Capítulo 15

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Cecília ajoelhou e a segurou em seus braços e esperou ela teria que acordar e explicar porque a chamou de mãe, acariciou seu rosto com ternura suas mãos já calejadas de tanto trabalhar e se esconder. Fugir essa era a palavra certa.

- Se pudesse ver minha filha mais uma vez certamente seria como você, linda e cheia de vida mesmo com esses olhinhos triste!

***

Luna começou a acordar e abriu os olhos assustada sentando na cama, estava em uma casa, ou melhor, dizendo um barraco mais era bem arrumadinho, tocou a testa sentindo-se zonza. Cecília apareceu e sorriu ao vê-la acordada, se aproximou e entregou o copo com água a ela.

- Espero que não fique brava, eu pedi que um amigo meu te trouxesse aqui pra dentro, o sol esta forte acho que isso que te fez desmaiar.

Luna a olhava, seria um sonho ou realidade? Sua mãe viva e ali em sua frente como o mundo é louco e imprevisível.

- Eu quero que venha comigo! - Não foi um pedido e sim uma constatação que ela iria sim com ela.

- Eu não vou a lugar algum com você mocinha! - Se levantou e Luna se levantou atrás dela e a pegou pela mão.

- Entende que a sua historia é a minha? - Estava gelada com aquela constatação.

- Você esta confundindo as coisas, Luna... Eu não sou sua mãe!

- É... É sim! - Procurou algo que pudesse provar. - Sempre que eu tinha medo nas noites de chuva a senhora dormia comigo e me contava a mesma historia da...

- Da menina advogada. - Completou a frase e Luna tremeu sentindo as pernas falharem novamente e antes que pudesse cair ali abraçou forte Cecília e ela retribuiu com o amor absoluto.

- Mãe, sabe o quanto procurei pela senhora? - Afastou e tocou o rosto dela. - Por onde andou todo esses anos?

- Fugindo! Ele queria me matar sempre que me encontrava e eu sempre conseguia fugir ate que cheguei aqui e tive paz.

- Quem é ele mamãe?

- Eu não sei, eu nunca o vi antes. Pelo menos acho que não! Tenho muitas memórias confusas.

- Vamos comigo? Ninguém vai te fazer mal mamãe, eu prometo, te levo a bons médicos e a senhora volta a se lembrar de tudo e saberemos quem estava querendo fazer mal a você e o prendemos, eu sou a menina advogada. - Sorriu com lagrimas nos olhos, Cecília acariciou o rosto de Luna e chorou seria mesmo a sua pequenina.

- Minha pequena Luna, já uma mulher feita e tão linda! Sempre que pegava uma revista velha e tinha você eu guardava e ainda guardo, mas eu nunca pensei...

Luna a abraçou forte em lagrimas e nada mais precisava ser dito, só precisava ser sentido, o amor e a saudade de anos ser preenchida. Luna tentou, tentou e tentou mais ela não quis ir junto a ela pra casa, mas prometeu não fugir e Luna foi pra casa precisava resolver alguns problemas e ligou para Augusto ir a sua casa que ela já estava chegando e era urgente.

Entrou em casa correndo subindo as escadas e não deu atenção ao chamado da filha, entrou no quarto tirou a roupa e foi para o banho rápido se trocou colocando uma saia longa e uma blusinha com seu decote bem generoso, não era intencional mais foi a primeira que encontrou, terminou de se arrumar e saiu do quarto. Foi puxada e seu corpo chocou com o de Lorenzo que não tinha uma cara nada feliz, Luna o olhou nos olhos e respirou ofegante o que ele queria? Estava louco por pegar ela assim no meio da casa?

- Onde estava? Porque sempre faz isso? Você quer me deixar louco é isso?

- Me solta! Anda me solta, o que quer? Quer que Melissa nos veja assim? - Olhou os dois ali agarrados como um casal. - Esta louco?

- Sim! Você está me deixando louco.

Ela ouviu a campainha e tratou de se soltar dele e saiu sem resposta alguma, viu Augusto e sorriu indo ate ele que a beijou no rosto e a abraçou não perdia a chance de estar próximo dela.

- Cinco dias na semana não é suficiente? Tem que me ter aos domingos também?

Ela gargalhou e deu um tapa no braço dele, lá de cima Lorenzo os observava apertando o corrimão da escada.

- Para de ser bobo que eu preciso sempre de você, vamos ao escritório temos um assunto importante.

Ele assentiu e foram para o escritório, mas antes o olhar se encontrou com o de Lorenzo e ele bufou e ela ignorou, Augusto tentou falar com Melissa e foi ignorado e Luna a repreendeu só com o olhar. Entraram no escritório e ficaram ali conversando por mais ou menos umas duas horas, ela chorou e ele a amparou como sempre.

- Já chega de choro Luna, você tem que estar feliz sua mãe apareceu!

- É tanta coisa acontecendo Augusto, estou sem rumo... - Suspirou tentando conter o choro e ele levou a mão ao seu rosto e a fez olhar em seus olhos.

- O que esta acontecendo? Há dias te noto estranha, o que foi?

- Problemas só isso! - Levantou e andou na sala. - Preciso descobrir quem esta tentando matar ela e depois a trazer pra casa.

Ele levantou e a abraçou por trás beijando seu rosto.

- Sabe que pode contar comigo sempre né?

- Hurum... - Segurou as mãos dele se deixando abraçar. - Obrigada por estar aqui. - Sorriu e ele beijou o rosto dela novamente e a virou.

- Sabe que eu só quero seu bem e esse sorriso no rosto! - Beijou a ponta do nariz dela e a fez rir.

- Bobo...

- Por você, Luna, só por você! - Levou a mão ao pescoço dela e a trouxe mais pra perto e ela hesitou em deixar que ele a beijasse mais ele foi mais rápido e a beijou, um beijo de desejo e fome.

Luna se deixou beijar e ele não perdeu tempo aprofundou ainda mais o beijo e ela se afastou, não sentia nada naquele beijo, era estranho e não passava de mais um beijo. Ele se aproximou novamente e ela tentou esquivar.

-Augusto...

Ele estava cheio de desejo por ela e queria mais e ela não sabia como dizer que não, que não o queria, pois ele não deixava e quando ele ia beijá-la de novo a porta se abriu e Bia gritou.

- Mãe, eu e Loren... - Os dois se afastaram e Bia desceu das costas de Lorenzo e o caos estava formado. Lorenzo e Luna se olharam e...

CONTINUA!

A SograTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang