Indelicadeza

24.7K 1.7K 97
                                    

Terminei de beber o café e escutei um barulho vindo da porta escura de metal, e lá estava ele ....

- Olá Sara. - Sua voz estrondosa soou pelo lugar.

- Quanto tempo.

Era o chefe do clã dos vampiros, eu o conheci no dia de um ataque á alcateia, eu o chamo de " O Chefão " ( clichê ).

- Sim ... Você não imagina o tempo que gastei tentando te matar mas ele sempre estava lá .

- Ele? - Pergunto me ajeitando na parede fria.

- Natan... Ah! Como odeio este garoto! - Ele se chegou perto de mim e olhou meu pescoço.

Ainda sangrava pela mordida do outro vampiro, o chefão começou á chegar perto de mim e lambeu o sangue que escorria pelo meu pescoço.

- Que nojo . - Murmuro.

- Á propósito, nunca disse meu nome. - Limpou á garganta . - Sou Aron, prazer. - Ele me pegou pela garganta.

Eu estava tão fraca... Ele me jogou do outro lado da sala, eu quebrei minhas costelas, não sei lá que estava acontecendo mas eu não estava me regenerando.
Ele me fitou e veio até mim.

- Shiiii... No café que você bebeu, tinha uma erva a... Que eu não vou falar, que está dificultando sua regeneração. - Dá uma gargalhada.

Eu rosno e escuto o barulho da porta ser aberta com força.

- Chefe! Eles invadiram.

- Não acredito!! Como deixaram eles entrar ! - O Aron pegou o vampiro pelo pescoço e o colocou no chão de novo.

- Pegue a garota e a leve para o covil.

O vampiro assentiu, o chefão sumiu. ( rimou kkkk )
O vampiro me pegou no colo com o mínimo de delicadeza, eu estava gritando de tanta dor que eu sentia, quando eu percebi já estava em uma floresta escura, entramos em uma casinha de madeira, mas ao entrar uma escada para baixo da terra se abriu. Chegamos á uma sala idêntica à outra que eu estava.
O vampiro me jogou no chão e eu gritei outra vez, ele começou á rir, saiu e trancou á enorme porta de metal.
Nas últimas duas horas só o que eu conseguia fazer era chorar e chorar, porque me lembrava da grávida, pensava em Natan, no meu pai e a dor insuportável que sempre estava presente.

*

Havia chegado à noite, aí começou á ficar frio, voltei á bater os dentes e tremer de frio. Meu passatempo era : contar os segundos que passavam, não é a melhor atividade do mundo mas, digamos que conseguimos passar o tempo.
E quando as esperanças de sair daquele lugar sumiram, ele apareceu com um estrondo da porta de metal caindo ao chão.
Ele ficou me fitando com uma cara de dor ao me ver naquele estado, minha roupa toda suja de sangue, me contorcendo de dor e tremendo de frio, vou nem pensar de como meu rosto e cabelo devem estar.

Alma Gêmea do SupremoWhere stories live. Discover now