.

As aulas foram rápidas e o sinal de ir embora logo bateu. Adrien não tirava da cabeça a possibilidade de seu pai estar furioso com o sumiço de seu livro e, se estivesse certo, ele continuaria bravo até ele aparecer.

- Mari! - Marinette se virou. Adrien a chamava - Posso te acompanhar e... te perguntar uma coisa?

- Pode. O que foi?

- É que... você não viu um livro velho sobre... Miraculous?

Miraculous: As aventuras de Marinette (Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora