Destino Assassino

"Que Deus Lhe Perdoe Garoto"

     "Olá Sarah, porque você não me responde??
       Já faz três dias que vc não dá mais sinal a mim. É por causa de sua mãe?? Se for tente falar com ela, talvez ela entenda se você disser que gosta de mim. Ela não deve ser tão mal assim.
       Enfim garota, preciso falar com você, acho que chegou a hora de você saber tudo sobre mim, sobre meu passado, e talvez assim você me fale do seu também. Não quero esconder nada de você Sarah, pois eu gosto realmente de você "
  
      E Kevin aperta em enviar a mensagem. Pois ele acha que está na hora de se abrir com Sarah, de contar sobre tudo que aconteceu com sua família. Kevin está realmente decidido a fazer isso, ele acha que talvez a garota possa se abrir com ele também após ele contar de seu passado. Ele acha que assim Sarah estará mais segura em falar dos segredos que cercam a família dela.

      Porém, passasse algumas horas e ela continua sem responder a mensagem de Kevin, e sem dar nenhum sinal de vida. Não aparece nem na janela de sua casa, e nem foi mais para a aula ou qualquer outro lugar. Sarah simplesmente não foi mais vista por Kevin, assim como a mãe da garota. E isso faz crescer a vontade de Kevin ir até a casa de Sarah e de chama-la, mesmo que Sarah tenha falado que sua mãe e seu pai jamais entenderiam que ela falasse com ele ou com qualquer outro garoto.
    O que fazer então??

     Kevin não sabe ao certo o que faz. Ele anda de um lado para o outro com o celular na mão, e com sua mensagem ainda sem a resposta da garota. E isso deixa-o cada vez mais impaciente. Até que as três da tarde, seu celular recebe uma mensagem, e rapidamente ele olha, mas percebe que não é de Sarah, que é de Lucas, então Kevin nem ao menos abre a mensagem e deixa o celular em cima de seu sofá e sai pra fora para tomar um ar em frente à casa.

      Algum tempo mais tarde, ele entra novamente em sua casa, e quando vai abrir a geladeira para pegar uma cerveja, ele percebe um vulto passando rápido atrás de si, e então ao olhar para trás, não vê nada de anormal, apenas a sensação de estar sendo observado. Kevin então ignora essa sensação como de costume, e abre a cerveja pra beber sentado no sofá onde está seu celular. Ele então coloca a cerveja em cima da mesa ao lado do sofá e pega o celular pra ver se Sarah respondeu, mas ainda não há sinal da garota. Neste instante, a cerveja que estava em cima da mesa cai ao chão sozinha. Kevin então sabendo que é alguma coisa diz :
  
    "-Ah seu filho da mãe..... Minha cerveja desgraçado"

     E logo vai buscar um pano para secar a cerveja do chão.
     Enquanto ele está secando percebe que o celular recebeu uma nova mensagem, e logo ele pára o que estava fazendo para ver. E novamente não é de Sarah. Desta vez é uma mensagem de um número familiar, é uma mensagem de seu próprio número. Mas como isso é possível??
    Na mensagem estava escrito :
"Se você soubesse o que o padre Julius faz com as crianças pra quem dá aula, você acabaria com ele Kevin"

     Após ler isso Kevin logo se espanta. Ele sabe que é aquele demônio.
     Mas o padre Julius?? Logo o cara que havia dado conselhos a ele para procurar Deus?? Como pode ser??
   
       Enfim. Kevin sabe que até agora todos os nomes que o demônio disse mereciam mesmo morrer. Então porque o padre seria diferente??
     Logo fica se passando em sua cabeça aquele padre com aquelas crianças inocentes. Ele sempre soube que não se deve acreditar em demônios, pois eles confundem a mente das pessoas a seu favor. Mas ele também pensa em tudo, reflete sobre os mals que Jack Willy, Ronald Smiths, Estevan Morgan e Dominik Johnson fizeram. E ele pesquisou tudo sobre eles, pra saber se realmente eles fizeram o que o demônio havia dito, e viu que o demônio não mentiu sobre as maldades deles. Então Kevin sabe que o padre Julius deve ser apenas mais um psicopata como estes que ele matou.

      Após refletir sobre isso, ele se levanta e vai até o banheiro lavar o rosto, e ao secar o rosto com sua toalha em frente ao espelho, Kevin percebe atrás dele aquele demônio o olhando com uma expressão séria, e ao olhar para trás não há nada lá além da parede do banheiro.