Capítulo 21

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Depois que Elizabeth e Anabeth foram para a tal viagem, o palácio ficou divino, não havia brigas, discussões, nem fofocas.

Durante dois dias seguido, estudei e li diversos livros. Confesso que eu estava nervosa, mas todos os dias meu pai e o Luke me ajudavam. Hoje era o grande dia, o dia em que eu mudaria esse preconceito com os protestantes. Posso ser católica, mas não julgo eles por serem quem são.

Agora com minha mãe e meus irmãos no palácio, tudo estava perfeito. Claro, sentia saudades do meu pai, mas ele nunca será esquecido, estará sempre em meu coração. Minha mãe está bem triste com a morte dele, mas ontem eu a vi conversando com meu pai biológico. Ele a fazia sorrir e eu sabia que querendo ou não ele foi e sempre será seu verdadeiro amor.

– Marlee? – Saio dos meus desvaneios ao ouvir a voz da Lydia.

– Já estou pronta, Lydia – Me olho no espelho e sorrio ao ver o lindo vestido.

O vestido que eu estava vestindo era esplêndido. Ele era todo vermelho, justo no busto e rodado na saia e para enfeitar estava coberto de pedras de diamantes.

– Você está magnífica – Ela diz, enquanto me avalia de cima a baixo.

– Obrigada, Lydia – sorrio satisfeita com o resultado, pois havia feito um sacrifício e acordado cedo para me arrumar.

– O papa não chegou ainda – Ela comunica – Mas seu noivo a espera, no quarto dele – Ela ri baixo.

– Claro, obrigada Lydia – Coro ao perceber que ir ao quarto do noivo não era normal para ninguém do palácio – Não comente com ninguém sobre isso, por favor.

– Claro que não. – Ela sorri – Sou sua amiga, Marlee. Pode contar comigo sempre.

– Obrigada, Lydia – Me aproximo e puxo ela para um abraço – Agora preciso ir – Me afasto e sorrio saindo do quarto.

Vou até a porta do quarto dele e me certifico que estou sozinha, mordo meu lábio um tanto nervosa e bato na porta. Não demora 1 minuto para a porta se abrir e como sempre meu sorriso vai de orelha a orelha ao vê-lo.

– Bom dia, meu anjo – Ele sorri e me puxa para dentro do seu quarto – Quero saber como você está? E por quê está tão linda assim logo cedo?

– Eu estou muito bem – Abraço seu pescoço – Tenho uma visita com o Papa e você sabe muito bem!

– Fico aliviado em saber que está bem. – Seus dedos macios e quentes, passeiam pela minha bochecha – Você é corajosa e forte, vai conseguir fazer um acordo com ele. Acredito em você.

– Obrigada por acreditar em mim – Sorrio bobamente – Aliás, você precisa me ajudar com algo.

– Ajudo com o que for necessário. –Olho atentamente para ele.

– Meus irmãos... – começo a falar – Eles estão um pouco isolados nesse palácio. Então estive pensando, você caça e anda à cavalo há muito tempo. Você poderia ensinar a eles, o que acha?

– Acho essa ideia ótima – Ele sorri contente – Posso começar hoje mesmo.

– Eles vão adorar essa notícia – Sorrio de lado – Agora preciso ir. Vou ver se falo com eles e depois tenho que encontrar meu pai.

– Serei o professor deles com prazer, minha digníssima noiva – Ele diz, de um jeito engraçado – Mas, você está esquecendo de algo importantíssimo.

– O que eu estaria esquecendo? – Me faço de desentendida – Nunca me esqueço de nada, meu digníssimo noivo.

– Esqueceu disso, senhorita Marlee Tames – Ele se aproxima mais e mais, até que nossos lábios estão totalmente colados.

Meu coração acelera ao sentir sua língua em contato com a minha. Um simples beijo que ele me dá transmite tantas emoções e sentimentos. Sinto como se o mundo parasse no momento em que sinto seus lábios nos meus.

