Prólogo

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Seis anos antes.

Eu tinha dezessete anos quando morri.

Eu era apenas uma adolescente quando entraram em minha casa e assassinaram meus pais, meu pai era um grande investigador da policia, Marcus Galvão, ele era famoso por colocar os bandidos mais fodidos atrás das grades ele era comparado ao Juiz Odilon de Oliveira um juiz federal que hoje dorme dentro de um fórum sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados, não imaginava que meu pai também estaria assim jurado de morte, foi um destes bandidos que colocou minha família em baixo da terra ou pelo menos mandou colocar.

Tínhamos acabado de chegar de um jantar na casa de um amigo de papai, quando arrebentaram a porta de entrada.

- Mas o que é isso? – mamãe perguntou do topo das escadas.

- Não sei, mas quero que pegue a Clara e vá para cima. – papai falou indo em direção ao barulho.

- Marcus.

- Vá. Rápido.

Mamãe me pegou pelo braço e fui praticamente arrastada pelo corredor do andar superior.

- Fique aqui querida e não saia por nada. – ela tinha me colocado dentro do armário atrás dos vestidos de festa.

- Eu te amo mamãe.

- Eu também minha querida.

Aquelas tinham sido as últimas palavras que ela falou para mim. Depois que mamãe saiu, eu fiquei ali sozinha encolhida por um tempo ouvindo o que se passava, após isso escutei passos pesados na escada depois porta abrindo e batendo, o barulho era no quarto dos meus pais, ouvi minha mãe gritar e coisas foram jogas ao chão. Depois estampidos, eram tiros, foram baixos, pois eles estavam usando silenciadores, eu estava ainda mais encolhida, tremendo, apavorada, eu esperei por mais uns instantes e sai devagarzinho fui até a porta e encostei o ouvido, escutei mais coisas sendo jogadas, meu pai falando, mas não entendia nada, minha casa estava sendo invadida, assaltada e eu estava apavorada lagrimas rolavam em meu rosto.

Abri a porta devagarzinho e caminhei pelo corredor seguindo o som das vozes no andar de baixo.

- O que vocês querem? - papai perguntou o tom dele era serio. – Deixem minha família em paz.

- Família? A sua mulher já era doutor, o negocio era matar todos e por falar em todos onde esta sua filha, aquela putinha gostosa? – uma voz grossa falou com papai, esta voz me enchia de nojo.

- Minha filha não esta. O que vocês querem? Se for dinheiro posso sacar para vocês a quantia que quiserem.

- Não precisamos de dinheiro, nosso chefe já tem muito.

- Então o que querem?

- Vingança, o doutor quase acabou com o esquema do patrão. – o homem estava falando, mas eu não conseguia ouvir direito então desci mais as escadas, mas por estar tremendo muito e muito apavorada tropecei e quase cai, o barulho não foi muito alto, mas o suficiente para os caras escutarem e papai também. No momento de distração papai sacou sua pistola 9mm arma que ele mantinha quase que 24hr com ele, foi tudo muito rápido ouvi tiros abafados por silenciadores e depois um som de algo caindo, algo pesado, eu sabia, papai atirou em alguém e acertou.

- Seu filho da puta desgraçado você vai me pagar. – mais tiros vieram do escritório, meu Deus quando isso ia acabar, tentei subir as escadas, mas um par de mãos ásperas, grossas, pegou meu tornozelo me arrastando para baixo.

Marcada pela Dor, salva pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora