Buscando Soluções

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Tulipa e Marco continuavam estranhos e Elisabete já havia percebido isso. Elisabete se entristecia com essa situação pois não aguentava mais mentiras e segredos. Tulipa estava preparando o almoço para as crianças da escola, enquanto Marco dava as aulas de matemática. Elisabete aproveitou que Marco estava ocupado e não interromperia a conversa como da última vez e foi até Tulipa para tentar saber de alguma coisa.

_ Que cheiro bom. O que teremos de almoço hoje? _ Disse Elisabete chegando na cozinha.

_ Estou fazendo sopa minha filha, já que está frio.

_ Tulipa, o que você não quer me contar? _ Elisabete foi direta.

_ Senhora, não quero fazer fofoca e nem fazer intrigas. _ Tulipa dava rodeios na conversava e não contava de fato.

_ Pode me falar Tulipa.

_ Amor, estou precisando de ajuda. _ Chega Marco interrompendo a conversa.

Elisabete percebeu que seu marido não queria que ela ficava a sós com Tulipa pois sempre dava um jeito de aparecer, mas ela foi firme.

_ Eu já estou indo. Pode me esperar lá.

Quando Marco se retirou, Elisabete continuou insistindo.

_Tulipa, confia em mim.

_ É dona Acélia. Ela veio aqui e ficou incomodando o seu Marco de novo. Ele a evitou, disse que te amava. Mas ela é louca, ela disse que uma hora ou outra ele ia acabar caindo. Eu vi tudo senhora, mas fiquei com medo do senhor ficar achando que estou de fofoca.

Elisabete já esperava que fosse alguma coisa relacionada a Acélia. Elisabete não teve mais paz desde que essa mulher matriculou Zé Augusto na escola. Ela sempre dava um jeito de incomodar e de querer a atenção de Marco. Acélia era extremamente carente, uma mulher que foi criada na base da violência e com um marido violento, sempre ia atrás de outros homens atrapalhar outros casamentos. A frustração de ser infeliz era tanta que ela não gostava de ver ninguém feliz. Principalmente por ver o quanto Elisabete era amada e com uma gravidez bem sucedida, ela não gostava disso, a invejava.

_ Não se preocupe Tulipa. Essa mulher só me inferniza desde quando vim pra cá. Não estou aguentando mais. _ Elisabete abaixou a cabeça.

_ Agora a senhora vai brigar com seu marido de novo?

_ Não Tulipa, não se preocupe. Dessa vez vou ter sabedoria.

Elisabete chegou na sala de aula e pegou na mão do marido.

_ Eu te amo. Depois que as aulas acabarem, vamos sentar pra conversar.

_ Eu também te amo amor, mas conversar sobre o que?

_ Depois amor.

Marco ficou preocupado, e imaginou que Tulipa havia contado, e mais uma vez, ele errou ao não contar. Marco sempre preferia se calar para evitar problemas, a vida toda fora assim, mas dessa forma, sempre prejudicou seu casamento pois de uma forma ou outra a mulher iria ficar sabendo, mas ele tinha dificuldades em aprender com seus erros. As aulas tomaram seu fim, e enquanto Marco tomava banho, Elisabete esperava na sala de estar. Elisabete estava cansada de cobrar, de sempre culpar o marido por tudo. Eles já haviam passado por problemas demais. Ele havia decidido que não iria ficar culpando sempre o marido por tudo. Essas pequenas coisas vão acumulando, se desgastando e mesmo que a gente não queira acaba cansando. Elisabete estava tomada por seus pensamentos, quando marco chegou.

_ Amor, está frio aqui. Quer que eu acendo a lareira? _ Disse Marco esfregando suas mãos em seus braços para se aquecer.

_ Seria bom.

A busca por um casamento felizOnde histórias criam vida. Descubra agora