Capítulo ( 5 )

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Acordei com algo gelado caindo sobre meu rosto, e o barulho de pássaros ao meu redor

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Acordei com algo gelado caindo sobre meu rosto, e o barulho de pássaros ao meu redor.

Espere...

Sentei sobressaltada, no que eu pensava ser minha cama.

Olhei ao redor do bosque. Minha camiseta de dormir estava coberta de penas negras. Com as mãos apalpei meu corpo em busca de algum ferimento. Nada. Com a mão sacudi as penas pra longe.

Respirei fundo.. Tão fundo, que chegou a doer em meu peito, mais uma vez eu havia acordado em algum lugar que não era meu quarto, fechei os olhos tentando lembrar dos acontecimentos; como raios eu vim parar neste lugar?

Mas como sempre, nada surgia na minha mente, eu lembrava de Adam, a polícia, depois fui para casa, deitei na minha cama e dormi.

Desde o acidente que isso acontecia comigo, eu deito em meu quarto, e por vezes acordo em um outro lugar. Nunca lembro de nada. Isso não acontecia com bastante frequência, ainda assim acontecia mais vezes do que eu realmente gostava.

Eu não era sonâmbula. E não havia uma explicação plausível para isso.

Levantei.

Os pássaros continuavam me cercando, em círculo.

Com a mão os enxotei.

--Vão embora- Como se entendessem,o que acabei de dizer, eles voaram mais para cima, e sumiram.

Já havia amanhecido, sabia que não estava muito longe de casa.

Fui pelo bosque, em direção da casa.

Rezei mentalmente para que não estivesse ninguém na rua, e me encontrasse somente de camiseta e calçinha.

Durante todo o caminho, fiquei repassando na minha mente a noite de ontem, mas nunca chegava a lado nenhum, era como se minha mente tivesse sido apagada ou bloqueada.

Já conseguia ver a casa da minha tia, no ponto onde me encontrava, passei a estrada, em direção a casa, agradeci por não estar ninguém fora.

Olhei curiosa para a casa de Adam, e o vi através da janela do último andar da casa, ele tinha empurrado o cortinado, para um dos lados, seus olhos me avaliavam com uma aguçada curiosidade.

Senti Minhas bochechas queimarem, pelo simples fato de Adam me ver nestes trajes.

Seus olhos varreram meu corpo, desde a ponta dos meus pés, e pararam em meus olhos.

Retirei algumas penas negras que estavam presas em meu cabelo.

Revirei os olhos, e entrei em casa, minha tia ainda não tinha chegado do turno, aproveitei para tomar um banho, depois de vestida, olhei meu reflexo no espelho, meus olhos estavam mais castanhos do que nunca, em contraste com as olheiras ao redor dele.

Lutei para tirar as manchas de erva e terra da minha camiseta, com algum tira-nódoas.

Coloquei na máquina de lavar, com a restante roupa suja que estava jogada no cesto.

Caídos: Emoções PerversasWhere stories live. Discover now