Capítulo 13

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No domingo Alex foi lá para minha casa, já tinha virado rotina, minha mãe adorava ele, sendo sempre bem carinhosa, ela também tratava Charlie assim.
Eu geralmente me deitava na cama e ele cismava em ficar na poltrona. Perguntei, depois de perceber que ele parecia desconfortavel ali:
- Por que você não vem para cá? Está na cara que aí não é o lugar mais confortável do mundo!
- Porque eu não quero morrer hoje! Seu pai está em casa e aí é a sua cama.
- Não é como se quiséssemos fazer alguma coisa proibida nessa cama, só estamos estudando.
Alex me olhou e corou um pouco, levantou e se sentou do meu lado. Coloquei música, passou uma que eu adorava e comecei a cantar, quando menos esperei eu e Alex estávamos cantando em dueto, ele também adorava.
Sorriamos e soltavamos a voz sem se importar se estavamos desafinando ou não, eu gostava da voz dele, era bonita.
Depois disso ele relaxou mais e continuou a fazer sua lição. Me aproximei para olhar e ver se as respostas dele estavam iguais às minhas, meu cabelo ficavam caindo sobre meus olhos a todo momento. Ele me olhou e retirou devagar, colocando as mechas atrás da minha orelha, estremeci com seu toque.
- Seu cabelo é rebelde igual você!- Comentou e eu sorri meio sem jeito.
Ele continuou a mexer nele, me fazendo carinho.
- Gosto de mexer nele...- disse baixinho. E eu também estava gostando, por alguma razão seu toque fez meu coração acelerar um pouco. Sua mão continuava a deslizar, passou pelo lado do meu rosto em um toque suave e nos olhamos...
De repente, alguém bateu na porta, Alex saiu correndo até a poltrona, nunca vi ele correr tão rápido. Meu pai abriu a porta e disse:
- Carol, vim te lembrar que de noite vamos naquela reunião de amigos, não esqueça de se arrumar!
- Está bem, pai!- disse tentando segurar o riso, Alex estava tentando se esconder atrás de um livro.
- Está tudo bem por aqui?- Perguntou meu pai nos analisando.
- Tudo ótimo! Estamos concentrados estudando!- Falei e Alex só concordou com a cabeça não conseguindo encarar ele. Meu pai nos olhou mais uma vez e saiu, Alex esperou um pouco, suspirou e disse:
- Acho que vou ficar por aqui mesmo! Mais seguro!
Concordei rindo e voltamos a estudar. Mas as batidas do meu coração acelerado estavam me desconcentrando.
E finalmente chegou o último dia de aula. Todos nós estávamos animados e comemorando.
Abracei a Loren e a Eleonor e disse:
- E vocês não sumam nessas férias, quero que a gente marque de sair direto, ok? Se não vou morrer de saudades!
- Vamos, sim!- disse Eleonor.
- Temos muito o que aproveitar! As férias começaram!!
Alex se aproximou e eu disse:
- Você também! Pode tratar de sair com a gente, se não vou bater lá na sua casa!
- Eu sei! Pode deixar que vou continuar te perturbando nas férias!- Piscou e me abraçou.
Os dias para o natal passaram correndo a partir dali, eu estava arrumando minhas malas para a viagem que eu e minha família íamos fazer, não sabia se estava animada para ir ou não.
Chegamos nos Estados Unidos de manhã, nos instalamos em um hotel maravilhoso e saímos pela cidade, sempre adorei aquele lugar. Estavamos a três dias para a véspera de natal, então tínhamos um tempinho para aproveitar.
Eu e minha mãe saímos as compras, nada melhor do que sair comprando tudo o que te encantar pela frente. As lojas estavam todas decoradas e repletas de presente de natal, parei em uma vitrine de jóias, tinha muitas feitas para presentear mães, avós, irmãos... Foquei em duas correntes, seus pingentes completavam um ao outro, era de ouro, redondo com uma metade com detalhe azul escuro escrito Best e a outra vermelha escrito Friend.
Pensei em Alex, era perfeito! Bonito e discreto, comprei toda feliz, ansiosa para poder entregar logo a ele.
E o natal chegou, fomos a uma linda festa, tudo era luxuoso e muito bem arrumado, todos estavam de roupas formais, cada uma mais bonita que a outra. Comprimentava a todos, conversava com algumas pessoas conhecidas, filhos de famosos, as pessoas estavam bem animadas a minha volta, mas eu não me sentia completa, parecia que estava faltando um pedaço e essa sensação só aumentou quando deu meia noite e todos começaram a desejar feliz natal. Não parava de pensar em Alex, queria poder estar com ele, me abraçaria e desejaria um feliz natal, ele nem ao menos tinha celular para mandar uma mensagem ou ligar.
