• 25 Capítulo

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Ashley P.O.V

Acordei com meu celular tocando, indicando uma mensagem. Quis jogar-lo longe, mas não tenho dinheiro o suficiente para comprar outro agora. Então, atendi sem olhar quem me perturbava à essa hora.

Ligação On ;

"Ash?"

"Mãe?" - Oxe, ela aqui em casa e me liga

"Poderia levantar, minha filha? Você ficou de acompanhar a Dani pra levar a Malu pra fazer o exame de sangue na menor."

Puts! Eu havia esquecido.

"Eu havia esquecido, mãe." - rio meio nasalado.

"Mas a Malu não. Ela está aqui tem quase uma hora. Não para de perguntar se você levantou." - minha mãe fala e faz um som engraçado com a boca.

"Vou me arrumar aqui. Em 20 minutos, ." - falei e ela murmurou um "okay".

Ligação Off ;

Desliguei e me levantei em um pulo. Eu, realmente, havia esquecido que marquei com a Malu. Inclusive, já marquei pra poder conversar com a Dani. Ela anda muito calada e misteriosa. É meu deve saber o que está acontecendo.
Me despi e entrei no banheiro que havia no meu quarto. Não demorei muito. Alguns minutos no banho e outros escovando os dentes.

Terminei.
Entrei no quarto e procurei o que vestir. Optei por shorts, blusa regata e sapatilha. Chega de calça! Já basta usar a semana toda.
Nada de make. Apenas gloss.
Saí, com o celular no bolso maior do shorts e já ví a pequena de longe.

Ela tomou impulso e veio até mim, me abraçando. Depositei um beijo em sua testa e sentei com ela na mesa para que pudéssemos tomar café.
Notei que a Dani não estava lá. Achei até estranho. Ela nunca deixa a pequena sozinha.

—" Mãe, e a Dani?" - perguntei enquanto terminava de tomar meu suco.

—" Ela disse que não estava se sentindo bem e avisou que você passasse quando fosse. " - falou mexendo no cabelo da pequena.

Murmurei um "uhum" e voltei a comer. Viu como falei só verdades? A Daniella está estranha e eu quem vai descobrir o por que.

Terminei meu café, depositei um beijo na testa da mamãe e peguei a Malu no braço, para que fossemos buscar a Dani.

Fomos a pé mesmo, não morávamos longe uma da outra.

Ao chegar senti um clima estranho, a porta estava aberta e a Dani não é de deixar-la aberta. Ela sabe o quanto aqui é perigoso.
Abri a porta, checando se tinha alguém na sala. Não ví ninguém então subi para o quarto da Danielle, com a Malu nos braços. Ouvi alguns gritos vindo do andar de cima, e eu conhecia aquele choro que ecoava. Era a Dani.
Levei a Malu até o seu quarto, que é um dos primeiros, dei meu celular para que ela ficasse jogando um jogo qualquer que eu havia baixado, pedi que ela fizesse silêncio e saí do quarto.
Voltei a ir até o quarto da Dani e ouvi algumas batidas, acho que algo sendo arremessado ao chão. Quem estaria com ela? Um mudo? Porque só consigo ouvir a sua voz.
Mais algumas coisas arremessadas na parede e um ser que eu conheci a alguns dias saiu do quarto. Com certa pressa. Nem me cumprimentou, nem nada. Apenas me olhou como quem diz " que coisa feia! Ouvindo a conversa dos outros.", mas não me importei. Ela é minha amiga. Eu tenho o "poder" de fazer isso. Não ví ela sair do quarto. Entrei no mesmo e por pouco o vidro de perfume não pegou na minha cabeça.

Ela estava lá, no cantinho do quarto, encolhida com o rosto entre as pernas. Vê-la chorar despertou preocupação em mim. Me aproximei, mas sem falar ou tocar nela. Sei o quanto ela odeia ouvir palavras clichês enquanto chora.
Seu choro foi substituído por longos soluços. E ela me olhou.

—"Dani, o que foi aquilo?" - perguntei preocupada com a mesma.

—" Porquê vocês brigaram? " - perguntei novamente, já que não obtive resposta da primeira vez.

—" A culpa é minha, Iza!" - falou seguido de um suspiro.

—"Sua? O que você fez?"

Fiquei em sua frente, ainda sentada e ela me olhou. Seus olhos continham desespero. Eu não sabia o que estava acontecendo mas sabia que não era coisa boa.

—" Quer mesmo saber?" - levantou indo até a cama e me pediu para seguir ela.

—" Lógico Dani. Você fica estranha por uns dias, para de mater contato comigo, me deixa preocupada e agora eu presencio isso." - soltei sem medir palavras, mesmo que eu não goste de falar assim com as pessoas, a Dani precisava ouvir isso.

Ela me olhou e ví uma lágrima escorrer em seu rosto. Levantou a mão direita e ficou olhando para ela e começou a movimentá-la devagar, até que ela pousou em sua barriga.
Não, não pode ser!

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Beijos da Lêeh

Amizade Virtual !Where stories live. Discover now