Capítulo 7

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A médica não ficou nada desconcertada. – Com certeza. Eu vou lhe passar os resultados, e para quem mostrará é decisão sua. Mas não haverá nada a não ser informações importantes aos exames.

Ela agradeceu sinceramente e saiu da sala.

Bella já ficara com muitos homens e tivera prazer sexual com alguns. Mas não permitia ficar numa posição vulnerável. A verdade era simples: ela era linda. Homens tentavam se insinuar emocional e sexualmente desde que tinha quinze anos. Ela imaginava que poderia haver homens que usassem seu corpo contra ela. Poderiam tentar engravidá-la e usar a criança como pretexto para um casamento. Isso tinha acontecido com uma conhecida sua, uma garota chamada Rose. Depois de Rose engravidar aos dezessete de um mulherengo interesseiro, a mãe de Bella lhe deu uma cartela de anticoncepcional. Foi um dos poucos conselhos de sua mãe que Bella seguiu.

Melhor prevenir do que remediar.

Mas um homem poderia simplesmente usar a intimidade para manipulá-la emocionalmente e ficar na vantagem. Além disso, tinha o exemplo da mãe no quesito sexo. Não um exemplo a ser seguido, mas um a evitar. Qualquer homem bonito, de qualquer idade, estava valendo para Renee , incluindo os namorados da filha. Bella se recusava a dormir com um homem que tinha estado nos lençóis da mãe. E isso parecia eliminar metade dos homens. A mãe tinha tido a cara de pau de dar em cima de Aro, um amigo de Bella, o qual ela tinha arrastado para uma visita a Cannes, implorando a ele que lhe apoiasse em um fim de semana obrigatório entre tubarões.

A mãe não se importou com o fato de Bella ter lhe dito que Aro era gay. Tinha tanta confiança em sua beleza e sedução que se achava capaz de atrair um gay para heterossexualidade. Não tinha funcionado com o marido, mas isso apenas parecia deixá-la ainda mais determinada.

Clássica Renee.

Por inúmeras razões, Bella nunca tinha se sentido segura o suficiente em relações sexuais e românticas. Por isso, sempre ficava no controle. Ficou habilidosa em dar aos homens o que eles queriam, satisfazê-los sexualmente, mas se mantendo a uma distância segura. Não era seu ainda ser virgem, mas não tinha encontrado ninguém que valesse o risco.

Até agora.

Não apenas sentia maior tesão por Edward, mas também gostava dele. Provavelmente gostaria para sempre, e gostava desde aquele verão juntos. Acreditou quando ele disse, no escritório, que também se importava com ela. Algum tipo de elo invisível tinha sido forjado naquele verão, e ela ficou contente em saber que ele também sentia aquela conexão. Ela podia frustá-lo, podia enfurecê-lo, mas ele se preocupava com ela.

Além disso, ele não tinha motivo para estar interessado em seu dinheiro. Ele tinha o dele e era extremamente desinteressado por ganância monetária.

Não era?

Edward não faria nada sórdido em troca de ganhos financeiros. Quantas outras pessoas no mundo abririam mão de uma fortuna imensa à qual tinha dinheiro?

Não, Edward era o escolhido. Ela confiava seu corpo e seu bem estar a ele, apesar de toda sua história maluca de dominador sem contar a sua estranha reação sexual a tudo isso.

Embora tivesse concordado em fazer esse negócio com ele, não queria que ele descobrisse sobre sua vulnerabilidade. Especialmente com essa proposta de acordo sexual tão sofisticada. Primeiro, ele nunca acreditaria, graças a toda a propaganda a esse respeito. Seu desdém seria dolorido. Segundo, a ideia de se entregar por inteiro, com ele conhecendo sua fraqueza, fazia com que se sentisse em carne viva. Exposta demais.

Edward tinha seus próprios segredos. Era justo que ela tivesse os seus.

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SubmissaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz