Um abismo pt. 1...

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Eu não acredito que aquela naja já começou a fazer a cabeça dele. Bem, eu acho que já tenho uma ideia do que ela disse para ele.

  - Tudo bem. Mas o que exatamente você quer conversar sobre isso?

  - Porque houve um desentendimento entre vocês?

  - Se eu lhe falar, você não vai acreditar em mim. E sim nela, já que são tão amigos.

  - Eu quero ter a opinião dos dois lados.

  - Para quê? Sei que você vai ficar ficar de todo jeito do lado dela, e não vai acreditar em uma só palavra que eu disser.

  - Ei Ana, acho melhor você me falar, para eu não formular uma opinião contrária do que está havendo.

  - Aé? Bem, já que insiste tanto! Ela veio me peitar, especular e humilhar sobre o que está acontecendo entre nós, como se fosse da conta dela. Porém, como prezo muito meu emprego, não lhe respondi como queria. Porém sei dos meus direitos, e ficar de cabeça baixa como um cachorrinho não entra nessa questão, então lhe respondi como merecia, mas não me rebaixei como ela.

  - Não consigo acreditar que a Elena tenha feito isso. Não é do feitio dela se rebaixar ao ponto de humilhar alguém.

  - Não foi isso que me pareceu.

A fúria toma conta de mim, e a única coisa que não queria era continuar aquela conversa.

Saio dali a passadas largas. Não queria mais ouvir nenhuma palavra em relação aquela mulher. Afinal, acho que ele é como todos os outros idiotas e capachos.

Sinto algo agarrar meu braço, com um pouco de excesso de força, olho para trás e é Christian. Olho em seus olhos:

  - Solte-me, agora.

Ele aperta com um pouco mais de força.

  - Grey.

Ele me solta, e eu saio dali o mais depressa possível. Chego até a calçada, meus olhos ardem, e quase não vem ar aos meus pulmões. Avisto um táxi, e aceno.

Já no banco de trás, pego meu iPhone para ver q horas são. O motorista me pergunta aonde quero ir, a única coisa que consigo responder antes de me afundar no banco é:

  - Para casa.

                   

                             ********

Ele para em frente à um restaurante modesto.

- Bem, eu sei que aqui não é a sua casa, mas acho que pode ser acolhedora ao ponto de lhe acalmar. E também a comida daqui é caseira, minha irmã é que faz, não que eu esteja sendo puxa saco, mas a comida dela é maravilhosa. Poderia me acompanhar?

  - Desculpe, acho que já o incômodei demais.

  - Imagina, não está incomodando, meu dia até que estava um pouco chato e monótono.

  - Como o sr. se chama?

  - Me chame de você. Sou Jefferson Thompson. Mas pode me chamar de Jheff. - Ele estende a mão para mim.  - E a Srta., como se chama?

- Anastácia Steele. Mas pode me chamar de Ana.

- Então Ana, vamos entrar?

- Claro.

Francamente, ele fala mais que uma maritaca, mas acho q era isso que eu precisava, alguém para conversar sobre um assunto que não esteja voltado para Elena, ou meu passado.

Um Motivo Para Recomeçar...Where stories live. Discover now