Dois

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Era mais um dia incomum na vida de Louis Tomlinson.

Começou logo cedo, assim que ele acordou e deu-se conta de que aquele não era seu quarto, não o verdadeiro quarto. E, mesmo que soasse clichê, ele ainda esperava que tudo aquilo não tivesse passado de um sonho ruim, mas no fim ele teria que aceitar. É claro que a manhã dele não seria repleta de sorrisos e bom-humor, assim ele esperava, porém o infeliz tio tinha que acordar bem feliz e cumprimenta-lo como se tudo fosse rosas e arco-íris. Se tinha uma coisa que Louis não tinha era um humor bom matinal, ele poderia soltar xingamentos para qualquer um. Agora, imaginei o mau-humor junto com a vontade de matar um ser que, mesmo não conhecendo quase nada, ele já odiava? Digamos que senhor Styles aprendeu da pior forma que o garoto não estava para brincadeiras quando escutou um "bom dia pra quem?" soltado rudemente pelo garoto. Que ainda foi educado, segundo ele.

O café da manhã também não foi muito bem. Tomlinson não disse uma palavra no tempo que demorou em sua primeira refeição na mesa com o tio. Passou o tempo todo perdido em pensamentos, procurando saber porque sua mãe havia de deixa-lo com um homem praticamente estranho. Afinal, ele era filho do pai de Mark com outra mulher, sendo assim meio irmão de Mark que não é seu pai. Um estranho. Era realmente preocupante, talvez sua mãe deve-se ir ao psiquiatra. Logo ele teve que esse pensamento para trás, já que deveria ir a escola. Ele estava nervoso pelo que encontraria na nova escola.

Agora encontrava-se ao lado do carro, enquanto o, por mais incrível que pareça para a Inglaterra, sol quente o aquecia. O tempo sempre parecia ser o contrário do seu humor. Escutou o carro ser destravado e pode entrar, assim como havia feito no último dia, ficou em silêncio e colocou o sinto de segurança. Harry entrou logo depois, ligando o carro e dirigindo pelas ruas. Louis estava tentando memorizar o caminho para não ter que ir sempre de carro, quando Styles se pronunciou.

- Acho que irá gostar da escola - disse calmamente - Sabe eu estudei ali, lembro que tinha vários esportes, como futebol, um ótimo esporte para meninos.

- Claro - deixou uma risada sarcástica - Só que se eu gostar de algum esporte, não vai ser porque é de menino.

- Não me entenda mal, mas é normal que um garoto goste de fazer coisas de garoto...

- Não existe coisas de garoto! - Gritou - E muito menos esportes, pelo amor de Deus! - Seu rosto já estava ficando vermelho e ele estava ficando nervoso, odiava ter que lidar com esse tipo de pessoa.

- Calma, só estava tentando puxar um assunto! Não há necessidade de gritar... - Harry tentava o acalmar.

- Não quer que eu grite não fique falando merdas! - disse e virou-se para janela - Agora, por favor, só me leve para escola.

Então assim foi, o resto do caminho, que, felizmente, não era muito longe o carro ficou naquele silêncio. Harry preferiu deixar assim, já que Louis estava simplesmente impassível. Quando chegaram o garoto estava tão ocupado em xingar o tio de todos os nomes possíveis mentalmente que, além de não prestar atenção no caminho, nem conseguiu preparar-se para enfrentar novas pessoas. Bufando, ele simplesmente saiu do carro batendo a porta, fazendo com que um grupo de alunos que ali estavam o observarem curiosos.

Ótimo, pensou, já começando bem.

O garoto seguiu em direção aos portões da única escola da cidade, sentindo olhares sob si. Na sua antiga escola ele era um pouco popular, não o rei, mas com certeza alguém conhecido, então estava levemente acostumado a ter certa atenção, mas ele nunca estava sozinho ou completamente irritado. Quando ele finalmente entrou nos corredores pela escola ele sentia-se a própria Bella Swan chegando em Forks, era incrivelmente e patético a forma como todos olhavam para ele.

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