Dizem que, os amores verdadeiros, vêm em nossa pior fase.

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O CAPÍTULO FOI APAGADO, POR MOTIVOS FELIZES DE "DEVANEIOS ENTRE LINHAS" SERÁ PUBLICADO EM FORMATO FÍSICO! Continue com o livro em sua biblioteca para mais informações sobre o lançamento!

- Filho, tem que ir buscar os livros hoje. - Acordei com minha mãe já mandando em mim. Antes de poder dar mais um bocejo, ela completou: - É melhor ir rápido. - Abriu escancaradamente minha cortina, deixando a claridade invadir completamente meu quarto. Escutei uma porta fechar em seguida. Eu até poderia me virar para o lado e continuar a dormir tipo para sempre, mas a luz me impedia de sequer fechar os olhos. Levantei-me, e tomei um banho rápido. Peguei meu celular que já tinha uma mensagem do meu amigo:

- E aí, mano, tá de boa hoje?

- Nada de boa. - Respondi em voz alta, enquanto descia às escadas. Odiava aquela casa. A estrutura dela me dava nos nervos, o teto era tão escuro, as paredes tinham cores mórbidas. Sempre que eu tinha que passar pelo corredor extenso que dava da sala para a cozinha, eu me perguntava o porquê o antigo dono havia feito um corredor tão grande. Mas, talvez eu não odiava tudo aquilo, talvez só estava me odiando. - Mãe, estou indo! - Exclamei, colocando apenas meu pescoço na porta da cozinha, ia me retirar, quando ela disse:

- Eu te amo, Louis.

Correspondi dizendo que também a amava e posteriormente me dirigi à porta e saí. Odiava aquela cidade. Era tudo cinza, tudo sem cor. Nada me fazia feliz... nem mesmo um cachorrinho pulando saltitante em busca de um mosquito (Tá, isso me animou, um pouco.), mas mesmo assim queria chutar o balde da vida e desistir de tudo. Estava assim há semanas, dormindo, comendo e lendo algum livro que horas depois me desinteressava, torcendo para alguma coisa me tirar desse desânimo todo. Dias atrás, minha mãe parou para ter uma conversa comigo, queria que eu me abrisse com ela (mania de psicólogo, né? Pois é, ter uma mãe psicóloga as vezes ajuda), queria que eu dissesse como eu me sentia, o que eu queria fazer agora, coisas que... sinceramente? Eu nem sei. Não sei dizer ao certo como me sinto. Só me olho no espelho e vejo um grande amontoado de mágoa em forma de pessoa. Quando comecei a me abrir, mostrando esses pensamentos, ela conseguiu desenrolar a conversa e chegou em uma conclusão - Sair. Você precisa sair. Ver gente. Ver pessoas! Filho, desde que aconteceu, você não sai do seu quarto, e eu sei que o trauma é terrível, mas você precisa se reerguer. Vamos fazer um combinado? Na segunda você vai à livraria no meu lugar, pegar meus livros que encomendei. Não há lugar mais incrível para se distrair.

E aqui estou eu! Tentando dar um de pessoa-que-está-tentando-se-distrair. Peguei o ônibus. Quis desistir de ir só ao entrar e ver pessoas rindo e conversando, isso de alguma forma me irritava, "meu Deus, o que houve comigo? Eu era tão feliz..." pensei, enquanto me sentava. Olhei para a janela, e ficava me perguntando como eu ia conseguir me reerguer, minha mãe dizendo parecia tão simples! Mas, na prática é tão difícil... por que eu iria ser capaz de me distrair? Será que eu realmente iria alcançar essa dádiva de esquecer o grande problema e puf... ser feliz?

Olhei para o lado para tentar sair de minhas epifanias e... vi algo absurdamente incrível. Bem, descrevê-la como algo é um erro. Ela era... alguém... que mais parecia ser uma fantasia minha. Sentada delicadamente em um acento qualquer, com um livro na mão e um fone de ouvido, ela passava uma segurança e uma energia espetacular. Um homem estava sentado ao seu lado, e embora ela estivesse de roupas comportadas (o que não justifica), ele não parava de encostar em sua perna. Uma. Duas. Três. Quatro vezes. Contei na verdade mais de dez vezes que ele fingia se espreguiçar para tentar aproximar-se dela. Estava tão fascinado por essa beldade, que consegui perceber claramente o que estava havendo ali. Cada vez mais prestava atenção, a princípio ela parecia não captar aquele assédio oculto. Até que, eu dei uma olhada para o lado oposto e quando voltei a olhar para ela, o pânico tomara conta de seu lindo rosto, estava com o livro fechado e sem fones, até que ela olhou para mim (e que olhar, meu Deus), não era bem um olhar seduzente, era um olhar de pavor mesmo, mas mesmo assim eu me apaixonei. Eu a encarei, e ela começou a mexer os lábios que eu entendi perfeitamente como um "socorro". Aquilo me desesperou, eu me levantei e agi impulsivamente. A primeira coisa que me veio à cabeça foi:


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Devaneios entre linhas (PRÉVIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora