Final

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25 de Dezembro


     Depois de uma noite em claro, o derradeiro dia começara com a irritante peste a saltar em cima de Ishii que se encontrava ainda na cama enrolado nos cobertores, pedindo piedade à sua irmã para parar. Esta estava demasiado contente para ouvir as súplicas do irmão, saltando cada vez mais.

- O Pai Natal deu-me dois presentes enormes! DOIS! As caixas são gigantes.

- Olha que sorte mas vê se ele não te pede devolução, uma vez que, estás já a ser uma má menina!

A menina para e olha seriamente para o rapaz com os olhos arregalados.

- Estás a brincar, não estás?

- Claro que não! Vá, toca a sair de cima de mim sua baleia!! - choramingou.

- As baleias são fofas! O que tens contra as baleias?!! PROTESTO! Quero uma revolução já contra irmãos mais velhos como tu!

- Sim sim e eu parto em defesa dos irmãos mais velhos que aturam pestes como irmãs mais novas.

A rapariga salta para o chão e começa a correr pelo corredor aos berros:

- OH MÃE, O ISHII ESTÁ A SER MAU PARA MIM!!

O rapaz bateu com a mão na sua cara e decidiu por fim se levantar. Respondera às mensagens de Natal dos seus amigos e vestira uma roupa desportiva confortável para andar por casa.

- Bom dia mãe. - deu-lhe um beijo na face.

- Bom dia? Meu menino, já viste as horas? É quase meio-dia! - exclamou furiosa.

- Uma boa hora por sinal. - Floris encostou-se ao irmão e começou a dar murros nas suas costas - Floris Isabella Lims pára já com isso!

- NÃO! É o teu castigo.

- Eu já te digo o castigo.

Floris desatou a correr enquanto que Ishii a acompanhava mesmo atrás, com os braços para a frente para a apanhar. Por fim pega na irmã na sala e o seu pai ralha por estarem já a correr pela casa.

- Porque não abrem os vossos presentes? - sugeriu

- SIIIM!

A rapariga era uma profissional no que tocava a deixar em mau estado o papel de embrulho, rasgando-o de uma vez. Recebera uma camisola, umas calças, umas asas de fada, uma varinha e chocolates. Ishii recebera também uma camisola e umas calças, um jogo novo, um perfume e chocolate preto (o seu preferido). A miúda pegou logo nas asas com ajuda do pai e na sua varinha, batendo a mesma na cabeça do irmão malvadamente.

- Floris pára. - a voz rouca do pai de ambos soou, fazendo Floris colocar a varinha atrás das costas e sorrir abertamente para o progenitor. - Ishii, isto é para ti. - entregou uma caixa de tamanho médio, vermelha com uma fita verde em volta que acabava com um laço perfeito em cima, para as mãos do adolescente.

Era um cachecol. Um cachecol vermelho, parecido ao que este carregava desde os 7 anos. Abraçou o pai e disse meia dúzia de obrigados.

- Deu imenso trabalho correr pelas lojas do centro comercial todas à última da hora à procura desse cachecol. Nós sabíamos o quanto ele era importante para ti e foi muito bonito o que fizeste.

- Obrigado por todo o esforço. - abraçou-o mais uma vez.

- Meninos, a comida está na mesa!

- Eu ouvi falar em comida? - o rapaz levantou logo a cabeça, largando o pai e competindo com a sua irmã para ver quem chegava primeiro à mesa.

- TOMA LÁ! EU GANHEI-TE! - a rapariga com dois totós no cabelo fez a sua dança da vitória atrapalhadamente em cima da cadeira.

- Floris!

Olá,
gostaram do conto?

São ou não são os melhores irmãos do mundo? Eu adorei tanto criar estas duas personagens em particular.
Era suposto ter terminado no dia de Natal mas como eu sou uma merdinha não consegui publicar o que faltava.

Espero sinceramente que tenham gostado de acompanhar este conto, vejam as outras obras associadas a este grande e louvável movimento. São simplesmente lindas!!
Agradeço todos os votos e comentários da vossa parte, são fundamentais para o meu desenvolvimento. Peço desculpa por algum erro ortográfico que possa existir.

Felicidades em 2017 x

O Cachecol Vermelho (#NatalUnidos)Onde histórias criam vida. Descubra agora