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  Harry ***

Estável.

Era a palavra que eu estava esperando antes que eu pudesse finalmente soltar um longo suspiro. A enfermeira tinha finalmente saído do quarto e disse isso. Me sentei ao lado de pequena, segurando a mão dela. Fazendo promessas a ela que eu nunca pensei que eu iria proferir a ninguém. Eu prometi a ela uma casa, uma vida, uma família. Eu prometi a ela um lugar seguro para o nosso filho crescer. Eu disse a ela o quanto eu a amava e o quanto ela significava para mim.

- Grayce está aqui, na sala de espera. - Niall disse, entrando no quarto. Ele estava falando para mim, mas seus olhos nunca deixaram pequena. Ele foi até ela com as mãos nos bolsos. - Ela está cuidando do garoto.

Meu celular vibrou no meu bolso. O puxei para fora e estava prestes a clicar ignorar até que eu vi quem era. Eu pressionei atender e segurei contra o ouvido.

- Consegui. - disse H. Estou no celeiro na rua 86. - a linha ficou muda.

- H? - perguntou Niall. Eu concordei com a cabeça.

- Fique aqui com ela no caso dela acordar. Eu vou estar de volta. - eu beijei Pequena na testa e, embora eles tenham dado medicamentos para mantê-la sedada, eu esperava que ela pudesse de alguma forma ainda me ouvir quando eu disse:

- Eu te amo, Harry.

...

Golpe por golpe eu mostrei a minha indignação sobre o doente fodido que ousou impor as mãos sobre minha Pequena. Sua pele inchou e rasgou, ficando vermelha onde meus punhos batiam, uma e outra vez até que seus traços se transformaram em algo irreconhecível.

Sua farsa de menino de boa aparência tinha ido embora. O filho da puta agora parecia o pedaço de merda monstro que ele era.

Esta não foi uma raiva controlada. Longe disso. Isso foi eu soltando a raiva e a frustração que eu estava sentindo desde que o falso policial tentou me levar para debaixo da terra.

Eu olhei para minha mão, revestida de vermelho pegajoso e sorri. Eu queria mais. Eu precisava de mais.

- Pare! Por favor! Eu imploro! - Tanner gemeu, revelando dentes brancos brilhantes revestidos de vermelho sangue ainda mais brilhante. Ele rolou a cabeça de um lado para o outro, engasgando com o sangue que tinha juntado em sua garganta.

- Você começou isto, filho da puta. Você não pode ter isso agora só porque você está fodido e mijando. Isso está em você. Você colocou suas mãos sujas de merda na minha menina, queimou sua pele, tentou mata-la e eu tenho que mostrar misericórdia? - eu balancei minha cabeça. - Não brinque com o que é meu, porra. E infelizmente para você, você está prestes a aprender essa lição da maneira mais difícil.

Eu olhei para H, que estava de pé ao meu lado. Seus olhos focados intensamente em Tanner. No começo eu pensei que ele estava quase entediado e esperando que eu acabasse com Tanner, mas quando eu olhei mais perto, percebi que sua expressão não estava entediada em tudo. Era luxúria. E não para o merinha, mas para seu sangue.

- Você não pode me matar. - disse Tanner, ofegante.

- Eu acredito que eu posso e eu acredito... que eu vou. - eu corri o cano da minha arma em seu nariz e o empurrei em uma de suas órbitas, enquanto ele se contorcia debaixo de mim. - Tem sido um longo tempo desde que eu matei alguém pelo puro prazer disso... muito tempo realmente. - eu disse caprichosamente.

- Você acha que Raymie vai ficar com você? - disse o merdinha. - Ela é uma adolescente, porra. Ela não sabe o que ela quer. Ela poderia te deixar amanhã, quando ela perceber que você é apenas um pedófilo com nada para oferecer a ela. Ela vai se lembrar logo que ela é melhor do que você e então ela vai te deixar.

- É aí que você está fodidamente errado. - eu disse. - Você obviamente não me conhece muito bem, porque ela me deixar não é uma opção.

- Então você é apenas mais um monstro como eu sou. Você e eu não somos tão diferentes afinal de contas. - ele brincou, suas pupilas tão grandes como suas órbitas.

- É aí que você está errado. - eu corrigi.

- Nenhum de nós está disposto a aceitar um não como resposta. Não soa muito diferente para mim. - sua respiração se tornou mais e mais difícil, suas palavras levaram grande esforço para sufocar e H. estava ficando inquieto, passando a arma da sua mão direita para a esquerda uma e outra vez, seu foco em Tanner totalmente.

Eu ri e passei a mão sobre a minha cabeça.

- Bem, para começar, amanhã eu vou estar respirando... e você não.

H. balançou e inclinou a cabeça para Tanner, pressionando a palma da mão contra sua mandíbula e estalando os ossos em seu pescoço. Os olhos de Tanner arremessaram de mim para H., sua voz tensa se transformou em pânico.

- Raymie nunca vai te perdoar se você me matar! Eu fodi tudo, eu admito. Estou totalmente fodido, mas ela ainda não me quer morto. Eu sou o pai de seu filho, pelo amor de Deus!

- Errado de novo, mostra o quanto você realmente não a conhece. Não só ela vai me perdoar, mas ela vai me agradecer quando estivermos em casa e ela estiver de volta na minha cama onde ela pertence. - eu cocei a cabeça com o cano da minha arma e me levantei. - Mas apenas no caso, você está certo, eu não vou te matar. - eu guardei a arma no coldre na parte de trás da minha calça jeans e Tanner soltou um suspiro de alívio.

Eu me virei, sabendo muito bem o que ia acontecer a seguir. Eu só tinha dado dois passos em direção à porta quando ouvi o som de um único tiro.

- Mas H. vai.

CONTINUA...  

KING ②Where stories live. Discover now