06

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O dia se arrasta lentamente, como se quisesse retardar ao máximo meu encontro com Robert. Graças a minha super ansiedade, como apenas um sanduíche com suco de laranja natural no almoço e durmo. Um sono sem pesadelos.

Quando acordo já é quase seis da tarde, e minha mãe já está em casa, desço correndo pra dar um abraço nela, o que eu mais preciso nesse momento é de um abraço dela, da minha mãe.

- Como foi sua noite filho? - ela pergunta depois que eu a solto do abraço demorado.

- Foi ótima mãe. - respondo me lembrando dos lábios dele nos meus, sinto um arrepio reverberar na minha virilha e afasto rapidamente o pensamento da minha mente.

- Que bom então. Ah, quem foi que atendeu o telefone ontem a noite quando te liguei? - ela pergunta num tom de acusação.

- Foi o Rob mãe, o vizinho, irmão do Edu. Ah.. Hoje eu vou sair com ele, daqui a pouco, vou me arrumar mãe, te amo. - dou um beijo nela e subo correndo pro quarto, deixando minha mãe na sala com uma expressão confusa.

Ainda são sete e meia, e eu já estou pronto, vesti uma calça branca e uma camisa preta, e um vans preto azulado.

Fico só esperando ele chegar, na sala mesmo e começo a jogar no celular enquanto não dava oito horas. O interfone toca, olho no relógio, são sete e cinquenta e cinco, abro a porta e perco o fôlego por alguns segundos. Ele está lindo, com uma calça preta justa, e uma blusa branca que molda perfeitamente o peitoral e os bíceps, não consigo evitar morder o lábio.

Meu Deus, o que tá acontecendo comigo?

- Uau. Você está lindo, Christian. - ele fala sorrindo e minhas bochechas esquentam.

- Você também. - falo tímido.

- Então... Vamos? - ele chama super animado, e eu balanço a cabeça afirmativamente.

- Mãe já tô indo, beijo.

- Tá bom.. Eu vou dormir na casa da minha amiga de novo tá Christian, preciso terminar de organizar a papelada dos pacientes. - ela grita lá de dentro, e eu percebo um sorriso sacana brincando nos lábios de Robert, mas ignoro a pontada de excitação que me acerta.

°°°

Quando chegamos ao restaurante Gold Star, um dos restaurantes da família do Rob, um lugar super aconchegante e com ar de excitação, como se a deusa do amor dançasse ali dentro ao som de "Dance Like we're makin' Love da Ciara".

Um rapaz simpático nos leva até nossa mesa e se afasta insistindo que o chamassemos caso precisarmos. A música acaba e "Love me Harder da Ariana com o The Weeknd" preenche o ambiente.

- Amo essa música. - falo empolgado e ele se levanta, dá a volta na mesa para ao meu lado e me estende a mão, demoro apenas meio segundo pra perceber que ele tá me chamando pra dançar.

- Você quer que eu dance com você? - pergunto incrédulo.

- Mas é claro, eu também amo essa música, e quero dançar ela com você, agora. - ele responde como se estivéssemos sozinhos no restaurante.

- Mas aqui? As pessoas vão falar... - tento argumentar mas ele me corta.

- Se você sempre se preocupar com o que as pessoas vão pensar ou falar sobre algo, vai chegar o dia em que você irá perceber que apenas passou pela vida, sem viver os momentos realmente importantes. - ele fala e me dá um sorriso encorajador. Sei que ele está certo, mas o medo de arriscar é quase maior. Quase.

- Você é louco. - coloco minha mão sobre a dele e me levanto.

Ele me guia até a pista de dança, onde já tem um casal dançando. Rob encosta o corpo definido no meu e envolve minha cintura com o braço, seguro a mão dele e abraço o ombro, colocando a mão no pescoço dele. Começamos a nos mover no ritmo da música em silêncio, apenas vivendo o momento. Ele não poderia estar mais correto, a vida é pra ser vivida. E vivida intensamente.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now