É ele. (1)

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  Era uma tarde comum de segunda, o clima era festivo, apesar de já ser fevereiro, Lucas estava se ajeitando para sair da empresa onde trabalhava,  desligou o computador, pegou sua bolsa e seu casaco, antes de sair foi até o bebedouro onde seu amigo Eric estava.

- Já está tarde, não vai para casa?  -perguntou dando um tapa nas costas do homem, um pouco mais alto, de cabelos recém cortados e olhos escuros.

- Nem olhei a hora, aliás vai ir na festa de sexta? -Eric conhecia Lucas a bastante tempo, eles sempre saiam para festas e baladas juntos.

- Desculpa, mas no momento estou interessado em outra coisa, ou melhor outro alguém. -afirmou Lucas fixando o olhar em um homem que estava entregando os últimos papéis do dia para o diretor da empresa.

- Não precisa nem dizer, eu sei que quando se interessa por alguém não desiste até conseguir, tudo bem que o Rafael é bonito, mas ele é super fechado, não fala com ninguém daqui e você nem sabe se ele é gay. -Eric estava certo, Rafael era a pessoa mais anti social da empresa, mas Lucas era insistente, não desistiria fácil.

- Isso não importa, afinal quem resiste a um homem tão lindo como eu! -Lucas era realmente alguém provocativo, com aquele sorriso perfeito, o corpo bem cuidado, sem falar no cabelo castanho com algumas luzes, os olhos verdes e a barba rala.

- Que convencido, mas e se ele for casado?

- Já verifiquei o dedo várias vezes, sem aliança, sem casamento, amanhã já planejo atacar aquele homem bonito. -um sorriso pervertido cresceu no rosto de Lucas.

- Boa sorte tigrão! Agora tenho que ir, até depois.

- Tchau!

  Após se despedir, Lucas entrou no elevador, confiante que no dia seguinte, Rafael não resistiria a seus dotes. No dia seguinte, ele esperou até a hora do almoço, seguiu Rafael até o local onde ele comia, após ele ter se sentado, Lucas também entrou e foi na direção do homem.

- Com licença, posso me sentar aqui? -Rafael estava distraído com o celular, quando ouviu a voz do homem, quase não se tocou que era com ele que falava.

- Ah?... É... claro, pode sim. -ele quase derrubou o celular no suco ao olhar na direção do homem, mas Lucas rapidamente pegou e o devolveu. - Obrigado...

- Não foi nada, tudo bem? -a voz grossa e ao mesmo tempo serena de Lucas deixava a maioria das pessoas sem jeito.

- Sim... Você trabalha no mesmo setor que eu certo? -perguntou tentando não parecer estranho, enquanto ajeitava os óculos, que cobriam os olhos castanhos claro.

- Isso mesmo, ainda não fomos apresentados, sou Lucas. -ele estendeu a mão enquanto mantinha os olhos fixados nos de Rafael.

- Prazer em conhece-lo... eu sou Rafael.

- O prazer é todo meu, você parece ser legal, quer sair para beber qualquer dia? -Lucas foi bem direto.

- Desculpa, eu não bebo. -Isso o pegou de surpresa.

- Então podemos fazer outra coisa, apenas um encontro entre colegas de trabalho, é bom sair as vezes para se distrair. -ele era tão convincente, com aqueles olhos lindos e convidativos, os quais Rafael tentava evitar encarar.

- Eu... Talvez seja bom, eu aceito.

- Vai ser ótimo. -afirmou Lucas sorrindo.

- Ok... quando e onde?

- Sexta, às oito, no Laurine, está bom para você?

- Sim... está, te vejo lá.

  Rafael saiu andando rapidamente, Lucas ficou ainda mais confiante, graças a reação de nervosismo do homem, ou ele era muito tímido, ou estava louco por Lucas. Ele voltou para o escritório, onde deu de cara com Eric.

- Lu! Como vai seu plano de pegar o senhor esquisitão? -Eric estava curioso.

- Muito bem, acabei de marcar de nos vermos sexta, eu disse que não dá para resistir, aos meus dotes!

- Hum! Claro, vê se não mágoa ele depois, já cansei de ver você iludindo seus ex.

- Ei! Eu sou cuidadoso, agora deixa eu ir trabalhar.

  Os vários outros relacionamentos de Lucas, nunca duraram mais que três meses, ele até tentava manter alguns, mas seu coração nunca se prendeu definitivamente a alguém, ele ficava com a pessoa e depois simplesmente deixava de gostar, não queria mais, enjoava, mas quem sabe Rafael não estivesse trazendo um novo tipo de sentimento para Lucas, ou será que ele vai continuar a apenas se satisfazer sexualmente e ir embora no dia seguinte.

O namorado do papai. Onde histórias criam vida. Descubra agora