Capítulo 32

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''E se você fosse minha garota eu faria qualquer coisa que eu pudesse. Eu fugiria e me esconderia com você. Eu sei que você tem problemas com o seu pai e eu também tenho.'' - Daddy Issues (The Neighbourhood).

O funeral seria no próximo dia na parte da manhã, a mãe de Matthew ainda não se sentia bem e forte o suficiente para enfrentar o enterro do marido o que os fez decidir esperar um dia a mais.

Eu tinha uma prova para fazer e milhares de pensamentos vagando na minha cabeça, só aquela manhã Josh tinha me ligado mais de cinco vezes e mandado umas três mensagens que eu ignorei, apagando. Fui forçada a bloquear o seu número.

Já haviam se passado meses e eu não tinha mais nenhum assunto para resolver com ele.

Scott também havia me ligado pedindo que eu o ajudasse com vídeos e fotos que eu tinha da banda. Uma gravadora havia entrado em contato com ele e precisava de todo o material possível da banda para avaliação, mas Matthew não estava em condições de correr atrás daquilo e Scott estava empolgado demais para deixar a oportunidade passar.

Aceitei ajudar, Matthew havia perdido o pai, mas eu sabia que ainda tinha o sonho de ver a banda explodir todo o seu sucesso no mundo.

Eu estava caminhando pelo campus a espera de Matthew quando Collin se despediu de seus amigos do time de futebol e se aproximou de mim.

- Como acha que foi na prova hoje? – ele perguntou entusiasmado.

- Eu espero que tenha ido bem.

- Você não parece muito confiante – ele me provocou insistindo.

- Diferente de você com certeza – voltei a olhar para ele.

Collin sorriu abaixando a cabeça como se pensasse nas suas próximas palavras cautelosamente.

- Meu primo me contou o que aconteceu quando voltou para casa do plantão dessa noite – Collin olhou para mim como se não soubesse muito bem como agir – Eu sinto muito, quero dizer não deve ter sido fácil para ele.

- Sim e agora eu não consigo parar de pensar como ele está a todo momento – comentei, olhando a hora em meu celular.

Ele tinha dito para que eu esperasse na praça principal do campus depois que acabassem as aulas.

Um numero desconhecido começou a ligar no meu celular, eu desliguei na mesma hora.

O temor de ser Josh tentando falar comigo passou pela minha cabeça, Collin me olhou desconfiado.

- Tem algo a mais te incomodando, certo? – ele perguntou.

- Meu ex, ele tem me ligado durante toda a manhã – comentei – Eu bloqueei o número, mas...

Alguém atrás de nós gritou meu nome uma vez e mais outra em seguida. Eu me virei na direção da voz e queria que eu estivesse alucinando ou presa em um pesadelo ruim. Eu apenas não podia acreditar que ele estava ali.

- O que você está fazendo aqui? Você deveria estar em Washington – respirei fundo tentando não me descontrolar.

Josh estava na minha frente a poucos centímetros de mim, era por isso que ele vinha me ligando insistentemente.

- Você não atende meus telefones e não responde minhas mensagens – ele disse parando a minha frente como uma miragem, uma péssima miragem. – Eu finalmente tive tempo de pegar um voo e vir até você.

O olhei sem entender o que ele queria dizer com aquilo.

- Nós precisamos conversar, então você poderia nos dar licença? – ele se voltou para Collin com um tom autoritário.

GREETINGS FROM CALIFOURNIAWhere stories live. Discover now