Desejei a todos um feliz natal e fui para fora como muitas pessoas estavam fazendo.
Os fogos estavam lindos, imaginei se ele estaria fazendo o mesmo só que a milhas de distância, pensei em todos os meus amigos e comecei a mandar mensagens para eles também, postavam fotos no grupo, cada um em sua festa com família e amigos. E por último pensei em Charlie, ele adorava o natal e sabia que se estivesse do meu lado agora estaria com um enorme sorriso no rosto, sorri também pensando nisso.
As horas foram passando e a comemoração continuou, senti falta da animação dos meus amigos. Depois da grande refeição de natal, cheguei na minha mãe e disse:
- Mãe... Será que eu não poderia voltar antes?
- Por que diz isso, querida? Não está gostando?
- Estou, mas... queria passar o ano novo com meus amigos.
- Ah, entendi... quer passar com k Alex!
- Não só com ele!- Corei.
- Está gostando dele, filha?- Perguntou sorrindo e me analisando.
- Não! Mãe, ele é meu melhor amigo!
- Pois me lembro bem como é se apaixonar na sua idade... do olhar! Seus olhos chegam a brilhar sempre que fala dele.
- Bom... isso é porque eu gosto dele, mas como amigo!
- Ah, Carolyne! Talvez nem você entenda ainda o que está sentindo, mas minha intuição de mãe nunca falha! Vou conversar com seu pai a respeito da sua volta, pode ficar tranquila!
- Obrigado, mãe!- E a abracei apertado.
Meu pai acabou concordando, mesmo a contragosto e fomos ver os detalhes da minha passagem de volta. Só consegui um vôo que chegaria lá duas da tarde da véspera de ano novo.
Quando entrei no avião não conseguia acalmar meus pensamentos, vinha na mente a frase da minha mãe falando que nem eu sabia o que sentia e a do Alex, que perguntou naquele dia que corremos na chuva se sempre o veria como meu melhor amigo.
Meu coração pulsava forte enquanto olhava na janela para as nuvens, coloquei a mão para sentir as batidas. Estava tão confusa.
Finalmente cheguei em casa, estava cansada mas precisava me preparar para a noite, já fui enviando uma mensagem:
Carol: Ron, ainda vai rolar a festa?!
Ron: Vai, sim! Por que, você vem?
Carol: Sim! Você chegou a falar com o Alex para saber se ele vai?
Ron: Eu falei e ele disse que ia tentar passar lá.
Carol: Ok, me passa o endereço e a hora da festa?
Estava ansiosa, mas o pior era que talvez ele não conseguiria ir. A festa começava as dez, ainda tinha presentes para embrulhar e minha produção para fazer. Eu tinha comprado tantos presentes que acabei gastando muito tempo neles e nem sabia ainda com qual das roupas novas iria. Os empregados estavam de folga, só a governanta estava em casa. Quando terminei tudo já tinha dado a hora, liguei para o meu motorista para me ajudar e prometi que meu pai pagaria um bônus pelo favor nessa data. Ele veio, mas estava com muito trânsito, demorou para chegar no endereço que o Ronnie tinha passado. Estava vestida com um vestido branco, ele era todo rendado, caído no ombro, com as costas amostra e ficava justo no corpo. Adorei o resultado final depois que fiz uma bela maquiagem, arrumei o cabelo jogando tudo para um lado só e coloquei acessórios combinando.
Cheguei e a festa estava toda animada, tinha bastante gente.
O apartamento era de luxo e bem grande, tinha um terraço enorme também a qual montaram uma balada, Ronnie veio me recepcionar:
- Carol! Seja bem vinda! Achei que não iria poder vir... Você está linda!
- Valeu, Ron!- disse sorrindo, meu motorista me ajudou com os presentes e o liberei. Todos estavam com roupas claras dançando e conversando divertidamente, perguntei:
- Quem veio? Alex chegou?
- Praticamente todo mundo, Loren e Eleonor estão ali no fundo, Jully e Edgar estão ajudando o dj, Jack, Rosie e James também estão por aí! Eu não vi o Alex, acho que ele não vem.
- Ah...- fiquei um pouco decepcionada, mas não queria deixar o desânimo me abater, então fui procurar as garotas. Jully e Edgar estavam agitando a festa, pena que não estava com vontade de dançar.
- Carol! Como você está linda!- disse Loren, elas também estavam maravilhosas.
- Não estava viajando?- Perguntou Eleonor.
- Estava, mas decidi voltar antes!
Mais alguém chegou e fiquei de olho. Loren disse:
- Está esperando o Alex?
- Na verdade, não sei se ele vai vir.
- Mesmo se ele não vier nós vamos nos divertir muito. Vem comigo!
