Prólogo

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Era mais um dia doze de junho, o dia dos namorados, aquele dia onde todos que tem um par estão felizes da vida enquanto os encalhados estão no maior tédio querendo que o dia acabe logo.
Mas o que acontece mesmo nesse dia é que somos bombardeados com todo tipo de atividade relacionada ao dia dos namorados em qualquer lugar que vamos e acontece até uma semana antes também. Ou até meses vai saber.

E eu aqui, Beatriz Junqueira, sou mais uma dessas encalhadas e claro que estava aproveitando esse dia para dormir até mais tarde e recuperar todo o sono que perdi durante o ano fazendo as intermináveis provas e trabalhos da faculdade.

Na verdade eu estava TENTANDO recuperar esse sono, mas a alegria acabou quando alguém ligou um rádio na maior altura e começou a tocar a musica All About That Bass da Meghan Trainor.

Não tenho nada contra a Meaghan e suas musicas, eu até gosto. O problema mesmo era o fato de terem me acordado assim tão cedo e dessa maneira tão inapropriada.

Como era de se esperar acordei bem assustada e dei um pulo de cima da cama só que esse pequeno pulo acabou ocasionando uma queda no chão que fez meu traseiro ficar doendo o dia todo.
Imediatamente soltei um grito por causa da dor e fiz uma careta que não devia estar nada bonita. Se eu soubesse quem foi o engraçadinho que ligou esse som com certeza eu iria dar uns tabefes nele.

- Ai onde é que eu estou? - perguntei ainda meio sonolenta e com os olhos semiabertos tentava identificar onde eu estava enquanto massageava meu traseiro.

Quando abri finalmente os olhos logo enxerguei uma parede rosa e olhando mais ao redor percebi que estava no meu quarto. E logo percebi também que o som não vinha de fora e sim do quintal da minha casa. Pela gritaria parecia estar tendo uma festa, mas devia ser só meu irmão William e os amigos loucos dele.

- O meu querido irmãozinho William esta ouvindo musica a essa hora da manhã, ninguém merece. São só... - falei indignada e só então percebi que não sabia ao certo que horas eram. - Ai que horas são mesmo?

Apesar da dor no traseiro e da sonolência, com muito esforço, consegui levantar do chão e assim que consegui ficar em pé peguei meu celular rosa em cima da minha mesinha de cabeceira.

Depois de desbloquear a tela vi que eram dez horas da manhã e ai fiquei mais indignada ainda. Era madrugada ainda e esses malucos já estavam fazendo essa bagunça toda. Ninguém merece mesmo.

- Quem liga o som nessa altura a essa hora da madrugada? – me perguntei e ouvi algumas pessoas gritando e alguém pulando na piscina. – E ele já está usando a piscina. Quanta disposição. E que gritaria é essa? Até parece que está rolando uma festa lá embaixo. Se eu não conhecesse a mamãe diria que é mesmo uma festa.

Minha mãe é um tipo de mãe diferente das mães normais. Ela não da muita atenção para os filhos, vive de mau humor e detesta qualquer tipo de coisa meio adolescente incluindo nessa lista as festas com som alto e gritaria.

Depois desse susto resolvi ir ver o que realmente estava acontecendo no quintal da minha casa e já aproveitaria para dar uns belos tapas no meu irmão e nos amiguinhos dele.

Sai do quarto do jeito que estava mesmo com meu pijama fofo do Olaf, minhas pantufas de panda e nem me dei o trabalho de pentear meu cabelo que estava uma bela bagunça. Já estava acostumada com os amigos do William que já eram praticamente da família e meu pijama não era indecente, pois era de mangas compridas.

Conforme fui descendo as escadas, o som e o barulho foram ficando mais altos e assim que passei pela cozinha pude ver minha mãe, Regina, na cozinha com cara de tédio massageando as têmporas nada feliz com a bagunça do lado de fora da casa. Como eu imaginava ela estava detestando tudo isso.

Brincando de CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora