Capítulo 6

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Stuart e Josh tiraram toda a roupa de Amy.

— Isso tira essa porra toda. — ordenou.

— Chefe, toma aqui a bolsa dela... Capaz que tem, algo de interessante aí dentro. — Josh jogou a bolsa para Rocky.

Abriu o zíper da bolsa e começou a jogar tudo que tinha dentro, no chão.

— Celular... Carteira... Batom... O bendito spray de pimenta e tem uma foto. — semicerrou os olhos olhando as pessoas que continham na foto.

— Deixa eu ver. — JJ se aproximou curioso.

— Deve ser a família dela... — Stuart presumiu.

— Essa aqui, que é a velha que me deve! — disse num tom de raiva e apontou com o dedo indicador.

— Mas aí, ela estava bem jovem. — Josh examinou.

— Sim... E esse aqui é o pai.

— O senhor conhece todos da foto?

— Talvez... — virou o olhar para Josh. — Já acabaram?!

— Já sim... E olha só que belezinha. — disse num tom malicioso.

Stuart aproximou-se de Amy.

— Céus! Quantos ematomas! — arregalou os olhos.

— É, vocês acabaram com ela. — Rocky se aproximou e levantou a cabeça de garota, segurando pelos cabelos. — Ela ainda está desmaiada. — soltou os cabelos, fazendo com que Amy bata o rosto na ponta do pé da cadeira.

— É... E agora? Já tiramos toda a roupa... Que tal começar a festinha?! — Josh gargalhou.

— Não, ainda não... Quero que ela veja seu próprio sofrimento, se não assim não terá graça. — Rocky se afastou.

— Mas chefe... — lamentou Stuart.

— Cala a boca! — alterou a voz. — Enquanto ela dorme, vamos ali na hamburgueria comer algo, pois estou morrendo de fome. — Rocky saiu andando para a saída.

— Beleza! Também estou. — disse JJ animado.

— Não, você vai ficar! — ordenou.

— Não, mas por que?

— Não debate comigo... Faz o que eu mandei, garoto! — saiu andando.

***

Aí minha cabeça... Mas que frio... Onde estou? Espera! Minhas mãos! Meus pés! Amarrados?!

Amy recuperava seus sentidos aos poucos, pois a surra que eles lhe deram, foi o bastante para ficar desacordada. O vento gelado da madrugada, se espalhava por todo seu corpo nu, o chão no momento era a coisa mais confortante, pois apesar de frio, era considerado quente em vista do vento.

Seu corpo tremia diante de tais condições, além de confusa, Amy não sabia o que faria.

Rocky e os demais, estavam fora do galpão, apenas JJ vigiava a garota, sentado nas escadas observava atentamente o estado de Amy, até perceber que ela havia despertado. Levantou-se e caminhou até ela.

— Oi... — sussurrou. — Está acordada? — sentou no chão ao lado de Amy.

— Por favor... Me deixe ir embora! — agonisou.

Ele sentia pena, pois via o corpo de Amy arrepiado e trêmulo.

— Me desculpe moça, mas não posso fazer isso. — respirou fundo e passou uma das mãos entre os cabelos de Amy cuidadosamente.

— Não me toca! — gritou.

JJ olhou em volta, com os olhos esbugalhados, pois não queria que o pai e seus capangas chegassem e maltrassem de Amy.

— Shhh... Não grita, sua louca! — sussurrou. — Se eles ouvem que você já acordou, acabam com sua raça!

Amy colocou-se a chorar desesperadamente.

— Por favor... Por favor... Eu faço qualquer coisa, se você me deixar ir! — choramingou.

Confuso com o que faria, JJ engoliu seco.

— Sinto muito... Eu não posso deixar você ir, porque se meu pai descobre, eu e você estamos fritos! — olhou em volta, percorreu o olhar na mesa de madeira. — Eu pego o seu casaco, mas com a condição de você não der mais nenhum piu! — levantou-se do chão e andou rumo a mesa, no intuito de pegar o sobre-tudo.

— O que vocês vão fazer comigo?

— Eu não sei... Ninguém me disse nada. — colocou o sobre-tudo por cima de Amy.

Tenho que arrumar um jeito de fugir daqui... Provavelmente, o que estão planejando não é nada que preste.

— Aqui tem banheiro? — perguntou com voz de choro, porém já tramando um plano para fugir.

JJ fez ar de desconfiado e semicerrou os olhos.

— Olha... Ter, tem... Mas... — respirou fundo.

Amy fez um olhar de choro.

— Por favor

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— Por favor... Eu preciso. Juro que vai ser rápido. — implorou.

JJ respirou fundo, pois o estado da garota realmente era crítico.

— Aí... Meu Deus! — encarou Amy. — Tá legal! Ok! Você venceu... Mas eu vou junto, tá legal?!

Pelo menos ele concedeu o banheiro... Agora tenho que convencê-lo de me soltar.

Mas pra mim conseguir andar, você tem que cortar as cordas.

— Espera, só um minuto... Você está ciente da jura que fez, neh!? E também, está lembrando do que, meu pai pode fazer com nós dois?! — arqueou as sobrancelhas.

— Sim eu sei... Pode confiar em mim. — sussurrou e balançou a cabeça positivamente.

— Beleza. — pegou um canivete afiado do bolso de sua calça. — Fica quietinha, pra mim não te machucar. — pôs-se a corta a corda que estava amarrada nos pés de Amy.

Ok... Agora, tomara que o manda chuva demore de chegar... Se não, nós dois estamos mais do que encrencados.

Reaprendendo AmarWhere stories live. Discover now