Péssimo dia

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Coloquei minha calça jeans com meu sapato social. Peguei minha camisa da Dudalina preto com as dobras da manga rosa e joguei meu cabelo para trás, desci as escadas de casa correndo pegando a chave do carro de Dexter e minha carteira.

Dexter me deixou pegar seu carro, para levar Alisha ao encontro. Mas não achem que foi fácil pegar a BMW emprestada dele. Parei o carro na frente de sua casa, buzinei e sai do carro.

- Entra estou quase pronta. – Ela estava com um vestido estranho. – Tive problemas sérios no FBI hoje, por isso estou atrasada.

- Tudo bem, sem problemas.

Ela sumiu no corredor de sua casa. Na bancada da cozinha o buquê de flores que eu havia dado começava a murchar, em cima da mesma bancada continha papeladas do FBI e o convite do casamento de sua irmã estava sobre a papelada.

Peguei-o no mesmo e abri-o. O convite era lindo, pena que tudo estava escrito em indiano. Não continha a foto dos noivos e nem os nomes do mesmo.

- Pronto. – Ela apareceu no meu campo de visão.

- Está muito linda, copiou o vestido da Marilyn Monroe?

- Digamos que sou fanática por aquela época.

Ela riu. Pegou sua bolsa e deu espaço para que eu passasse, abri a porta do copiloto para que a mesma entrasse no carro.

- Posso ligar o som? – Assenti. – Posso escolher uma rádio? – Ri assentindo.

A mesma sorriu e começou e mudar a estação da rádio loucamente. Ela parou em uma estação onde tocava Elvis Presley.

- Gosta dele?

- Tá brincando? Ele é o meu Deus.

- Ai se sua família estivesse aqui agora. – Ri encarando-a. – Porque esse amor por ele?

- Como disse, eu amo essa época. Assisto muitos filmes dessa época. Já assistiu Grease? Sou apaixonada por esse filme.

- Não assisto filmes desde que... – Parei de falar com medo de chateá-la.

- Desde que ela morreu. – Ela completou. – Sente muito a falta dela?

- Não. – Estacionei o carro. – Só tenho traumas de casamentos e muitos pesadelos.

- Por isso que não quer ir comigo no casamento da minha irmã?

- Também, mas não vou mentir para a sua família.

Ela enganchou seu braço no meu e caminhamos até a entrada do restaurante. Em silêncio o garçom nos encaminhou até a nossa mesa.

- Vocês têm que tirar o sapato.

- Vocês não me avisaram sobre isso quando fiz reserva aqui.

- Por que normalmente os clientes já sabem.

- Mas eu não quero tirar o meu sapato.

- Qual o problema de tirar o sapato? – Alisha já estava sentada com os seus saltos do seu lado.

- Não quero que veja o meu pé.

- Tudo bem, eu fecho os olhos. – A mesma fez o que disse e bufei arrancando meu sapato.

.~♤~.

- Não acredito que me trouxe num restaurante Tailandês e não sabia que a comida era apimentada.

- Eu iria saber que a comida era apimentada? E nem vou falar nada sobre tirar o sapato. – Ela gargalhou. – Mas a noite não acabou ainda.

- Não? – Alisha cruzou os braços. – Para onde vamos agora então?

Os opostos se atraemWhere stories live. Discover now