Capítulo - 6

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- Adrian. -

***

    Eu ainda estava ali, no chão, com Magnus em meus braços e chorando como uma criança. Estava com medo de move-lo, e as coisas só piorarem. Droga, o que eu devo fazer?!

— Quem é você? — Uma voz masculina soou atrás de mim, e eu automaticamente me virei. Um homem alto e loiro, muito bem vestido por sinal, me encarava. Quando ele viu Magnus em meus braços, sua expressão mudou de confuso para surpreso em segundos. — Mas que merda aconteceu aqui?!

— Quem é você?! — Perguntei. Seu rosto me era familiar de algum lugar... Tentei forçar a me lembrar, mas não consegui.

— Maximus, prazer. E você, tomara que não seja o causador dessa confusão... — Ele disse e correu até nós, ajoelhando-se ao lado de Magnus e pressionando dois dedos em seu pescoço. Após alguns segundos, ele suspirou, aliviado. — Ele está vivo... Agora, será que dá para você me dizer o que diabos aconteceu aqui?

— Um homem, ele... Invadiu a casa, e o Magnus... Levou três tiros! Eu não sei o que fazer... — Os soluços tomavam conta de mim novamente, e eu mal conseguia falar. — O ajude...

— Bom, ele perdeu muito sangue... Me ajude a levá-lo até o quarto. Rápido! — Maximus pegou Magnus pelo braço, e eu o ajudei segurando-o pela cintura. Assim que chegamos no quarto, Maximus o deitou de bruços na cama e rasgou sua camisa, a jogando no chão. Quando ele viu o estrago em suas costas, uma expressão nada boa tomou conta de seu rosto... — Isso está horrível... Faz quanto tempo que ele desmaiou?

— Dez minutos, no máximo... Eu não sei... — Eu disse enquanto passava as mãos pelo rosto, em uma tentativa falha de parar de chorar. As costas dele... Tudo por minha culpa...

— É melhor você sair agora... — Ele abriu o guarda-roupas e tirou de lá uma maleta prata. Quando a abriu, ela estava repleta de instrumentos cirúrgicos. Maximus procurou por algo até achar uma ampola cheia de um líquido amarelo, e uma seringa. — Isso não vai ser muito legal de se ver.

— Espera... O que você vai fazer com ele?! — Gritei ao ver ele encher a seringa, e aproximar a agulha do braço de Magnus.

— É óbvio que eu vou seda-lo! Ou você prefere que eu retire os projéteis sem ele estar anestesiado? — Ele agora gritava também. Seus olhos demonstravam raiva pura. — Eu sou médico, então sei muito bem o que estou fazendo! Por favor, saia do quarto agora.

— Mas... — Eu não queria deixar Magnus sozinho... Não dessa vez.

— Apenas saia do quarto! — Ele gritou novamente, em um rosnado. Como esse homem pode ser tão parecido com Magnus? Decidi fazer o que ele mandou, e sai do quarto, fechando a porta logo atrás de mim.

***

    Fiquei rodando pela sala por minutos, horas... Por quase uma eternidade! O que está acontecendo lá? O que ele está fazendo com Magnus? Droga, eu quero tanto vê-lo! Depois de mais uma longa espera, o homem chamado Maximus finalmente saiu do quarto, completamente sujo de sangue... Parou na frente da porta, e me encarou.

— O Magnus... — Tentei falar normalmente, mas saiu apenas como um sussurro. Eu estava pensando no pior...

— Os tiros não atingiram nenhum órgão vital, então não aconteceu nada realmente grave. Ele agora está dormindo por causa do sedativo, e não acordará tão cedo. — Ele encarou as luvas manchadas de vermelho, e logo voltou a me encarar novamente. - Você pode me dizer agora, claramente, como meu irmão acabou nesse estado... E quem exatamente é você?

Doce Delegado - Livro 1 - Trilogia DoceHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin