Espreguiço-me antes de levantar. Abro as cortinas da janela e deixo que o sol entre e ilumine meu quarto. Após tomar um rápido banho, desço as escadas e vou em direção à cozinha. Minha mãe prepara o café da manhã usando apenas uma camisola de seda, com os cabelos castanhos claros soltos, caídos à altura dos ombros.
— Bom dia, querida.
— Bom dia, mamãe.
Antes de me aprumar no balcão, lhe beijo o rosto.
— Acho que alguém caiu da cama hoje — meu pai diz ao entrar na cozinha.
— Bom dia para você também.
Ele vem até mim, beija-me a testa e senta-se à minha frente.
Tomamos o nosso café e conversamos um pouco.
O dia começa bem. E pela primeira vez na semana estou ansiosa para ir à escola.
Me despeço da minha mãe e o meu pai faz o mesmo.
Meu pai trabalha como arquiteto em uma empresa que fica perto da escola. Não do tipo perto, que dá para ir caminhando, mas um perto que leva de 10 a 15 minutos de carro, dependendo do trânsito de Dover. Como eu não tenho carro e nem carteira de motorista, e ir de bicicleta levaria muito tempo, ele me dá carona todos os dias de manhã.
— Te vejo em casa — meu pai fala ao estacionar a BMW em frente à entrada principal da escola.
— Ok.
Beijo o seu rosto e desço do carro. Antes que eu possa fechar a porta, Paige aparece à minha frente e me cumprimenta.
— Bom Dia, Sam.
— Bom dia, Paige — digo, mas ela não dá bola para o meu bom dia, e olha para o meu pai, com os olhos brilhando.
— Bom dia, Sr. Ryan — ela fala com uma voz lânguida.
Olho para o meu pai e percebo o quanto está constrangido.
Menos mal.
— Bom dia, Paige. Tenham um ótimo dia meninas — ele diz e sai com o carro em disparada.
— Você deu em cima do meu pai? De novo?! Assim, na caradura? Na minha frente?
— Não, claro que não.
— Você deu sim!
— Pode se dizer que eu estava sendo apenas uma boa pessoa.
— Engraçadinha! Meu pai é casado. E caso não lembre, a esposa dele é minha mãe.
— Pera aí, Samantha. Eu sei muito bem que o seu pai é casado, ok? Eu só fui educada. Eu nunca dei em cima do Sr. Ryan.
— Sério? — questiono irônica.
— Não tenho culpa se o Sr. Ryan é um gato.
— Por Deus, Paige. Você é doente. Você sabe quantos anos meu pai tem? Você lembra quantos anos você tem?
— Bom. Eu tenho dezesseis e o seu pai... — Ela finge contar nos dedos. — O seu deve ter uns quarenta e três. — E ri.
— Não importa. Só pare com isso. Ou então, você vai sofrer as consequências.
— Tudo bem, calma. Eu jamais ficaria com o seu pai.
Coloca o braço no meu ombro.
— Meu pai jamais ficaria com você — sussurro, e a faço rir, como se tivesse contado uma piada muito engraçada.
BẠN ĐANG ĐỌC
Erros... nas entrelinhas
Lãng mạnCOMPLETO NA AMAZON No primeiro dia de aula, Samantha esbarra em um garoto na entrada da escola. Já está pronta para xingá-lo quando dá de cara com intensos olhos azuis e um sorriso envolvente. Um garoto tão normal assim não deveria chamar tanto a a...