Prólogo.

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   Era uma noite fria, os seres falantes da terra das fábulas já dormiam. Apenas os que espreitavam na noite observaram aquela estranha nuvem negra que corria no céu desafiando os ventos. Com ela um som como trombetas se espalhavam pelo céu, era assustador, mas por mais alto que fosse, nenhuma criatura acordou.
No clarão oval de uma floresta, onde havia apenas um tronco de arvore seco que ardia em chamas, estava Rumpel, saltando e cantando.

"Hoje eu frito, amanhã eu cozinho!Depois de amanhã será o filho da rainha!Coisa boa é ninguém saberQue o meu nome é Rumpelstilskin!"


   Aquela nuvem negra sobrevoou o clarão bloqueando a luz do luar e então com violência invadiu o interior daquela arvore podre. Rumpel foi arremessado para longe junto a pedaços de madeira me chamas. Com os olhos arregalados o anão tentava se levantar, mas uma força maligna o mantinha imóvel.

   A arvore se contorceu e se abriu como se entrasse em trabalho de parto. Da fenda aberta, ainda em chamas, saíra um homem sujo de lama negra, seu corpo pegava fogo, mas ele não se importava... Mesmo com a lama cobrindo seu rosto, era um homem de uma beleza imensurável, sua pele negra refletia a luz do luar, não havia nenhum cabelo na cabeça e seus olhos eram profundamente seduzentes.  A medida que o homem misterioso caminhava em direção a Rumpel, a lama era absorvida por seu corpo, e sua túnica branca não possuía uma mancha sequer, até mesmo os detalhes bordados a ouro já brilhavam como novos. Quando o homem chegou ao pé de Rumpel, que ainda estava caído ao chão, se agachou e de cócoras sorriu com o canto da boca observando cada centímetro de Rumpelstilskin, o anão se arrepiou e tremulando perguntou.

- Q...quem é você? - Rumpel tremia tanto que seus chocalhos de besouros em seu bolso chacoalhavam. 

- Sou seu novo dono, eu sou Mazelas. - Disse o homem com a voz mais perfeita ouvida na terra da fábulas.

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