– Eu realmete preciso ir – Sussurro contra seus lábios.

– Tudo bem – Ele diz, com seus lábios estão um tanto avermelhados, devido ao batom vermelho que eu estava usando.

– Você pode encontrar o Nick e o Jack? – Me afasto e ajeito o batom borrado.

– Posso sim – Ele sorri – Já disse que está linda?

– Já sim – Rio baixo e me viro – Mas, obrigada de novo – Selo seus lábios.

– De nada, meu amor – Ele sorri e beija minha testa – Boa sorte!

– Obrigada! – Sorrio e saio do seu quarto.

Olho de um lado para o outro suspirando aliviada. O corredor estava completamente vazio, começo a caminhar olhando cada detalhe daquele longo corredor e fico impressionada com os quadros maravilhosos que estavam espalhados pela parede.

– Marlee! Posso falar com você? – Me viro.

– Claro, Analee – Ela está bem diferente – O que deseja?

– Só queria dizer que sinto muito pelo seu pai – Ela sorri tristemente.

– Obrigada, Lee – Desvio o olhar – O Christopher falou com você?

— Christopher? — Ela parece desconfortavel ao mencionar o nome dele – Ah sim, ele veio falar comigo.

– Vocês estão tendo algo? – Seu rosto fica vermelho na mesma hora – Como? Eu e ele? Não, claro que não.

– Tem certeza? – rio ao ver sua cara vermelha como um pimentão.

– Tudo bem, eu confesso! Ele tentou me beijar... 2 vezes – Rio baixo – Mas eu não deixei, eu não quero me envolver com ele. Ele é tão misterioso, sabe?

– Sei sim – Sorrio de lado – Mas sabe, você poderia dar uma chance para ele. Pessoas mudam, Lee. Basta  achar a pessoa certa para que a mudança possa acontecer.

– Será? Eu não sei. Tenho medo de me entregar e ele simplesmente me machucar – Pego em suas mãos.

– Na vida temos escolhas a se fazer? Claro que temos. Mas aprendi que não devemos ter medo de errar, pois errar é algo inevitável. Somos humanos, erramos mesmo, mas é com os nossos erros que aprendemos o que é realmente certo.

– Nossa – Ela sorri – Bonitas palavras, minhas futura rainha.

– Que nada, Lee – Rio baixo – Depois conversamos, agora preciso falar com o papa.

– Boa sorte!

– Obrigada.

Aceno para ela e desço a grande escadaria. Ando até a sala do meu pai e suspiro alto, um tanto nervosa.

– Princesa Marlee! – O guarda que está na porta me cumprimenta, sua postura ereta e sua roupa perfeitamente alinhada – O rei está a sua espera.

– Obrigada – Aceno gentilmente para ele, abro as portas e sorrio ao ver meu pai.

– Aí está você. Por quê demorou, querida? – Ele se aproxima e deposita um beijo em minha testa.

– Estava falando com o Luke, logo depois encontrei a Analee. Me perdoe o atraso – Digo, logo me sento entrelaçando meus dedos, em uma tentativa falha de esquenta-los, pois devido ao nervosismo eles estavam gelados.

– Tudo bem – Ele se senta – Fique tranquila. Você se lembra de tudo que estudamos e conversamos?

– Sim. Me lembro perfeitamente.

– Você vai conseguir – Ele tenta me encorajar – Se não conseguir, daremos um jeito. Mas não podemos ficar contra eles, afinal o catolicismo é a nossa religião também.

– Tudo bem, pai – Assinto e tento manter a calma. Ouço uma batida na porta e logo meu coração começa a disparar.

– Entre! – Meu pai diz, com firmeza.

– Majestade – O mesmo guarda que estava na porta entra e faz uma reverência – O papa Francisco chegou. Posso deixá-lo entrar?

– Deixe que entre – Observo o guarda sair, logo direciono meu olhar para meu pai – Preparada?

– Já nasci pronta!

Espero que gostem meu amores ❤

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