Te Amo Meu Alpha - 1° Volume.

cap 27

- Tris? - pergunto sem entender o motivo de sua tensão.

A praça toda estava vazia, já era tarde da noite. O que poderia chamar a atenção dele nesse momento?

- ali... no fundo das árvores atrás do parquinho...- ele fala sério.

Sigo seu olhar e avisto um par de olhos vermelhos no meio da floresta, nos observando. Logo o corpo ganha uma silhueta, a medida em que se aproximava da luz.

E lá se vai a minha paz...

- vampiro - falo quase em um sussurro.

Ele se aproxima sem medo com as mãos nos bolsos, e vem em sua velocidade sobrenatural até Tristan, que levanta bruscamente. Eu nunca tinha visto um de perto, fico sem reação ao vê-lo jogar Tristan em uma árvore.

***************************************

- Kiara, acorde! - Rubi se revolta dentro de mim, me fazendo sair de meu transe.

***************************************

Minhas mãos suavam frio e meu coração batia tão rapidamente que parecia que ia sair pela minha boca.

- ele não parece grande coisa vendo agora... - ele debocha de Tristan, que tentava de levantar.

- fique... - ele fala raivoso com seus olhos dourados e cospe sangue - ...fique longe dela... - ele se escora na árvore com uma das mãos na lateral do peito, como se sentisse dor.

Ele vem em minha direção rapidamente, e por um segundo, pude ver suas presas afiadas próximas a mim.
Dou- lhe um chute no estômago e antes que ele venha para cima de novo, Tris interfere em sua forma lupina e o prende entre seus caninos afiados, o sacudindo como um boneco de pano. O vampiro estava quase morto.

- não o mate! - grito para que ele me ouça - vamos o levar para um interrogatório. Tristan precisamos saber o que isso tudo significa!

Ele revira os olhos e larga o corpo com repulsa, e logo em seguida uiva. Logo minha família e o pai dele estariam na sala de interrogatório.

(...)

- como ousa pôr seus pés amaldiçoados em minha alcatéia, e atacar meu filho e a companheira?! - John vocifera - quem te mandou?!.

- eu não reconheço a sua autoridade! - o vampiro cospe sangue no chão próximo aos pés do Supremo, em forma de desrespeito.

Théo e meu pai entram na sala completamente afobados e começam a percorrer o local com os olhos, até me achar.

- pela Deusa! - meu pai segura meus ombros e me olha preocupado - vocês estão bem? - ele se volta para Tristan.

- está tudo bem. Ele não feriu ninguém - Tris o tranquiliza enquanto coloca gelo em sua sobrancelha, que estava se curando sozinha.

- ele fez isso?! - Théo aponta para o roxo na costela de Tristan, que estava a mostra dado sua blusa rasgada.

- esse verme já falou alguma coisa? - Théo olha com nojo para o ser pálido amarrado a uma cadeira.

- ...estamos trabalhando nisso...- John cruza os braços. Ele é sem dúvida uma postura imponente.

- eu dou um empurrãozinho - meu pai tira uma seringa com um líquido roxo dentro.

- o que é isso? - pergunto.

- um veneno que vai promover dores aguçadas no nosso amigo aqui - meu pai ironiza - a não ser que o antídoto seja administrado a tempo.

- deixa que eu faço as honras - Tris aplica no pescoço do vampiro, que começa a se mexer na cadeira com dor.

- vamos tentar de novo. Quem te mandou?!- John pergunta.

- nós... nós estamos em todo lugar! - ele fala se contorcendo na cadeira.

- o que ele quer dizer com isso? - Théo falava com Tris.

- nós sabemos... - ele gruni de dor - sabemos do poder dela - ele fala com ironia.

- vocês estavam na festa da Lua. Não estavam?! - Tristan avança nele, mas Théo o segura.

- precisamos dele vivo! - Théo tenta o acalmar.

- em breve meu líder terá seus poderes, e vocês cairão - ele ria e ao mesmo tempo tossia sangue.

- você vai morrer... - meu pai fala entre dentes.

- eu estou em paz com isso, seu lobo nojento - ele fala com fúria - minha missão foi cumprida. O recado está dado.

- você contava com isso... não contava? - falo nervosa - você sabia que seria pego.

- para a nossa raça, é uma honra morrer pela causa! - ele fala em meio aos grunidos de dor - você não passa de uma horripilante aberraç... - ele é interrompido quando bala atravessa a testa dele, o fazendo cair sem vida no chão.

- ele já serviu ao propósito dele - John guarda a arma.

- as outras alcatéias devem ser alertadas! - Tris avisa - pai, ele estava nos esperando!

- como ele passou pela segurança da alcatéia?! - Théo cruza os braços - esse lugar é uma fortaleza!

- a menos que alguém tenha o ajudado a entrar... - meu pai fala pensativo.

- eles estavam nos observando... - falo preocupada - alguém deve estar os ajudando.

- vou verificar qualquer falha na segurança - John diz - vou tirar qualquer um que eu suspeite ser a porra de um traidor! - ele fala furioso.

- alguém precisa ser responsabilizado por isso, pai! - Tristan fala com os olhos dourados.

- e vão ser - John toca o ombro de Tris - Kiara deve aprender a lutar e a se defender - John me olha.

- já é hora de aprimorar suas habilidades, irmã - Théo toca meu ombro.

- não sou contra a isso - alerto.

- eu posso a ensinar - Tris se oferece.

- não será necessário, vou deixar isso nas mãos de Natan - John responde.

- nem pensar. Aquele cara é um babaca! - Tris fecha a cara.

- não é hora para infantilidade, Tristan! - John o corrige.

- quem é Natan? - pergunto sem entender.

- vão para casa, amanhã resolveremos isso - John nos olha serenamente. Como ele consegue manter tanto o controle?.

- tudo bem - meu pai e ele apertam as mãos.

- ficarei com Kiara hoje - Tris avisa ao pai.

- se não tiver problema, tudo bem - o pai de Tris responde.

- não terá, Tristan pode vir conosco - meu pai sorri.

(...)

Assim que chegamos em casa, dou boa noite para meu irmão e meu pai, e subo para o meu quarto. Tris estava tomando banho no quarto de hóspedes, e logo estaria comigo. Conversamos um pouco antes de pegarmos no sono, hoje tivera sido um dia cansativo.
Foi um intenso dia... eu pensava que os dramas haviam ficado na antiga alcatéia.