Prólogo

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O vento bagunçava meus cabelos, arrepiava minha pele, deixando uma sensação de alerta. Olhei para minha roupa e percebi que estava com um vestido vermelho sangue, estilo vitoriano e descalça. O lugar parecia um parque, silencioso, calmo, mas sua paisagem estava morta, somente no chão tinham folhas que pareciam tingidas de sangue, havia aquela sensação de que algo pudesse estar escondido atrás das árvores a espreita.
Andei pelo lugar segurando aquelas vestes para eu não tropeçar pelo caminho. Onde estou? Como vim parar aqui? Eu sei que conheço esse lugar, mas não me recordo de onde...
Mais a frente vi uma escada, longa e que não parecia ter fim. Subi, mesmo com aquela sensação de perigo, sei que deveria fazer aquilo, algo estava me esperando. Continuei subindo e percebi que não era à única naquele lugar, algumas pessoas estavam indo de encontro ao que me aguardava também, todas com o mesmo estilo de vestes que a minha. Minha mente me alertava sobre algo ruim, mas meu coração falava o oposto.
Chegamos a um local escuro, parecia que havíamos saído do parque, quando olhei para frente não acreditei, um portal se abria perante todos, através dele um cervo branco como neve aguardava todos nós. Sua elegância e sua voz grave me deixou hipnotizada.
"Somente os puros de coração poderão atravessar esse portal, se desconfiarem que não são puros o mínimo possível que for, e mesmo assim decidirem passar pelo portal, poderão ir para um lugar macabro, ruim, ninguém saberá mais de sua existência, por isso alerto: somente venham para perto de mim quem tiver a certeza que não é um ser com sentimentos obscuros."
Muitos passaram pelo portal sem ao menos pensar, um a um atravessando aquele círculo de luz. Somente eu e um jovem permaneceu no mesmo lugar, nos olhamos e não consegui visualizar seu rosto, mas conseguia sentir seu medo. Ele foi e conseguiu passar, pensei se deveria fazer aquilo, não tinha tanta certeza de que era uma pessoa totalmente boa. Mas quando olhei através do portal, o mesmo jovem me aguardava com apreensão, eu sentia isso, ele me esperava. Me apeguei no pensamento de que sim, eu sou uma ser bom, fui mentalizando isso e transpassei o portal. Tudo permaneceu normalmente, vi aquele cervo magnífico mais de perto, seu corpo envolto de luz, mas essa luz começou a desaparecer, o lugar começou a ficar escuro, sentia todos me olhando com apreensão, pensando se deveriam fazer algo. O jovem estendeu sua mão para mim, ele gritava, mas tudo virava um borrão lentamente, sua voz agora era somente um eco. Tentei pegar sua mão, mas não consegui. Entrei na escuridão.
Acordei em um quarto, suas paredes estavam sujas e descascadas, como se alguém tivesse tentado sair dali, havia somente uma cama, na qual eu me encontrava sentada, seu lençol estava imundo e com manchas de sangue, olhei rapidamente para meu corpo, verificando se eu não estava machucada, mas eu não tinha nenhum arranhão sequer.
Em uma parede isolada, um pouco escura, percebi que tinha algo escrito nela, me aproximei e a palavra "SOCORRO" estava lá, com sangue.

Gritei o mais alto que pude, o desespero me consumindo rapidamente, precisava sair desse lugar, mas não sabia como

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Gritei o mais alto que pude, o desespero me consumindo rapidamente, precisava sair desse lugar, mas não sabia como.

(Se puderem leiam os capítulos ouvindo a banda Evanescence ♡♡♡♡)

O Mistério do SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora