Capítulo 27 - Com Amor papai.

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Estava observando o lago a minha frente.

–Está pensando em que? – Isaac me perguntou

Estávamos deitados sobre o sol.

–Você, o Declan, o Apollo, eu... Tudo ficou diferente. – respondi

–Então... você gosta ainda dele? – Isaac me olhava confuso

–Na verdade eu nunca deixei de gostar dele. – falei encarando os raios de sol que passavam pelas folhas –Não me leve a mal.

–Então acho que nossa parceria de foda acaba aqui. – ele sorriu. –Enfim, eu estava pensando em ir na cidade ver o meu irmão.

–Eu vou ir ver o meu pai e a Katrina. – falei

Peguei meu conversível, chamei o Apollo e nós fomos, meu pai morava em um chalé perto do lago próximo a cidade.

–Pai! – o abracei. –Bela casa!

–Obrigado. – ele sorri.

–Sean você tá ótimo! – Apollo abraçou o homem

–Obrigado filho dos meus sonhos. – ele me alfinetou

–E cadê a minha mãe? – Apollo perguntou ao meu pai

–Ela está lá atrás. – meu pai apontou. –E você Isaac, não vai me dar um abraço?

–Claro que sim tio Sean! – o garoto abraçou

Passamos um tempo juntos.

–Eu vou ir ver o Lee e a minha mãe. –falei

–Tá bem.

–Eu o Conrad. – Isaac disse

–Eu vou ficar aqui, mais tarde eu voltou pro hotel. –Apollo disse

Eu fui com o isaac até a casa dele, chegamos e vi o Conrad e o Lee. Os dois estavam parecidos com a gente nessa idade, a diferença é que o Lee é mais alto que eu. Quando os vi tive um deja vu.

–Tyler! – meu irmão me abraçou, Conrad abraçou o irmão.

–Você tá mais alto que a última vez que te vi. – Isaac disse ao irmão

–Você parece ter diminuído um pouco. – Conrad sorriu

–Cadê a mamãe? – Isaac perguntou

–Saiu com o papai. – o garoto respondeu. –É que eu contei para os nossos pais que eu gosto de garotos, o papai quase infartou.

–Ele não te mandou pra fora de casa? – Isaac implicou

–Amigo? – o repreendi.

–Ele foi tranquilo depois de algum tempo. Ele sente a sua falta Saac. – Conrad contou

–Que ele me peça desculpas. Não sai de casa porque eu quis. – Isaac respondeu

–Lee quer dar uma volta, vim de conversível tá afim de dirigir? – chamei meu irmão

–Claro irmãozão! – ele saiu animado

–Vamos comprar café quer alguma coisa? – perguntei ao Isaac

–O de sempre. – ele me respondeu

–O Lee sabe o que eu gosto. –Conrad disse

Estava na estrada com meu irmão mais novo deslumbrado com meu carro novo.

–Faz templo que não conversamos Lee. – falei

–Tem acontecido tanta coisa, eu sou capitão do time de lacrosse. A Brooke me rejeitou o Conrad me beijou no baile de inverno e a gente transou no carro dele. A Brooke viu e tá bolada com a gente só que ela nem gosta de mim. – meu irmão me contou

–Calma ... sorri então você é tipo bissexual? – o questionei

–Sou, na verdade eu acho que sempre soube. E eu sou bonito demais pra não ter o melhor dos dois mundos. – ele me jogou um olhar infame

–Mas então a Brooke está com raiva por vocês terem ficado? – o questionei

–Por não ter contado pra ela. Só que, aconteceu uma vez e desde então o Conrad e eu ficamos escondido, eu não contei para as pessoas é muito menos o Conrad. – Lee me contou

–Você gosta do Conrad? – o questionei

–No começo era só casual, mas faz um tempo que eu gosto dele. – meu irmão me respondeu

–Que bom, porque a Brooke gosta do Henry. – contei pra ele

–O Henry? – ele fez uma careta

–O que tem de errado? – olhei confuso

–Quem me troca pelo Henry Thorn ?

–Você é muito convencido. – retruquei

–E você e o seu namorado? Tá bom que o Declan é bonito, mas você tem que fazer o seu irmão aqui. – Lee disse batendo no peito

–Ser "cadelizado" por um cara mais baixo que você? – impliquei

–Eu sou livre, Tyler. – ele retrucou

–Você sabe o café favorito do Conrad. Sai fora! – dei um peteleco nele

–Eu só decorei porque eu acordo mais cedo pra correr e busco ele na escola, aí já passo na cafeteria. – Lee disse com um sorriso de lado, assim que estacionou.

P.o.v: Isaac –
Os meninos saíram que me virei para o Conrad com um sorriso malicioso.

–Eu te entendo, o Lee cresceu e ficou um gato. – falei

–Pois é. E dois filhos gays deve ser o cúmulo para o nosso pai. – Conrad comentou. –Eu achei por um tempo que eu era bissexual, parece que eu não sou gay o suficiente para os outros caras gays da escola.

–Como essa camisa de flanela não é mesmo. – impliquei com ele

–Para! – meu irmão sorriu

–Eu fique sabendo que você tem um crush no Lee. – puxei o assunto novamente

–Bem, estamos ficando. Tem sido legal, ele me busca todos os dias em casa e sabe meu café favorita é fofo. – meu irmão respondeu

–Mas ? – o questionei

–Acho que ele só tá comigo porque a Brooke não quis ele. – Conrad confessou

–Já tentou perguntar pra ele? – o interpelei

–Eu tenho medo disso estragar o que temos, ja que ficar juntos custou nossa amizade com a Brooke. – ele respondeu

–Mas ela gosta do Henry. – olhei confuso

–É que não contamos pra ela, ela viu a gente se beijando no vestiário e achou que não confiávamos nela. – meu irmão me contou

–Poxa irmãozinho. – abracei ele, nossos pais chegaram ali

–Isaac! – minha mãe me abraçou

Meu pai apareceu ali na porta da cozinha, ele se escorou no batente olhou para seu celular e depois pra mim.

–Oi filho. – ele forçou um sorriso.

–Oi pai! – sorri espontaneamente

–Como está sendo a vida de bombeiro? Sua mãe me contou. – meu pai guardou o celular no bolso

–Tudo bem. Eu salvo vidas, tem os dias ruins, mas eu amo o que eu faço. – respondi

–Marco, você não tem que falar algumas palavras pro Isaac não ? – minha mãe o questionou

–Eu te amo meu filho, me desculpa. – uma lágrima rolou. –Não tem um dia que não me arrependa do dia que eu mandei você ir embora, eu nunca achei que você me perdoaria, então nunca te procurei. Achei que estaria melhor sem mim, um pai homofóbico.

–Eu nunca estaria melhor sem você pai. – o abracei chorando. –Eu também te amo, e eu te perdoo.

–Quem sabe um dia podemos ir assistir um jogo dos Yankees em Nova Iorque. – meu pai disse

–Podemos sim, é claro que podemos. – falei olhando pra ele ...

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