❃ 25º Capítulo ❃

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| V A L |

Depois de me despedir da Rosalie e da Cleo, inicio o meu caminho para casa, ainda a tentar descobrir a melhor maneira de falar com o Ethan sobre isto. Oh, quem é que eu estou a enganar? Não há NENHUMA boa maneira de contar isto.

| E T H A N |

Ajeito-me um pouco na cadeira e coloco a mão no rato do computador, voltando a olhar para o seu monitor, concentrando-me outra vez no meu interessante jogo que basicamente consiste em matar pessoas.

Passados cerca de 10 minutos, oiço a porta a bater e automaticamente fecho a tampa do portátil, sabendo que era a Val. Como é que eu sabia? Os meus pais fizeram uma escapadinha romântica, o Grayson saiu há para aí 5 minutos para ir à sua primeira aula de condução e a Cameron obviamente que está na faculdade.

Ultimamente eu e a Val estamos muito distantes e eu queria mesmo saber porquê, ou pelo menos estar um bocado com ela...

Desço as escadas de forma apressada e olho para ela, que ostenta uma expressão preocupada no seu rosto. Abrando nos últimos degraus, dirigindo-me à minha namorada, e quando estou perto, coloco-lhe a mão na cintura.

-Ethan...- Val tenta dizer-me alguma coisa mas eu interrompo-a, unindo os nossos lábios num beijo, que, inicialmente decorria de uma forma lenta mas que progrediu para um beijo, ah... como é que eu posso dizer isto? Meio... selvagem.

Espera aí, como é que nós fomos parar ao sofá? *cara perversa*

-Ethan.- Val arrasta-se de cima do meu corpo e senta-se na outra ponta do sofá, mostrando-me uma cara séria, que me deixou instantaneamente preocupado. Ao vê-la ali, despenteada e com aquele olhar tímido nos olhos, eu percebi que algo se passava.- Eu...

-Val.- Interrompo mais uma vez e ela sussurra «Valerie»- O que quer que seja que se esteja a passar, podes contar-me. Eu amo-te e estou aqui para te ajudar o máximo que puder em tudo o que precisares. Por favor, sê honesta comigo.

| V A L |

E eu não o consegui ser. Vê-lo a expor o seu amor por mim tantas vezes, e sempre de forma tão amorosa aquece-me completamente o coração, que ao mesmo tempo fica apertado por saber que vou ser obrigada a deixá-lo em menos de 4 dias. 4 dias. Ainda parece tudo um pesadelo.

Decidi então esperar por amanhã. Amanhã, vou contar-lhe, por mais doloroso que seja para ambos, e nada me pode (nem vai) impedir.

| L A U R E N |

*dia seguinte*

Acordei de manhã com o sol a espreitar por entre as minhas persianas, batendo-me nos olhos, uma característica do meu quarto da qual tinha particularmente saudades.

Hoje vai ser um grande dia.

Estendo o braço, alcançando o meu telemóvel, que estava cheio de mensagens, algumas dos meus amigos australianos, que diziam ter saudades minhas; mas maior parte dos amigos americanos, que perguntavam como tinha sido a viagem de regresso e que afirmavam ter saudades minhas. Porém, ainda não tinha recebido mensagem da pessoa que eu mais desejava que ma mandasse.

10:58.

Levanto-me, animada, e prossigo para o chuveiro, tomando um banho rápido.

De seguida, escolho a roupa, optando por um crop top justo e uns calções de cintura subida.

Saio do meu quarto e dirijo-me para a cozinha, cumprimentando os meus pais enquanto agarro numa maçã, para comer no caminho.

-Vais já sair, querida?- O meu pai pergunta.

Run Away | e.d #Wattys2016Where stories live. Discover now