E saiu puxando eu e a Eleonor para o centro da pista de dança, não estava com tanto ânimo, mas acabei me deixando contagiar pela alegria das duas e nós três dançamos, rimos e aproveitamos o resto da noite, foi ainda mais animado do que quando fomos todos a balada. Pareceu não demorar e já estava quase dando meia noite, começaram a contar 10... 9... mais uma vez não iria conseguir estar com ele... 8...7... a campainha tocou, meu coração estremeceu, será que... 6... 5... fui até a entrada para ver... 4... 3... Seus olhos brilharam quando me viu, fui até ele e o abracei forte... 2... 1... e todo mundo explodiu a nossa volta em um feliz ano novo, mas só conseguia me concentrar no meu coração batendo forte e na sua voz no meu ouvido:
- Você estava aqui? Pensei que não iria conseguir te ver...
- Também pensei que você não fosse aparecer! Estou tão feliz que veio...
- Feliz ano novo, Carolyne!
- Feliz ano novo, Alex!
E continuamos naquele abraço, nenhum dos dois queria sair. Ele acariciava meu cabelo... eu finalmente me sentia completa.
- Carol...- disse no meu ouvido- Eu te amo.- Ele soltou baixinho, me olhou e sorriu. Estava muito surpresa, não esperava ouvir algo impactante assim, as palavras me emocionaram e meu coração não parava de acelerar cada vez mais... Foi só naquele momento que soube que estava perdidamente apaixonada por ele.
Ronnie apareceu todo alegre:
- Alex! Você veio!!- E se abraçaram com aqueles tápinhas nas costas, Alex estava todo sorridente, pegou minha mão e disse:
- Vamos, Carol! O ano acabou de começar, temos que comemorar!!
- Isso ai!!- disse Ron e fomos para onde estavam os outros, desejamos a cada um feliz ano novo e a balada começou a se agitar, todo mundo pulando e dançando. Eu também não me contia, com Alex segurando a minha mão e me girando no meio da música e luzes, me sentia mais viva do que nunca. Ele era sempre o motivo do meu sorriso, daquela felicidade pura... era só naquele olhar que eu queria me perder.
Os nossos amigos se juntaram a nós na pista, fazíamos passos de dança enquanto os fogos bilhavam no céu. Depois de muita diversão eu e o Alex nos afastamos um pouco da multidão e ficamos observando a noite, estava tão linda.
- Quando voltou?- Perguntou ele.
- Na véspera de ano novo, nem consegui entrar em contato com você para saber se viria. Me lembra de te dar um celular de presente?
- Não exagera! Celular é muito caro... falando em presente...
Tirou uma caixinha do bolso da calça, ele estava vestindo roupa social, a qual caiu muito bem nele. Me entregou e disse:
- Meu presente de natal, sei que não é grande coisa, mas pelo menos é único, pedi para uma moça que trabalha com isso fazer.
Abri e vi uma pulseira banhada em ouro, nela tinha a forma do nome Carolyne, reconheci a letra dele de mão.
- Mais que linda! Eu amei... mas como você pagou? Quer dizer...- Fiquei meio sem graça.
- Pobre tem seus jeitinhos, pode ficar tranquila! E a senhora que fez ainda é minha amiga, deu um desconto.- Disse sorrindo.- Você gostou mesmo?
- Claro que sim, eu amei! Obrigada!- disse abraçando ele, depois de uns momentos assim eu disse no seu ouvido:
- Eu também tenho algo para você! Já volto!
E ele ficou me esperando, enquanto eu fui buscar a caixinha embrulhada.
- Feliz Natal!- disse lhe entregando, ele abriu com cuidado e viu os dois colares, sorriu e eu continuei:
- Colares de compromisso de amizade!
- Compromisso?... Então acho que temos que fazer isso direito!
Falou pegando o colar vermelho na mão e me entregando o azul. Alex pigarreou e disse:
- Você, Carolyne... Me aceita como seu melhor amigo? Prometendo ser fiel, nunca me trocando por nenhum idiota, me amando mesmo quando eu for a pessoa mais chata do mundo, entre sorrisos e lágrimas, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida?
Eu sorri enquanto os olhos dele brilhavam, respondi:
-Aceito...! E você Alexander, me aceita como sua melhor amiga? Prometendo fidelidade, sem nunca me trocar por alguma bitch, me amando mesmo nas horas de drama e tpm, continuando a ser meu companheiro na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida?
- Eu aceito!- E abriu um lindo sorriso. Me virei e ele me ajudou a colocar o colar vermelho, depois Alex se virou e eu coloquei nele o azul.
Pegamos as duas metades e as juntamos, as duas se completavam perfeitamente, sorrimos um para o outro e eu disse:
- Nada pode nos separar...
E o nosso compromisso estava selado.

O meu melhor amigoWhere stories live. Discover now