- Tenth

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Naquela tarde, EunWoo e Nami terminaram o lanche em silêncio. A mais velha ofereceu uma carona para o garoto até em casa, mas ele recusou, dizendo que tinha vindo de bicicleta.

No momento em que eles se despediram, Nami fechou os olhos e abraçou o menino com força, tá,vez tentando se desculpar em silêncio. Tentando fazê-lo entender que aquilo era pelo bem dos dois.

O coração de Nami estava uma bagunça naquele momento e ver ao pequeno EunWoo, caminhando pelo corredor de cabeça baixa até o elevador, partiu seu coração em dois. Mas é melhor assim, ela pensou ao fechar a porta.

Ela encostou na superfície da porta e fechou os olhos. EunWoo encostou no espelho do elevador e fechou os olhos. Merda, por que eu sou assim? Ambos pensaram em uníssono.

• • •

Na semana seguinte, EunWoo estava em casa e não iria para aula. Havia acordado indisposto em plena quarta feira, talvez fosse seu coração que havia adoecido seu corpo. Talvez a paixão seja uma doença psicossomática. Existe uma tese sobre isso em algum canto de seu quarto.

— Você vai ficar bem filho? - A preocupada Sra. Cha perguntou enquanto via o filho enrolado nos cobertores deitado na cama.

— Mãe! Isso é drama, ele não está doente coisa nenhuma, só não quer ir pra aula! - EunHa gritou da sala para que a mãe e o irmão ouvissem.

— Estou bem, pode ir, eu sei me cuidar sozinho.

EunWoo assegurou e a mãe deixou um selar em sua testa antes de prescrever tudo o que ele devia fazer caso estivesse com fome, frio ou sede, localizou os medicamentos que ele deveria tomar contra dores musculares e cabeça. Depois do longo discurso, deixou o garoto em casa, levando sua irmã para o colégio e depois partindo para o trabalho.

A cabeça e alguns músculos de EunWoo doíam, ele não sabia exatamente o porquê e estava considerando fazer encontrar sua tese sobre como a paixão pode adoecer as pessoas. Assim ele pensava.

Os minutos passavam devagar e a manhã de EunWoo foi preenchida com algumas músicas de sua playlist favorita para dias chuvosos. Para o almoço, o garoto esquentou uma sopa preparada pela mãe e se sentou no sofá da sala com um cobertor pendurado em suas costas para comê-la.

As gotas de água batiam forte contra o vidro de sua janela e o dia estava cinzento por culpa das carregadas nuvens de chuva. EunWoo havia terminado o banho e não se dera o trabalho de secar os cabelos, vestiu uma calça de moletom e uma blusa, e voltou para o sofá.

O filme francês que via dava-lhe sono, ele mal podia esperar a mãe chegar, para que lhe fizesse uma palha italiana. A sobremesa que ela havia prometido fazer naquele dia.

Eram por volta das cinco da tarde quando ouviu a campainha da porta da frente soar e acordar-lhe da soneca que estava a tirar no sofá. Bocejou e espreguiçou-se tirando os óculos de grau que utilizava para ver televisão e ler, e deixando-os na mesinha de centro, percebeu que os cabelos ainda estava um pouco úmidos e bagunçou os afim de fazê-los secos mais rápido.

Andou até a porta ainda um pouco lento e um pouco sonolento pela dormida. Abriu a porta e, naquele momento, seus olhos se arregalaram ao ver uma Nami parcialmente molhada pela chuva, ela sorriu fechado para ele enquanto segurava um pote com um pouco de sopa de legumes.

EunWoo não tinha nenhuma reação e apenas conseguiu perguntar:

— Por que está aqui?

— Sua irmã me disse que você estava doente, eu vim te trazer isso e fazer-lhe um pouco de companhia, se me permitir.

Um trovão ecoou pelas nuvens fazendo Nami se assustar e dar um passo para trás, EunWoo pegou a mão livre dela e a puxou para dentro de casa. Fechou a porta e disse:

— Obrigada por vir.

Mesmo com o coração ainda rachado, ele a recebeu. EunWoo sabia não era forte o suficiente para bancar o durão na frente de Nami, mesmo se estivesse chateado por ela ter dito que disse para ele, não demonstraria.

Nami pôs o pote sobre a mesa da sala e tirou o suéter azul marinho molhado pela chuva, ficando apenas com a calça de denim e a blusinha de alças que vestia por baixo da lã azul.

EunWoo pigarreou desviando o olhar dela e se sentou no sofá-cama novamente, que àquele ponto parecia mais uma cama do que um sofá, haviam travesseiros e cobertores espalhados para todos os lados.

— Ficou assim o dia inteiro?

EunWoo assentiu relaxando seu corpo sobre o sofá e fechando os olhos, alguns segundos depois ele sentiu um peso sobre a superfície aveludada do sofá e abriu os olhos, virou o rosto para o lado e viu Nami deitada ao seu lado.

Ela tinha os olhos fechados e a respiração calma, EunWoo começou a traçar um caminho de descida com o olhar pelo corpo dela, passou o pescoço da garota, envolto por um delicado colar com um pingente triangular, chegou aos seios cobertos pela blusa dela.

Ele engoliu seco, ela não estava olhando, e ele se convencia de que olhar não arrancaria pedaço algum. Os seios dela eram sob medida, nem tão grandes, nem tão pequenos, do tamanho certo para caber nas mãos de EunWoo.

O garoto afastou aqueles pensamentos e desceu mais passando por seu abdômen, depois barriga, coxas, canelas até chegar aos pés descalços da menina que brincavam com o lençol branco que cobria o sofá.

— Me desculpe por não ter falado contigo essa semana, fiquei muito ocupada com assuntos na faculdade.

Ela disse repentinamente chamando a atenção de EunWoo para seus rosto, cujos olhos ainda se mantinha fechados.

— Entendo, não se preocupe.

Então ela abriu os olhos e fitou os de EunWoo por um momento. As bochechas e a ponta do nariz rosados davam um toque doce a aparecia do garoto. Era estranho o fato dos olhos dele serem tão escuros a ponto dela não conseguir identificar onde começa e termina a íris dele. Mas todo brilho refletia ali, e isso era bonito.

— Então, - Ela desviou o olhar para o sofá momentaneamente antes de voltá-lo par aos olhos de Eunwoo. — eu vim aproveitar um pouquinho do meu tempo livre vendo você perder pra mim no Mario Kart.

EunWoo não quis, mas soltou uma risada ao ver a expressão engraçada Nami fizeram-no dizer aquela frase.

— Você rouba! É claro que sempre ganha.

Ele se defendeu se levantando do sofá e indo em direção ao seu PS4 e pegando o controle da televisão.

— Diz isso porque não quer aceitar que perdeu todas as vezes para a minha Peach!

Ela ameaçou ficando de joelhos no sofá e batendo no peito com o punho em sinal de orgulho e vitória. EunWoo riu da cena e revirou os olhos inserindo o CD do jogo no aparelho.

Pegou os dois controles na gaveta perto da televisão e jogou um para Nami que o pegou no ar enquanto EunWoo se sentava ao lado dela no sofá.

— Se você ganhar eu faço seus deveres de casa por uma semana.

Nami apostou estendendo a mão direita e olhando para EunWoo que riu e aceitou a aposta balançando a mão dela.

— E se você ganhar... eu faço o que você quiser!

Nami riu irônica. Com certeza colocaria-o para massagear suas costas, as lições da faculdade tinham acabado com sua postura há um bom tempo.

— Fechado!

NAMI 》 Cha EunWooWhere stories live. Discover now