Jacob Harper tem muitas incertezas, mas de uma coisa ele está convicto: seu trabalho é a coisa mais importante em sua vida. Não se pode esperar outro pensamento de alguém que está satisfazendo o último pedido do pai. E amor é uma palavra que não exi...
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- Jacob! - exclamou Alice. - Você dormiu com uma residente?! - deu um tapa no meu ombro. - O quê? - olhei para a minha colega de quarto, incrédulo - Não! - exclamei rapidamente. - Então por que ela está suspirando por você lá em baixo? - disse um pouco mais calma. - Eu não sei. - falei sem nem me interessar pela residente "apaixonada".
Andávamos lado a lado em direção ao elevador.
- Você tem que parar com isso. - ela disse após entrarmos no elevador. - Com o que? - disse confuso.
Ela abriu a boca, prestes a dizer algo muito importante, à julgar pela sua expressão, mas os toques desesperados de nossos celulares a impediu. Agradeci mentalmente por isso e peguei o celular.
Quase engasguei ao ler a mensagem.
- Um shopping explodiu? - Ataque terrorista? - Vamos saber.
As portas automáticas se abriram e nós saímos quase que imediatamente. Todos já pareciam saber do acidente, causando um tumulto descontrolado. Enfermeiras e residentes corriam de um lado para o outro, sem saber onde ajudar.
Corri em direção às escadas, para ir até a emergência. Porém, parei quando escutei uma voz conhecida chamar meu nome.
- Harper! - Dr. Belacqua exclamou, vindo em minha direção. - Indo para a emergência? - Isso mesmo. - Preciso que fique no departamento, e a propósito, se lembra da convenção não é?
Estreitei os olhos, tentando ignorar o fato de ele estar querendo ter uma conversa tranquila no meio de todo o caos que estava o hospital naquele momento.
- Claro. - dissimulei meu desagrado. - Agora com esse acidente, preciso que tome conta dos meus pacientes. - Quem vai atender na emergência? - disse, tentando não deixar aparente minha irritação. - Eu e o Omar damos conta disso. - piscou um olho e passou por mim completamente satisfeito. - Claro, chefe. - falei desdenhoso, mas sabia que ele não podia mais me ouvir.
Bufei e voltei a caminhar até o elevador.
Até no sempre calmo departamento oftalmológico, as coisas estavam agidatas.
- Dr. Harper! - uma enfermeira chamou. - Sim? - disse em um tom cansado e pastoso. - O Dr. Belacqua pediu que desmarcasse as cirurgias da oftalmologia. Precisam do maior número de salas vagas.
Balancei a cabeça para frente, concordando.
- Que ótimo. - murmurei ironicamente para mim mesmo.
Caminhava pelo andar, indo até o quadro de cirurgias para alterá-lo, praguejando baixinho, mas algo chamou minha atenção no quarto de número 38. A paciente apertava repetidas vezes o botão para chamar uma enfermeira.
A enfermeira que acabara de falar comigo, correu até a porta. Estava prestes abri-lá quando eu estendi a mão.
- Precisam mais de você na emergência, deixe que eu faço isso.