Thirty Three

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Sun

Quando abri os olhos pela primeira vez depois de tanto tempo em coma, a claridade doeu, pisquei algumas vezes para me acostumar. As primeiras pessoas que vi foi Moon, e o cara das minhas visões, Eliott. Me lembro da minha filha, quem eu mais queria ver. Só escuto seu choro. Dou um pulo da cama.

-Cadê a minha filha. - digo meio tonta.

Mas não espero resposta. A coisa mais linda que eu já vi na minha vida está deitada na cama. Caem lágrimas no meu rosto e eu corro para pega-la.

Ela cala na hora. E da pequenas gargalhadas para mim.

-Oi minha filha. - digo ao choro. -Como vai você?

-Que bom que você acordou. A Melancia não parava de chorar. Finalmente sossego. - diz Moon.

-Vai sonhando. A filha também é sua.

Olho para Eliott, ele nos observa com olhos brilhando. Coloco minha filha dormindo na cama e me levanto.

-Obrigada, irmão. - dou um abraço nele,  surpreendendo-o.

Moon me olha sem entender.

-Eliott é nosso irmão.

-Como assim?

-Eu tive vários flashbacks enquanto estava em coma, e neles vi Eliott. O nosso irmão. Eu vi também a mamãe e o papai. Quer ver?

Damos as nossas mãos e mostro a ela todas as visões que eu tive.

[...]

-Me escuta Sun. Você não pode confiar nele.

-Mas ele é nosso irmão.

-Sempre fomos só eu e você, não é agora que vai mudar.

-Mas...

-Sem mas Sun!

Reviro os olhos. Estava cansada de Moon ter a última palavra. Quem colocou ela no comando?

-O destino. Nasci 1 minuto antes de você. - lê meus pensamentos.

Reviro os olhos de novo. Pego minha bebê e saio do quarto. Olho para o chão e vejo um rato com uma mancha de formato de estrela.

-Eca! - exclamo e o rato sai correndo.

Eu hem. Ratos no colégio? Estranho. Será que tem gente morta no porão ou macumba no sótão?

Continuo a andar enquanto converso com a minha filhinha. Esbarro com um casal de fadas. São tão lindos que me faz pensar. Como eu queria ter alguém pra mim. Será que lobos se casam? E isso me faz pensar mais. Eu e Moon faremos 21 anos em pouco tempo. E então escolheremos o ser que vamos ser, para sempre. Será que eu quero ser mesmo uma loba?

-Posso ver sua filha? - levanto minha cabeça pra ver quem é e vejo um Ethan elegante e bonito.

Entrego-a para ele, que pega com muita experiência.

-Ela é tão linda. Já tem um nome?

-Ainda não pensei.

-Eu amo crianças. Quem é o pai?

-Pai?

-É.

-É segredo. - sou curta, e meio grossa. Mas não quero falar que minha filha não tem pai e sim duas mães. Como a ciência explica? Minha filha é a prova viva de que dois iguais podem sim se reproduzir. Mas a ciência não sabe de nada, os humanos não sabem de nada, eles nem sabem do mundo dos sobrenaturais.

-Falta poucos dias pra fazermos 21 anos.

-Como funciona a cerimônia de transição? - eu pergunto.

-É como uma formatura de mudanos. Você usa roupas de gala. Um colégio todo está presente. Tem vários caminhos, cada um representa um ser, por exemplo, a terra se você for uma Raposa Mística, sangue se for vampiro, pelo de lobo se você for lobisomem. Você o líquido de transição que fica ao lado do seu elemento. Cada líquido é diferente, e se você não o toma é como se você não tivesse completado os 21 anos.

"Para os alfas é ainda mais complicado. Assim que passarmos pela transição sairemos da escola e assumiremos uma alcateia. Mas não podemos assumir sem uma noiva." - ele faz carinho na bochecha da minha filha e continua - "Eu sempre achei que acabaria me casando com alguém que eu amo, mas falta quase três meses e eu ainda não arrumei uma noiva."

Eu não tinha o que falar, então eu o abracei. Olho para o chão, outra vez aquele rato. Solto um gritinho. Que beleza. Já matei sanguessugas e estou com medo de um rato?

-O que foi? - ele pergunta.

-Um ra... deixa pra lá. - o rato já tinha ido embora.

Ele ri.

-Quer conhecer meu quarto?

Sorrio de volta.

-Adoraria.

Sigo-o no dormitório masculino até o quarto com a porta de madeira velha mais acabada do corredor.

-Não ligue pra porta. Mandei colocar ela porque é o que mais me faz lembrar da minha aldeia.

Ele abre a porta e ela range, ecoando um barulho pelo corredor deserto. Seu quarto lembrava mesmo um quarto de um alfa. Era tudo de madeira. Não tinha nada novo. Ao lado da cama uma mesinha preta com uma garrafa de café e queijo.

-Você quer? Minha vó esteve aqui ontem e deixou isso. Está tudo fresquinho. - diz enquanto coloca a bebê na sua cama.

-Não obrigada.

-Posso te beijar?

Fico olhando-o e não digo nada. Ele se aproxima mais, segura meu rosto e me beija. Em poucos segundos estou entregue aquele beijo. Sua mão desce até a minha cintura e a minha bebê chora.

-Desculpe, vou leva-la pra mamar. - digo pegando-a e correndo para meu quarto.

Moon não estava no quarto. Será que eu tenho leite? Tiro o meu peito e colocou em sua boca. Me surpreendo ao ver que ao invés de leite, sai sangue.

Me sinto fraca quando a bebê para de mamar e pego algumas bolsas de sangue de Moon e acabo com elas em pouco tempo.

Me deito ao lado dela e adormeço.
Quando acordo de manhã levo um grande susto ao ver uma menina grande ao meu lado. De mais ou menos 6 meses. Levo um tempo pra ver que era a minha filha.

Ela cresceu de um dia para o outro?

☆☆

Desculpem pelo capítulo mega chato kkkkk sem criatividade de verdade.

O livro foi dispausado. Minha amiga está com internet e irá escrever. Até mais.

S U N K I S S E S 💝

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