Cap.52 - Sufocante (Parte II)

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E Matheo sempre com o filme queimado, mesmo quando não tem culpa de nada... Será que ele conseguiu se safar dessa vez?! ;-)

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Laila estava ansiosa pela resposta do pai sobre a participação no Retiro, mas ele não tocou no assunto durante a refeição noturna.

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Quinta-feira, durante almoço, novamente, outro momento de angústia enquanto esperava pelo aval do pai. E mais uma vez, nada de Fernan se manifestar.

Achou melhor procurá-lo na Sala de Despachos, logo após a refeição. Seria uma ótima oportunidade para conversarem a sós, sem a interferência da mãe, caso precisasse argumentar a seu favor.

Chegando, mal pisou no recinto e já deu de cara com aquele ser ultrajante, em suas intermináveis reuniões com o pai. Pensou em retroceder, mas decidiu ir em frente. Não havia como adiar aquela conversa...

— Pai, posso falar alguns minutos...?

— Claro, meu tesouro.

— É sobre o Retiro... Queria saber se o senhor já tem uma resposta...? As inscrições termin....

— Filha minha... — o Rei a interrompe. — Eu não posso permitir que vá a esse evento.

— Mas, pai...!

— Você precisa entender que sua segurança é prioridade para mim.

— Mas eu... Eu não creio que...

— Entenda, filha...

— Não faz sentido, pai. Se houvesse risco, é certo que o teriam cancelado.

— Matheo... Explique a ela, por favor... O que se passa de verdade. — e lá estavam as palavras mágicas da discórdia e do caos.

Ele definitivamente não queria ser envolvido naquela discussão, mas já que foi pego desprevenido...

— Alteza... É certo que a maior parte das pessoas não sabe o que ocorre, de fato, durante uma invasão. Tampouco de suas consequências. A informação, infelizmente, não chega a todos como deveria.

Laila o triturava com os olhos e fazia questão que percebesse. É certo que com ele seria muito mais difícil que com a mãe...

Matheo foi firme, mas ficou demasiadamente incomodado com o silêncio dela.

— Com licença...! — sem que eles esperassem, de repente, ela dá as costas e deixa a sala pisando fundo.

— Eu te disse, Matheo... — Fernan comentou.

— Majestade, vou tentar falar com ela. Com licença. — e pulou da cadeira, antes mesmo do Rei dizer qualquer coisa mais.

— Alteza?

— Não fale comigo! A culpa é sua! — Laila, já no corredor, parou de caminhar, mas não olhou para trás. Estava chorando.

Não queria dar esse gosto a ele...

— Alteza, a senhorita precisa entender as razões...

— Eu não quero saber!

— Na verdade, sua Alteza já conhece os motivos pelos quais não deve ir. — e Matheo já deixava escapar a pouca paciência que lhe restava, diante daquele ato infantil.

— Eu odeio você! — e retomou a caminhada.

— Eu... já não posso dizer o mesmo. — e ria para si mesmo.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Where stories live. Discover now