CAPÍTULO QUATRO
Pois é, papaiSofya Denova.
Medo. Sempre procurei esconder esse tipo de sentimento de todos que me rodeiam.
Nunca desejei que vissem minha bagunça, porque, a verdade é que eu sou uma completa fracassada. Exemplo disto é minha suposta fase de luto que não durou muito tempo. Fingir não me importar foi mais fácil, mas ver que acreditaram na mentira que eu inventei de mim mesma doeu mais do que eu imaginava. Apenas uma pessoa viu a verdade. O que, na época, ninguém sabia é que fiquei de luto por muito mais tempo após todos aqueles acontecimentos, a ficha da morte da minha mãe nunca caiu, e então eu fugi quando não suportei a pressão. Disse a mim mesma que tudo ficaria melhor depois que fosse embora daquela cidade.
Não melhorou. E, no fim, eu me afastei de todos. Naquele tempo era tudo que eu mais queria e eu fui. Posteriormente, descobri quem meu pai é. Não procurá-lo foi outra forma de fugir do medo que sentia, mas o medo nunca me deixou. Ele, na verdade, me acompanhou constantemente, aliado a fé de um dia ter uma nova vida. E eu me obriguei a enterrar todas essas esperanças, protegendo meu coração de uma possível rejeição.
Newton nunca esteve tão certo.
Eu deveria ter pensado direito antes de acessar os dados dele com tanta arrogância, agora eu me encontro em uma encruzilhada. Não, presa. Estar em uma encruzilhada remete a opções e não acredito que eu tenha alguma agora. Estou sem direção. Sem dicas do caminho incerto que está a se seguir.
Tudo isto causado por ele. Sem ao menos estar presente, Anthony Stark consegue desestabilizar toda a minha vida. Como uma pessoa pode me deixar tão incerta sobre meu futuro? O frio no meu estômago é como uma geada paralisante e eu tenho que segurar o ímpeto de jogar tudo em meu estômago para fora.
Eu não sei o que fazer. Como proceder?
Lembrei do que o doutor Harrison me ensinou certa vez.
Ok, primeiro inspira, então expira.
Inspira, expira.
Inspira, expira.
Repito o processo várias e várias vezes em minha mente. Claramente, mascaro meus conflituosos sentimentos, e visto minha famosa cara de paisagem que uso para demonstrar indiferença, internamente, pedindo que tudo dê certo no sentido de não ser presa e cair o fora dali sem precisar esbarrar com ele, porém, meu pai do outro lado do vidro não ajuda muito.
Fury insiste em fazer mais algumas perguntas e eu me limito a ficar em silêncio. Distraída e nervosa demais para lhe dar uma resposta espertinha. No momento, meu silêncio é a melhor arma que tenho e eu a uso sem rancor. Eu sei, isso é uma falta de respeito com os mais velhos e blá blá blá. Em minha defesa: ser interrogada é um saco. E o tédio não está contribuindo em nada, apenas me deixa mais nervosa.
E eu estou sinceramente cansada de todo esse procedimento nada convencional, afinal, se eu sou filha de um cara famoso, porque estava recebendo este tipo de tratamento? A não ser que...
— Se usa este tapa olho pensando que pode intimidar alguém, sinto em lhe informar: não está dando certo — corto o caolho em meio a uma pergunta, não me importando com os bons modos. — Capitão Barbossa consegue meter mais medo, diretor — sorrio com os lábios pressionados, muito irritada com a linha de pensamento anterior que em nada me agradou.
Aparentemente cansado da minha ilustre presença, Nick Fury me lança um olhar irritado, suspirando pesadamente e levantando-se do seu lugar. Aguentou muito, até. Eu consigo ser bem irritante quando eu quero.
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NEW STARK, the avengers
Fanfiction𝐍𝐒 | Todos cometemos alguns erros no decorrer da vida, uns erramos mais que outros. Com Sofya Katherine não foi diferente, infelizmente, algumas de suas ações machucou outras pessoas. A garota se culpava por cada erro, cada decisão mal feita, cad...