Primeira de tantas

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- ta pronta pra sair daqui? – ele perguntou depois que paramos de nos beijar, respirei bem fundo e levantei e me olhei no espelho.

- nossa – disse lavando o rosto – to toda cagada! – ele riu – não concorda!

- mentira Mari, você ta linda! Um belo exemplar de cosplay do laranja mecânica!

- cala a boca! – lavei o rosto e dei graças por ter sabonete liquido no banheiro – to me sentindo ridícula!

- depois a gente fala sobre isso – de repente o tom dele pareceu serio.

- ok – espero sinceramente que ele não esteja dando razão pra ela.

Terminei de me recompor, saímos do banheiro e na nossa mesa só estava o meu celular e o do Júlio, pegamos, ele pagou a conta (de uma coisa que nem comemos) e fomos embora. Assim que começamos a caminhar peguei meu celular e tinha uma mensagem do Kaio.

Kaio <3 : Formiga,

Amei te ver ♫

Pena que ficamos pouco tempo juntos...

Não esquece o que eu te disse no carro! Bjão.

Sorri com a mensagem e percebi que o Júlio a lia disfarçadamente ao meu lado, depois de alguns minutos de silencio ele começou falar.

- Mari, você precisa se controlar mais – eu o olhei, só pra ter certeza que era serio o que ele dizia, ele desviou o olhar e continuou falando – nós somos figuras publicas, quer você goste ou não. Quando você bateu na Rebeca deu um trabalhão pra convencer ela a não te expor. E agora você voa na Maju Trindade? Assim fica complicado.

Respirei bem fundo, engoli as lagrimas que queriam sair. A esse ponto já estávamos na porta da casa (lembra que falei que era perto?)

- Não me lembro de ter te pedido nada, mas captei a mensagem! – disse sem olhar pra ele

O deixei pra traz, passei a passos apressados pela sala, eu estava tão brava que não queria falar com ninguém pra não correr o risco de descontar na pessoa errada. Quando estava no pé da escada encontrei a Bia.

- Mari, que cara é essa? Aconteceu algo? – olhei pra ela e forcei um sorriso

- Bia, depois eu juro que explico, Mas agora não dá! – continuei indo em direção ao quarto.

Entrei e comecei a mexer na minha mala pra tentar me acalmar. Eu bati na Rebeca? Pelo que me lembro, ela que pulou em mim. Eu sei que sou esquentada e que perco a cabeça às vezes, mas ele esperava o que? Que eu me escondesse atrás dele pedindo socorro? E com a Maju a parada foi pessoal, ela me ofendeu, eu precisava bater nela? Não. Mas eu quis, alguém precisava botar ela no lugar dela.

Estava tão perdida nos meus pensamentos que me assustei de leve quando me virei e o vi sentado na cama, voltei a mexer na mala no mais absoluto silencio, separei a roupa que eu ia vestir mais tarde e podia sentir o olhar dele em mim. Depois de sei lá quanto tempo ele falou.

- você não vai falar comigo? – respirei fundo pra controlar o tom da minha possível resposta e olhei pra ele.

- o que tu quer que eu diga? – cruzei os braços e ficamos nos encarando – mas seja bastante especifico, por que eu não sei bem se as coisas que estão passando pela minha cabeça nesse momento são apropriadas.

- Mari, olha - ele olhou pros lados e foi fechar a porta do quarto – eu acho que você não entendeu o que eu quis dizer.

-claro que eu entendi Júlio, a sua ex é maluca e pra não ficar feio pra ti eu deveria ter apanhado dela, a outra guria abre aquela boca dela pra falar de mim e da minha família e eu tenho que ouvir e sorrir! – sentei na cama – olha, eu não sou esse tipo de menina! Desculpa se te fiz achar que eu era um anjo de candura, mas se mexer comigo eu viro o satanás.

- porra Mariana – ele disse rindo e eu não entendi onde estava a piada, isso só fez aumentar minha irritação – não foi isso que eu quis dizer, sua cara de calma nunca me enganou, eu só quis dizer que você precisa respirar fundo as vezes, tem treta que não vale nem o esforço de começar – ele veio e sentou do meu lado - desculpa se pareceu que eu queria que você fosse uma coitadinha, eu sei que você não é e nem nunca via ser assim, e graças a Deus por isso.

- Tá bom Júlio, eu entendi, obrigada pelo toque! – falei pra encerrar o assunto, não queria mais falar sobre isso. Joguei-me pra traz e ele continuou sentado lá com uma cara engraçada, e de repente levantei de novo, eu precisava perguntar se não ia ficar com essa pulga me mordendo o dia todo, depois de tudo que ela falou eu precisava ouvir dele – o que aconteceu no carnaval? Me conta tudo, por que se eu souber das coisas por outras pessoas eu vou virar o capeta aqui Cocielo – ele riu, acho que por que eu falei muito rápido.

- eu fui pra salvador, com ela, o Lucas e o Muca – ele coçou a nuca, vinha bicho feio por ai – eu e a Rebeca tínhamos dado um tempo, ai no meio das bebedeiras nós ficamos, mas foi só uma noite.

- você comeu a Maju Trindade Júlio? - ele estava vermelho mas riu com a minha entonação, isso já respondeu minha pergunta - tanta mulher na Bahia e você tinha que ficar com ela?

- ah Mari, se eu soubesse que seis meses depois eu ia conhecer você eu não teria ficado com ela – nos rimos – mas e você e o Kaio? Acho que agora é sua vez de falar, por que pra mim vocês pareceram bem íntimos!

- vish Júlio, isso é coisa tão antiga – respirei fundo e contei pra ele – eu conheci ele quase 3 anos atrás, nós ficamos no verão e só. Viramos amigos desde então.

- eu devo fazer a pergunta? – sinto que vou me arrepender, mas como ele foi sincero comigo o mínimo que eu posso fazer é retribuir, então assenti – vocês... você sabe... vocês?...

- você quer saber se nós transamos? – ele me encarou meio assustado, nós nunca tínhamos nem nos aproximado desse assunto, então acho que ele se espantou com o fato de eu falar assim abertamente – sim, uma vez. Perdi minha virgindade com ele.

- e você fala assim na lata? – dei uma risada irônica

- achei que o inferno congelaria antes do Júlio Cocielo ser pudico sobre algo – sorri pra ele

- não é ser pudico, é só que não imaginei que você fosse tão aberta com esses assuntos – ficamos os dois sem graça – pra mim ele não parecia querer só a sua amizade, formiga! – meu termômetro da ironia quase explodiu agora

- Tu tá com ciúme Júlio Cocielo? – ri alto - tua amiguinha tava quase fazendo pole dance na sua cara e eu não tô falando nada, o que importa é o modo que eu me comporto – ele abaixou a cabeça sabendo que pisou na bola – Júlio, olha se em algum momento você quiser ficar com outra pessoa só me avisa primeiro, já passei os diabos por sua causa e não quero passar por isso de novo.

- ei, calma – ele me deu um selinho – não quero outra pessoa, já te disse isso...

- vamos só viver o agora? Quando o depois chegar a gente vê o que faz! – tentei levantar, mas ele se debruçou sobre mim e eu sorri.

- ta tudo bem entre a gente então? – como resistir a ele? To muito na merda. Sorri em resposta – um dia que a gente ta junto e já brigamos.

- cala a boca me beija Júlio!

Meu Canalha Favorito.Where stories live. Discover now