Hoseok é um gatinho carente que gosta de cafuné

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Taehyung estava nervoso, irritado, frustrado e puto da vida por estar segurando a mão de Hoseok desde que sairam do carro, até mesmo quando entraram no elevador Hoseok não o soltou, como um gatinho necessitado de carinho ele apertou sua mão se achegou, encostando o rosto em seu braço.

Ele estava irritado por Hoseok saber que aquilo despertaria sentimentos que queria reprimir e que o próprio exigiu que ele esquecesse, estava nervoso porque não conseguia disfarçar o desconforto sentimental e suas mãos suavam vergonhosamente; estava frustrado por não conseguir diminuir nem um pouquinho seus sentimentos pelo ruivo e puto por estar complicando tanta coisa que se resolveria num estalar de dedos.

Mas ele estava magoado a muito tempo, estava triste por passar tanto tempo sendo rejeitado, e ainda mais triste pelo fato de que Hoseok queria todo seu amor mas não pretendia retribuir nenhum pouquinho. Era um fato que Hoseok ainda se achava hétero e não tinha intenção de ficar com o mesmo.

E por isso se fazia de difícil, porque não queria ser usado, não queria amar sozinho, mimar um cara que se negava a abrir o coração para si. Por mais que suas atitudes magoasse muito Jung.

Estava muito aliviado quando entrou no quarto e pode deixar no chão a mala que carregava, assim como pode soltar finalmente aquela mão que o apertava.

“Seu quarto é maior do que eu pensava” Hoseok murmurou, olhando em volta, ele permaneceu em silêncio.

Caminhou até a cama e por lá se jogou com os braços abertos, respirando profundamente, fixando os olhos no teto. Estava muito fodido.

“Você prometeu que sorriria pra mim, Taehyung” Jung se sentou ao seu lado, e cutucou com a ponta dos dedos sua barriga. “Você não pretende passar esse tempo sendo otário né?”

“Se o jungkook tivesse aqui ele não acharia anormal eu estar agindo assim”

“Poxa, Tae… De novo com isso?”

“Olha Hoseok” Suspirou alto, fazendo uma longa pausa entre uma palavra e outra. “Eu não vou mimar você, mas eu vou ser legal. Eu não vou te abraçar o tempo todo, mas eu vou manter uma distância considerável, eu não vou ficar te elogiando a cada cinco minutos mas eu vou falar com você normalmente, eu não vou ficar fazendo carinho no teu cabelo, mas eu vou tocar em você quando necessário, eu não vou te deixar sentar no meu colo, mas eu vou sentar perto de você, eu não…”

“Okay, eu já entendi” O interrompeu. Aquelas eram coisas que Hoseok estava tão acostumado a fazer com Taehyung que não sabia como a amizade deles seria dali pra frente. Se sentia tão triste e arrependido por ter dito que Taehyung devia seguir em frente, mesmo sabendo que seria egoísmo.

Mas Hoseok era egoísta de natureza e queria Taehyung como antes, queria ele sendo amável e dizendo o quanto ele era bonito, queria seus carinhos, queria o seu amor. Porque Hoseok não sabia (ou fingia não saber) que toda sua necessidade daquilo era muito mais do que apenas falta do modo como eram amigos antes.

Como um gatinho ele engatinhou na estreita cama, e sem que Taehyung pudesse prever jogou a perna direita sobre seu quadril e deitou-se com o rosto contra seu peito, o abraçando de lado.

“Eu tô com sono, Taetae. Vamos dormir um pouquinho antes que nos chamem pra jantar”

O loiro não conseguiu se mover, talvez nem mesmo soubesse como respiraria depois dali, sua garganta parecia se fechar e engoliu o nó que ali se fez. Aquilo estava o machucando tanto, Hoseok sabia exatamente o que estava fazendo e como fazer com que ele voltasse a ser um bobo apaixonado que está sempre ao seu dispor.

Ficou ainda mais nervoso quando o ruivo ergueu a cabeça e passeou o nariz fininho e milimetricamente modelado por sua mandíbula, propositalmente com uma respiração pesada que o fazia fechar os olhos para não toma-lo num beijo afoito e sedento.

“Qual é tua Hoseok?” Depois de alguns segundos torturantes ele conseguiu sussurrar sem gaguejar. Hoseok riu baixinho, se sentindo satisfeito por conseguir algum sinal (porque inocentemente ele não sabia que o primeiro sinal poderia ocorrer entre as pernas do Kim). A destra pequena e de dedos esguios e fininhos alcançou o queixo de Taehyung, e então ele segurou levemente, dando um beijinho bem demorado em sua bochecha.

“Não seja malvado e tire tantas coisas de mim. Eu gostava tanto quando me fazia carinho, poxa vida, vou perder até o cafuné?” Falava baixinho, sussurrando, a boca pequena tão perto que resvalava na pele quente do loiro, e no final de sua fala deixou outro beijo, ainda mais demorado.

Taehyung não disse nada, continuou calado e quieto. Não sabia o que fazer, sua única vontade era de beijar aquela maldita boca que o instigava sem notar (ou notando) que o fazia.

“Ei, me faz um cafuné, eu gostava de dormir com seu cafuné” Hoseok estava quase ronronando, tão carente e manhoso, descia a ponta do nariz bonito até o pescoço de Taehyung, e beijou uma parte daquele corpo esguio que nunca havia beijado antes, enquanto se embriagava com seu novo perfume tão bom.

Estava tão carente que sequer pensava em defender sua heterossexualidade. Apenas queria as mãos de Taehyung sobre si.

Depois era só arrumar uma desculpa para suas ações impensadas, não é?

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Notas: comentem viu? não se esqueçam de dizer oq acharam, to sendo mó 10/10 com as att rapidinha então n saiam sem comentar

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